Raquel Lyra autoriza repasse de R$ 50 milhões para o Programa Investe Escola

Foto: Hesíodo Goes/Secom

A governadora Raquel Lyra anunciou, nesta quinta-feira (26), o pagamento do segundo repasse do Programa Investe Escola, com o objetivo de garantir melhorias físicas e maior desenvolvimento educacional nas unidades da Rede Pública Estadual de Ensino. O recurso deve beneficiar 1.020 unidades de ensino com um montante de R$ 50 milhões que serão disponibilizados até o início de 2025. No orçamento do Investe Escola também estão inseridos o novo Projeto Investe Tec, para investimento em equipamentos destinados a escolas técnicas, e o Projeto de Incentivo às Bandas e Fanfarras de Pernambuco, para contribuir com esses grupos. O evento contou com a presença da vice-governadora Priscila Krause, no Palácio do Campo das Princesas.

“Por meio do programa Juntos pela Educação, nós temos investido fortemente no setor em cerca de R$ 5,5 bilhões que já estão sendo destinados a uma série de ações nas mais diversas cidades do Estado. Com o Investe Escola, encaminhamos dinheiro diretamente às unidades de ensino para que elas possam cuidar das próprias manutenções e se preparar para receber os alunos no ano que vem. Além disso, estamos firmando novos compromissos com os maestros das nossas bandas e fanfarras, e lançando o Investe Tec, para modernização das nossas escolas técnicas”, detalhou Raquel Lyra.

Neste repasse, os recursos empreendidos darão melhores condições para que as escolas estejam organizadas para o início das aulas no ano letivo de 2025. Será possível aplicar o montante na manutenção e melhoria da infraestrutura física delas, com a realização de pinturas e capinações, por exemplo. O dinheiro também poderá ser usado para fortalecer as ações pedagógicas das unidades escolares, em ações como a entregas de itens para aulas de laboratórios. Ao todo, estão garantidos R$ 128 milhões para o Investe Escola, com o restante previsto para o próximo ano.

“O valor vai direto para a escola, e os gestores que trabalham nas unidades de ensino vão garantir o uso com segurança, modernizando e dando transparência às ações. As compras e ajustes necessários serão feitos junto com a comunidade escolar, porque os gestores estão de perto acompanhando as necessidades”, explicou o secretário de Educação e Esportes, Alexandre Schneider.

Para receber os recursos, a escola só precisa ter a sua Unidade Executora Própria (UEx) constituída, ter realizado adesão ao programa mediante a assinatura do Termo de Compromisso e estar adimplente com as prestações de contas de exercícios anteriores, de acordo com o Plano de Aplicação Financeira (PAF).

Com o intuito de modernizar a forma de execução do pagamento, foi contratada a solução do Banco de Brasília (BRB), que conta com cartão da bandeira VISA (pré-pago) e um aplicativo mobile para o melhor acompanhamento das transações financeiras, facilitando a prestação de contas. As entregas dos cartões aos gestores das escolas começaram em novembro.

O deputado estadual Renato Antunes destacou o dia de celebração com o anúncio. “O programa garante a democratização da liberação do recurso público, que chega na ponta da linha para quem mais precisa”, registrou. Já o deputado estadual Cleiton Collins afirmou que essa política pública “visa a dignidade e a vida de muitos estudantes”.

Projeto Investe TEC

A iniciativa tem o objetivo de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, no valor de R$ 19,5 milhões para 57 Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), visando a aquisição de equipamentos tecnológicos necessários ao funcionamento dos laboratórios destinados aos 37 cursos técnicos ofertados.

Bandas e Fanfarras

O Projeto de Incentivo às Bandas e Fanfarras de Pernambuco (PIBF) visa contribuir para o aprimoramento do desempenho de grupos da rede estadual de ensino, proporcionando o direito de contratação de um maestro/maestrina e de um coreógrafo/coreógrafa para atuar no âmbito do projeto e dos eventos. O projeto atenderá, nesta primeira fase, 350 escolas em todas as regionais do Estado que possuem bandas. A ação contará inicialmente com o investimento de R$ 2,5 milhões e com programação de R$ 1,2 milhões mensais para continuidade do projeto.

Investe Escola

O Programa Investe Escola PE (PIEPE), instituído pela Lei Nº 17.488, de 25 de novembro de 2021, tem como finalidade prestar assistência financeira às escolas da rede pública estadual de ensino, em caráter suplementar, contribuindo para manutenção e melhoria das infraestruturas física e pedagógica, com consequente elevação do desempenho escolar e o fortalecimento da participação da comunidade e da autogestão escolar.

Senado aprova restrição do uso de celulares por estudantes em escolas

Durante a sessão desta quarta-feira (18), o Plenário do Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, por estudantes em escolas de educação básica. A proposta (PL 4.932/2024), de autoria da Câmara dos Deputados, teve como relator o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e segue agora para sanção presidencial.

Com o propósito de proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes, o projeto proíbe o uso de celulares durante as aulas, o recreio e os intervalos, com exceções para fins pedagógicos ou em casos de emergência. A utilização desses dispositivos também é permitida para garantir a acessibilidade, inclusão e atender às condições de saúde dos estudantes.

Alessandro defendeu a proposta. De acordo com ele, com pleno conhecimento dos impactos que o uso do celular tem na vida das pessoas, mais ainda em adolescentes, a competição por atenção hoje é desumana.

— Em todos os lugares do mundo onde se apresentou a medida de restrição de uso de aparelhos celulares, houve a melhoria do desempenho escolar, da disciplina na escola e redução do bullying — apontou.

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) ressaltou que a tecnologia celular, ou qualquer outro tipo de tecnologia, primordialmente é criada para auxiliar e melhorar a qualidade de vida. Contudo, lembrou, muitas vezes a tecnologia concorre com o desenvolvimento humano.

— O uso do celular é bastante prejudicial para a formação dos jovens, quando eles não se interagem, porque faz parte do desenvolvimento de competências. Outra coisa é a tendência natural do ser humano de sempre buscar a menor energia. Portanto, é muito mais fácil, em vez de eu pensar algum resultado, eu olhar no celular, digitar aqui e procurar a resposta — ponderou.

Para o senador, dentro da escola, existe sim a possibilidade de utilização didática de alguns aplicativos, coordenados pedagogicamente, para que sejam utilizados no momento correto, da forma correta. Isso, segundo ele, pode ajudar bastante os jovens.

Desabafo

Durante a discussão no Plenário, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) protagonizou um momento singular. Ao arremessar o aparelho contra o chão, Kajuru disse que tomou nojo de celular e que tem vontade de criar um projeto para acabar com o dispositivo, com a volta do telefone fixo.

— Segunda-feira ninguém me liga porque vou acabar com esse meu celular. Isso quase acaba com a minha eleição, perdi 400 mil votos em uma semana. Recentemente isso [celular] acabou com o meu casamento, vamos voltar ao telefone fixo — pediu.

Acompanhamento

Além de restringir o uso dos dispositivos eletrônicos, o projeto de lei também obriga as escolas a desenvolverem estratégias para prevenir e tratar o sofrimento psíquico e a saúde mental dos alunos, com foco nos riscos do uso excessivo de telas e do acesso a conteúdos impróprios.

Gravações

O senador Rogério Marinho (PL-RN) apresentou destaque para votar uma emenda em separado. Ele solicitou que a limitação de uso dos celulares fosse modulada e se aplicasse somente a alunos até o nono ano do ensino fundamental.

— Temos uma luta dentro da sala de aula, principalmente nos anos mais avançados, da questão da visão de mundo. Alguns alunos se sentem com a necessidade de terem uma testemunha do que está ocorrendo. Porque é importante que o ensino seja ministrado sem ideologia, que tenhamos a capacidade e a condição de passar o conteúdo e não a visão política desse ou daquele educador — argumentou.

Ao contrapor a ideia apresentada por Marinho, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que aceitaria a proposta se fosse há 40 anos.

— Hoje o grande problema que nós temos nas escolas é a disciplina. Aluno não respeita mais professor, temos que oferecer tratamento para muitos desses professores que sofrem bullying nas escolas por causa de aluno. Isso acontece diariamente nas escolas — sentenciou.

Em votação, a emenda de Marinho foi rejeitada pela maioria dos parlamentares: 42 votos contrários e 16 votos favoráveis.

Fonte: Agência Senado

Lagoa Grande dar um salto para o futuro da educação com aquisição de 100 computadores instalados em Salas de Informática 

No última segunda(16), a prefeitura municipal de Lagoa Grande(PE), através da Secretaria Municipal de Educação(SEDUC), celebrou um marco na educação do município com a inauguração das novas salas de informática.

Ao todo, foram adquiridos 100 computadores pela  gestão do prefeito Vilmar Cappellaro, que agora fazem parte da infraestrutura das escolas municipais.

Essa conquista reflete o compromisso da gestão em promover uma educação de qualidade, integrando a tecnologia ao dia a dia dos estudantes.

Mais do que equipamentos, essas salas representam oportunidades para os alunos explorarem o mundo digital, desenvolverem novas habilidades e ampliarem seus horizontes.

Com essa iniciativa, reafirmamos nosso objetivo de preparar as futuras gerações para os desafios do século XXI, unindo inovação e aprendizado.

A tecnologia na educação sempre esteve presente no processo tanto de aprendizagem quanto de ensino, por isso precisamos incentivar e investir pesado nesta modernidade do século XXI.

Aqui é assim, nós estamos fazendo uma revolução histórica na educação municipal.Seguimos investindo em educação para transformar o futuro dos nossos jovens”, disse o prefeito Vilmar Cappellaro.

Lagoa Grande está entre os 42 municípios que será contemplado com uma creche do governo do estado

Foto: reprodução

O governo de Pernambuco homologou o processo licitatório de contratação das empresas que farão a construção de 51 creches em 42 municípios do estado. O resultado da licitação foi publicado no Diário Oficial do estado deste sábado (14).

O conjunto de creches foi dividido em nove lotes. Um consórcio formado pelas empresas Telesil Engenharia LTDA e Arquitec Arquitetura, Engenharia e Construção ficará responsável por sete deles, enquanto os outros dois serão de responsabilidade da BWS Construções.

As empresas contratadas ficarão encarregadas de fazer a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básicos e a execução das obras. O prazo de construção é de 12 meses após o início.

A construção dessas unidades custará R$ 282 milhões. Segundo o governo estadual, o plano é construir 250 creches até 2026. O Executivo aponta que o investimento final será de R$ 1,3 bilhão.

Em julho deste ano, o processo licitatório passou por uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) antes de ser autorizado.

“Convidei o novo secretário de Educação e Esportes ao meu gabinete, doutor Alexandre Schneider, para que, junto com a equipe técnica, apresentássemos o relatório preliminar de auditoria, no qual concluímos pelo prosseguimento do processo licitatório, mesmo com três inconsistências que serão corrigidas conjuntamente”, afirmou o conselheiro Ranilson Ramos, na época.

17 mil vagas

Esse primeiro lote irá contemplar 17 mil vagas para alunos de 0 a 5 anos, por meio de convênios entre o Governo do Estado e os municípios.

As novas creches serão equipadas com materiais e equipamentos permanentes, seguindo padrões de qualidade estabelecidos pelo governo federal.

Elas serão construídos em terrenos de domínio dos municípios ou do Estado cujas dimensões mínimas sejam de 60m x 40m. O prazo de execução das obras é de 12 meses.

A construção de novas creches e de Centros de Educação Infantil faz parte do Programa Estadual de Incentivo a Novas Turmas de Educação Infantil, instituído pela Lei 18.326/2023, em outubro do ano passado.

A iniciativa consiste em auxiliar financeiramente os municípios contemplados com novos estabelecimentos destinados à ampliação da rede pública de educação infantil.

As cidades que receberão as creches neste primeiro lote são: Araçoiaba, Arcoverde, Belém de Maria, Belo Jardim, Bezerros, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Cabo de Santo Agostinho, Cabrobó, Calçado, Camaragibe (2), Camutanga, Caruaru (4), Catende, Custódia, Garanhuns (2), Granito, Ibimirim, Igarassu (2), Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itaíba, Jaboatão dos Guararapes (3), Jataúba, Lagoa Grande, Mirandiba, Moreno, Olinda, Ouricuri, Paranatama, Pedra, Recife, São Bento do Una, São Joaquim do Monte, São José da Coroa Grande, Serra Talhada (2), Taquaritinga do Norte, Timbaúba,Triunfo, Tuparetama, Vertentes e Vicência.

Na última sexta-feira (13), em entrevista à Rádio Jornal, a governadora Raquel Lyra (PSDB) havia afirmado que os contratos desse primeiro pacote de creches seria assinado ainda em 2024.

“Até março vamos soltar editais de licitação para 250 creches, sendo pelo menos uma em cada município. Eu entrego a creche mobiliada e vou pagar o funcionamento dela por um ano, até que venha dinheiro do governo federal”, garantiu a governadora.

“Compromisso da gestão”

Pelas redes sociais, o secretário estadual de Educação, Alexandre Schneider, afirmou que o projeto faz “reflete o compromisso da gestão Raquel com a primeira infância”.

“Foi um longo percurso: mais de um ano para licitar, meses no Tribunal de Contas. Quando cheguei, há 5 meses, ainda estava no tribunal. Logo o contrato será assinado e as obras iniciarão. Que venham as demais licitações e possamos ver em breve nossas crianças seguras em creches de boa qualidade”, escreveu o secretário neste sábado.

Municípios pernambucanos são destaque nacional na alfabetização, mas ainda há desafios de implementação

O Plano Nacional de Educação (PNE) tem em sua quinta meta, a alfabetização de todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pernambuco é um dos 13 estados brasileiros que alcançaram o Selo Ouro do Programa Nacional Cirança Alfabetizada (CNCA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC). A iniciativa foi criada com objetivo de reconhecer os esforços de gestores estaduais e municipais em garantir o direito à alfabetização.

A premiação será entregue em cerimônia nesta quarta-feira (11), em Brasília. Ao todo, 165 municípios pernambucanos participaram do processo de avaliação, dos quais 82 foram agraciados com o Selo Ouro.

Entre os premiados na Região Metropolitana, destacam-se Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Recife (com nota máxima de 100 pontos), Goiana, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes e Olinda. No interior, cidades como Bodocó, Jupi, Toritama, Tacaimbó, Salgueiro, Taquaritinga do Norte e Venturosa receberam o Selo Prata.

Já o Selo Bronze foi entregue a municípios como Camaragibe, Itamaracá, Paudalho, Tacaratu, Passira, Carpina e Tupanatinga.

Adesão ao Selo

Para aderir ao Selo, foi realizada uma análise de documentos comprobatórios de ações estruturantes e do cumprimento de condicionalidades específicas definidas pelo MEC, em conformidade com as diretrizes e objetivos estabelecidos pelo Decreto nº 11.556, de 12 de junho de 2023, com a atuação de articuladores estaduais da Renalfa (para as secretarias estaduais e distrital) e da Renalfa (municipais).

Estes articuladores foram designados por meio da portaria de nomeação publicada e cadastrada no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (SIMEC). No ranking nacional, apenas quatro estados nordestinos — Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí — conquistaram o Selo Ouro.

Pontuação

Para conquistar o Selo Ouro, o Estado precisaria atingir 85 pontos. Pernambuco obteve o somatório de 90 pontos, sendo a decisão resultante acordada por todos os avaliadores.

No sistema de avaliação estavam: ações estruturantes e de integração com o território estadual (onde Pernambuco obteve nota máxima em todos os critérios); a institucionalização da política de alfabetização; a implementação da política de alfabetização e de ações de formação docente; além da distribuição de materiais complementares.

Desafios ainda precisam ser enfrentados

Apesar do destaque nacional, um levantamento do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), divulgando no dia 26 de novembro, apontou desafios na execução do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada.

Entre os 184 municípios pernambucanos avaliados, apenas 29% elaboraram e publicaram uma Política de Alfabetização, como exige o programa, e apenas 43% possuem um sistema municipal de avaliação para monitorar os avanços das crianças.

O estudo, conduzido pelo Comitê Técnico de Educação do Instituto Rui Barbosa, analisou pontos como planejamento, formação de professores e infraestrutura escolar. De acordo com o TCE-PE, a falta de recursos e a ausência de políticas locais de formação docente são os principais obstáculos para a efetividade do programa.

Nazli Leça, gerente de fiscalização da Educação do TCE-PE, reforçou a importância do monitoramento contínuo.

“O Tribunal de Contas de Pernambuco tem como missão fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e garantir que as políticas públicas sejam efetivas. A fiscalização do CNCA é essencial para assegurar que esse programa seja executado de forma eficaz, proporcionando às crianças uma educação de qualidade”, disse.

Compromisso Nacional

Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é realizado em regime de colaboração entre a União e os entes federados. O intuito é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na Meta 5 do PNE. O CNCA busca, ainda, assegurar a recomposição das aprendizagens. Seu foco é a alfabetização de 100% das crianças matriculadas no 3º, 4º e 5º ano, tendo em vista o impacto da pandemia para esse público.

O compromisso não propõe uma resposta única ou centralizada para todo o país. Cada estado, em colaboração com seus municípios, elaborará sua política de alfabetização do território de acordo com as suas especificidades.

JC