Onze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (19) durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma quadrilha especializada em crimes como tráfico de drogas, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A operação foi realizada em cinco estados: Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Rondônia e Paraná — apenas neste último não houve prisão.
Segundo informações apuradas pela TV Globo, o grupo criminoso utilizava empresas e pessoas “laranjas” para lavar o dinheiro ilícito do tráfico de drogas, e a Justiça acatou o pedido feito pela polícia para sequestrar R$ 100,2 milhões em bens e ativos financeiros dos investigados.
Ao todo, nove mandados de prisão e 19 de busca e apreensão foram expedidos dentro da Operação Holding do Crime, que iniciou as investigações em março de 2022. Segundo a Polícia Civil, todos os nove mandados de prisão foram cumpridos. Além disso, mais duas pessoas foram presas em flagrante.
As prisões aconteceram nas seguintes cidades:
- Igarassu, no Grande Recife;
- Paudalho , na Zona da Mata Norte de Pernambuco;
- Sairé, no Agreste de Pernambuco;
- Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco;
- Cabedelo (Paraíba);
- João Pessoa (PB);
- Vespasiano (Minas Gerais);
- Porto Velho (RO).
De acordo com o delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), José Tenório Neto, os alvos foram identificados após a prisão de um dos líderes da quadrilha, que aconteceu em 2023.
“Ao fazer análise de sigilo bancário, fiscal e outras análises financeiras, a gente chegou na informação de que esse grupo criava empresas de fachadas através de terceiros e laranjas para fazer a lavagem desses capitais vindos do tráfico”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o Tenório Neto, a empresa que movimentava a maior quantidade de dinheiro ficava no município de Igarassu, no ramo de vegetais.
“Com os mesmos donos, alguns fazendo uso de documentos falsos, com nomes de pessoas que não existem, a gente identificou diversas empresas não só aqui, em Pernambuco, mas em outros estados da federação”, afirmou.
Pelo menos cinco suspeitos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Com eles, foram apreendidos sacos de dinheiro, armas, carros, relógios e celulares.
G1