Adagro inicia ações de monitoramento e fiscalização para  o combate à mosca-dos-estábulos no Agreste e Mata Sul

 

Pernambuco inicia as medidas previstas no plano de ação elaborado Serra Talhada recebe Prêmio Vasconcelos Sobrinho por destaque em gestão de resíduos sólidos pelo Grupo de Trabalho (GT) instituído pelo Decreto Estadual nº 56.056, de 29/12/23, formado por órgãos do poder público e da sociedade civil, sob a coordenação da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco – Adagro, para atuarem de forma conjunta no combate à infestação das moscas-dos-estábulos, praga causada pelo inseto Stomoxys calcitrans. A praga atinge principalmente oito municípios pernambucanos: Amaraji, Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de São Félix, Chã Grande, Cortês, Gravatá e Sairé.

De acordo com a Lei Estadual n° 18.407/23 fica proibido, de junho a novembro de 2024, a utilização e o armazenamento da cama de aviário (ou cama de frango) como adubo orgânico na atividade agrícola, como forma de minimizar a infestação do inseto que vem causando prejuízos aos pecuaristas e moradores na região desses municípios onde a incidência é maior. “O objetivo é trabalhar com os municípios, orientando os produtores rurais e a população para minimizar a infestação do inseto nas regiões onde o problema ocorre de forma mais intensa”, destacou o secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Cícero Moraes.

Segundo Jurandir Cavalcante Júnior, que responde interinamente pela presidência da Adagro, durante as férias regulamentares da titular, “a participação dos municípios é fundamental para a orientação aos produtores sobre a proibição da utilização e armazenamento do adubo durante o exercício 2024 (de junho a novembro) e na adoção de medidas que evitem a proliferação dos insetos nas propriedades”, afirmou o presidente interino da autarquia estadual.
Estudos realizados pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE apontam que os problemas sanitários causados pela proliferação dos insetos da espécie Stomoxys calcitrans na área rural são causados principalmente pela má gestão dos resíduos nas propriedades.

Walter Evangelista Júnior, doutor em entomologia pela Universidade Federal de Viçosa/MG e professor adjunto da UFRPE, explicou em capacitação para os servidores da Adagro e dos municípios mais atingidos pelo problema no estado, que “destinar corretamente os resíduos da produção agrícola e da pecuária é primordial para se evitar vários problemas sanitários. As moscas (dos estábulos) representam um dos problemas do manejo incorreto desses dejetos”.

Confira abaixo as orientações da Adagro sobre a Lei Estadual nº 18.407/23:
– 6 meses (junho a novembro de 2024) – É o período de proibição para o uso e o armazenamento da cama de aviário (ou cama de frango) nos municípios mais afetados pela infestação da mosca-dos-estábulos em Pernambuco – 8 municípios do Agreste e Mata Sul – (Amaraji, Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de São Félix, Chã Grande, Cortês, Gravatá e Sairé) – Ficam proibidos de utilizar a cama de aviário como adubo orgânico na atividade agrícola.
– Os produtores que descumprirem a Lei 18.407/23 estão sujeitos a advertência e multa.

Medidas Sanitárias para o Combate à Mosca-dos-Estábulos:

– Manter limpas as instalações da propriedade;
– Manter limpos os cochos;
– Manter cobertos a ração e o silo;
– Utilizar armadilhas com iscas e o controle químico com larvicidas e mosquicidas nas propriedades;
– É proibido utilizar a cama de aviário na alimentação dos ruminantes (Instrução Normativa MAPA nº 08/2004).

 

Pernambuco é reconhecido como Estado livre de aftosa sem vacinação

Uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária, publicada nesta quinta-feira (2), no Diário Oficial da União, reconheceu Pernambuco e outras 21 unidades da federação como áreas livres de febre aftosa sem a necessidade de vacinação.

A medida foi assinada pelo ministro da pasta, Carlos Fávaro e atualizou a Portaria 665/24, reconhecendo Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal, como estados livres de aftosa sem vacinação.

A governadora Raquel Lyra destacou a importância da mobilização junto com o setor agropecuário. “O Governo criou todas as condições para garantir o Estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. Antecipamos a campanha de vacinação e asseguramos as doses da vacina aos produtores, que também fizeram sua parte, fazendo da vacinação com que a vacinação em Pernambuco alcançasse o resultado esperado”, afirmou.

O secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Cícero Moraes, comemorou o resultado da força-tarefa coordenada pelo Estado. “A medida impacta positivamente a economia e a pecuária de todo o Nordeste, pois permite a comercialização e o trânsito de animais entre os estados livres sem vacinação, com reconhecimento nacional”, disse.

“A decisão também é um reconhecimento dos esforços da Adagro, que contou com a participação efetiva das suas equipes técnicas para a campanha de vacinação, além das ações constantes de defesa e vigilância animal”, completa a diretora presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco – Adagro, Raquel Miranda.

A portaria também proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nesses 22 estados com mudança de status sanitário. Fica também proibido o ingresso e incorporação de bovinos e bubalinos com reconhecimento nacional para estados, municípios e parte de municípios do país que compõem as zonas reconhecidas internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Com o reconhecimento, o Estado precisa continuar avançando em relação ao cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), atendendo às recomendações da auditora do Ministério da Agricultura e Pecuária, tendo como objetivo principal criar condições para obtenção da certificação internacional de área livre da febre aftosa da OMSA