O presidente Lula esteve, em pelo menos duas ocasiões, com um dos cardeais favoritos para se tornar o novo papa no conclave que começa na quarta-feira (7/5) e que escolherá o sucessor de Francisco no Vaticano.
Em abril de 2024, Lula recebeu no Palácio do Planalto o cardeal Pietro Parolin, então secretário de Estado do Vaticano. O religioso estava no Brasil para participar da 61ª Assembleia Geral da CNBB.
Na ocasião, o presidente brasileiro e o cardeal debatarem sobre temas como a situação dos povos indígenas, a superação da desigualdade social e o combate à fome no mundo.
“Foi um bom encontro, e pudemos falar sobre questões que são mais específicas do Brasil, como o tema do Acordo e a aplicação do Acordo entre a Santa Sé e o Brasil; mas depois, também vimos os grandes problemas internos — o tema da pobreza, o tema da desigualdade, o tema da fome, o tema da justiça — e depois também um pouco sobre os problemas do mundo de hoje e [entre estes] especialmente o tema da paz”, disse Parolin ao site Vatican News, portal de notícias oficial do Vaticano.
Favorito no G20
Além da visita a Lula em Brasília, o cardeal foi o enviado do papa Francisco para o encontro do G20, que aconteceu em novembro de 2024 na cidade do Rio de Janeiro.
Na ocasião, Parolin leu, durante o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma mensagem enviada por Francisco. Também fez um discurso ressaltando as dificuldades das “instituições multilaterais internacionais”.
Favorito no Conclave
Vaticanistas apontam que Parolin, que ocupava o segundo cargo mais importante na Igreja depois do papa, é um dos favoritos para ser eleito no próximo conclave como sucessor de Francisco.
O cardeal é considerado uma figura “centrista” dentro do espectro político do Vaticano, que daria continuidade às reformas planejadas por Francisco sem um rompimento com a ala mais conservadora.
Parolin, contudo, recebe críticas por ser um dos responsáveis pelo acordo entre o Vaticano e a China. Os termos do acordo não foram revelados, mas envolveriam termos para a indicação de bispos no país asiático.
Metrópoles