Acordo entre Mercosul e União Europeia beneficia produtores do Vale do São Francisco

Produção de uva em Petrolina — Foto: Pablo Luan / TV Grande Rio

Maior exportadora de frutas do Brasil, o Vale do São Francisco terá benefícios econômicos com o acordo de livre comércio fechado na sexta-feira (6) entre os líderes do Mercosul e da União Europeia. O principal ponto destacado entre os fruticultores brasileiros é o fato das taxas de exportação de uva serem zeradas.

 Com o acordo, as tarifas para exportação de frutas serão zeradas gradualmente, mas para a uva será imediato. “O imposto sobre a uva será zerado. O setor vai aumentar suas vendas, consequentemente, gerará mais emprego e renda”, destacou o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Guilherme Coelho.

 De acordo com o presidente da Abrafurtas, o modelo de tarifação atual prejudica os exportadores brasileiros. “Alguns países como África do Sul e Peru não pagam o chamado Imposto Duty para exportar suas frutas, o que prejudica seriamente o Brasil”, disse.

 

O que é o acordo entre Mercosul e União Europeia?

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia tem o objetivo de reduzir ou zerar as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos.

Estão previstos tratados em temas importantes, tais como:

 

  • Cooperação política;
  • Cooperação ambiental;
  • Livre-comércio entre os dois blocos;
  • Harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias (que são voltadas para o controle de pragas e doenças); Proteção dos direitos de propriedade intelectual; e
  • Abertura para compras governamentais.

 

As negociações começaram em 1999 e um termo preliminar foi assinado em 2019. Desde então, o texto passou por revisões e exigências adicionais, principalmente por parte da União Europeia, devido à pressão imposta principalmente por agricultores dos países-membros.

O acordo não vale apenas para produtos agrícolas, mas foi esse setor que protagonizou boa parte dos embates. Um dos receios dos produtores é de que o tratado torne os alimentos sul-americanos mais baratos na UE, reduzindo a competitividade das mercadorias europeias.

G1

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