Nesta quarta-feira(20), em mais um debate sobre a Reserva Tatu Bola, agricultores que fazem parte da Associação Comunitária dos Campesinos Afetados pela Reserva de Vida Silvestre Tatu Bola (ASCCAMP/RVS) e outras associações rurais dos munícipios de Lagoa Grande e Petrolina, estiveram reunidos no Distrito de Jutaí.
Desta vez os agricultores afetados pela reserva estiveram debatendo e tirando dúvidas com a Agência de Meio Ambiente do Estado, o CPRH, sobre um estudo que está sendo realizado para formular uma nova proposta sobre a criação da reserva.
Onde todos os meses equipes estarão em campo visitando comunidades realizando um estudo e um levantamento da realidade dessas comunidades e seus moradores.
Os agricultores defendem a revogação do decreto diante dos estudos considerados totalmente errados e prejudiciais na criação da reserva.
“E uma luta dos agricultores, é uma luta das entidades, a gente querer a revogação, a gente luta pela revogação, mas a gente sabe que não depende só da gente, depende dos políticos, isso é fato”, disse Marineide do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Recentemente houve a determinação do estado apartir dos movimentos que ocorreram, para que o empasse fosse resolvido.
“Para terminar essa reserva vai ser uma decisão política, pra criar foi uma canetada, quando foi criado o decreto com uma canetada. Na pauta de hoje nós vamos nos unir, vamos ter que ir pra pressão não tem jeito porque a decisão é política”, disse o presidente da Asccamp, José Adenilson.
Ainda segundo o presidente, mudar a categoria não resolve os problemas causadas pela reserva aos agricultores, somente a revogação do decreto resolverá.
De acordo com o CPRH, qualquer decisão que seja tomada, seja de reduzir, mudar a categoria ou acabar com a reserva, a lei deixa claro que deve ser realizado um estudo técnico para isso.
“(…) A gente está conhecendo o território não só através de imagens, mas também indo em campo.Esse é um processo que ele vai ter várias etapas, nós estamos iniciando uma etapa que as próximas dependem dessa etapa. Mas estamos aqui pra ouvir, tirar dúvidas, assim como nós estamos realizando um estudo, também temos muitas dúvidas que queremos tirar”, enfatizou o técnico do CPRH, Gleidson.
Nesse primeiro momento o CPRH observa e identifica as áreas que tem restrições de uso, as chamadas área de reserva legal de cada propriedade que tem como obrigatoriedade se manter preservada. Como também para esse estudo inicial, está tendo como base o CAR – Cadastro Ambiental Rural, identificando as propriedades regularizadas e não regularizadas com a realização do CAR.
Os estudos tem prazo para serem concluídos qud será em junho/2024, onde ao final será apresentado a proposta aos agricultores em audiência pública sobre o potencial de ser instalada ou não a reserva tatu bola. Se houver potencial deve ser localizado áreas onde não venha prejudicar a convivência com os agricultores, do contrário será buscada a revogação, ou seja, a desafetação da reserva. Sendo o estudo encaminhado para o governo do estado e a Assembléia legislativa(Alepe).
Além de representantes de associações de Lagoa Grande e Petrolina, estiveram presentes vereadores de Lagoa Grande, Sindicato dos Trabalhadores de Lagoa Grande, Dr. Edson, advogado da Ascamp e o Deputado Estadual, Luciano Duque e o vereador de Petrolina, Elismar Gonçalves.