Mãe e filho se envolveram, na manhã desta sexta-feira (3), em um grave acidente de trânsito na PE-486, no distrito de Umãs, em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. Matheus Emanuel Ramos Sá, de sete anos, morreu no local. Maria do Socorro Ramos de Sá teve uma fratura exposta e passa por cirurgia no Hospital regional Inácio de Sá.
De acordo com moradores, Maria do Socorro teria perdido a hora do ônibus escolar. Ela foi tentar alcançar o transporte levando o filho, por conta própria, em sua motocicleta, ambos estavam sem capacete. Em um trecho, o ônibus parou, e a mulher acabou batendo na traseira do veículo. O impacto casou graves ferimentos na criança, que morreu no local. A mãe sobreviveu e foi socorrida para receber atendimentos médicos.
O município de Salgueiro emitiu uma nota comunicando que está apurando os fatos e lamentou o acidente envolvendo o aluno da rede municipal. “À família e à comunidade de Umãs, recebam toda a nossa solidariedade”.
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (SINTEPE), divulgou em suas redes sociais, na tarde desta quarta-feira (01/03), uma nota sobre a falta de merenda e o atraso no salário das merendeiras que prestam serviço à Rede Estadual de Ensino. Leia abaixo a íntegra da nota:
Sem salário, as trabalhadoras não podem trabalhar. Sem merendeira na cozinha, não teremos a tão esperada alimentação do dia. Sem essa merenda, não há crianças e jovens alimentados. Sem alimento, não dá para estudar.
A falta de pagamento dessas profissionais tão importantes na composição do quadro de trabalhadores/as da educação é uma vergonha. Essa classe trabalhadora serve ao Estado de Pernambuco em uma atividade previsível, tanto no âmbito orçamentário quanto no organizativo. Não há motivos para o atraso de seus salários.
Todo o funcionamento das mais de mil escolas estaduais é regido por normas burocráticas, previsíveis e consolidadas no Estado de Pernambuco, da mesma forma, é inadmissível faltar merenda em qualquer unidade escolar no Estado. Estudantes pernambucanos/as contam com esse reforço alimentar no horário escolar e no contraturno.
O Estado não pode vacilar! A merenda é parte estratégica para garantir o processo de ensino e aprendizagem. Exigimos que o Estado de Pernambuco corrija imediatamente essas falhas tão graves sob pena de prejudicar o direito à educação de nossas crianças, adolescentes e jovens.
Há 17 anos, a merendeira Aline Ramos* é uma das responsáveis por manter os 534 mil estudantes que compõem as 1.059 escolas da rede estadual de Pernambuco bem alimentados. A comida que cozinha para eles, contudo, tem faltado em sua própria casa.
Ela é uma das 600 merendeiras do Estado e uma dos 20 mil terceirizados da Educação que não recebem o salário desde o início do governo Raquel Lyra (PSDB), junto a porteiros, vigilantes e auxiliares de serviços gerais.
Os números são do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana, Locação de Mão de Obra, Administração de Imóveis, Condomínios de Edifícios Residenciais e Comerciais do Estado de Pernambuco (Stealmoaic).
“Minha casa não tem mais nada. Não posso comprar em cartão porque estou devendo. Não tenho dinheiro para fazer compras. Não recebemos salário, ticket alimentação ou passagem de ônibus. Em janeiro, paguei minha própria passagem para não ficar sem trabalhar”, contou Aline.
Por isso, nesta terça-feira (28), ela resolveu paralisar as atividades junto a outros colegas de trabalho, a pedido do Sindicato dos Empregados e Empresas Prestadoras de Serviços, Asseio Conservação de Jaboatão, Cabo, Ipojuca e Moreno em Pernambuco (Sindprest).
“É inadmissível a pessoa ter que arcar com a locomoção até o trabalho. Para todos os trabalhadores que não receberam o salário e a passagem, a paralisação está decretada”, pediu um dos integrantes do Sindprest por meio de mensagem de voz enviada a um grupo que reúne a classe.
Diante das violações de direito, o Stealmoaic denunciou o caso ao Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE) e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No mesmo dia, o presidente do Sindicato, o vereador Rinaldo Júnior (PSB), protocolou um ofício no Palácio do Campo das Princesas solicitando uma audiência com a governadora Raquel Lyra (PSDB) para tratar do assunto. Até agora, entretanto, não recebeu uma resposta.
O parlamentar alegou que o problema “não é falta de dinheiro, é falta de gestão”. “Segundo os empresários, não tem quem ateste as notas fiscais dos salários, porque quem fazia isso eram comissionados que foram exonerados”, explicou.
As merendeiras do Estado são vinculadas à empresa Servitium e pagas com um salário mínimo, de R$ 1.302, fora ticket alimentação e vale transporte. “Há dois anos estamos com a Servetium, que nunca atrasou até agora”, disse Aline.
Sem merenda, as escolas têm o funcionamento também interrompido, já que, para diversas famílias de baixa renda, a alimentação dada na unidade educacional é uma das únicas do dia. Por isso, foi relatado ao JC que muitas trabalhadoras continuam dando expediente mesmo sem receber por isso.
“A gente está trabalhando mesmo sem receber. Se a gente não for, é descontado do salário que a gente nem recebeu”, contou a merendeira Lívia Nunes*, que tem dependido da ajuda de familiares para pagar as contas básicas: “minha irmã me deu dinheiro e eu comprei água e pão.”
“A situação está horrível. Tem colegas minhas pegando dinheiro emprestado com agiota. Outra foi socorrida na cozinha porque passou quando a filha ligou e disse que o rapaz estava cobrando o aluguel na porta de casa, dando prazo para desocupar”, relatou.
Após denúncia de um cidadão em grupos de Whatsapp’s, onde relatava que a Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora em Lagoa Grande-PE , estava servindo pipoca como merenda escolar, vereador Fernando Angelim(MDB) foi até a referida escola fiscalizar.
E segundo Fernando Angelim, a informação passada aos grupos foi de forma enganosa e o mesmo recebeu o esclarecimento da gestora da escola que os alunos tinham recebido a merenda requisitada pela nutricionista e a pipoca era uma merenda extra.
Ao ser procurado pelo blog o vereador afirmou que; “o cidadão foi infeliz ao espalhar uma situação sem fundamentos, ele foi convidado a entrar e conhecer o cardápio da escola, o mesmo recusou e saiu a espalhar uma situação sem fundamentos”.
Fernando Angelim ainda conferiu o cardápio, esteve no estoque e verificou a merenda na cozinha da escola.
A Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora em Lagoa Grande(PE) emitiu nota de esclarecimento desmentindo uma denúncia que circulou em grupos de Whatsapp’s da cidade.
A denúncia feita por um cidadão se refere a uma suposta merenda ofertada aos alunos da referida escola, como sendo pipoca.O que foi desmentido pela gestora da unidade escolar que também alegou que foi tratada com falta de respeito pelo mesmo.
Confira a nota na integra:
A Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora tem o compromisso de esclarecer que o milho de Pipoca faz parte do Cardápio escolar, sendo preparada a Pipoca e oferecida aos educandos como complemento extra no cardápio do dia, respectivamente em dias de aulas diferenciadas, como cinema na escola, gincana, acolhida temática e/ou outras atividades, no intuito de melhorar a variedade e a qualidade nutricional da alimentação ofertada aos estudantes beneficiados pelo Programa de Alimentação Escolar PNAE, além de ser um alimento aprovado pelos estudantes no sabor e na qualidade nutricional, pois o cereal é um alimento energético de alto valor nutricional, fonte de fibras, vitaminas do complexo B, vitamina E e antioxidantes e é um alimento que pode e deve ser inserido na alimentação das crianças. Nesta segunda-feira (27), foi ofertado o lanche de acordo com o cardápio: biscoito e café com leite. A pipoca como complemento de uma segunda feira de acolhida. Ressaltando que a alimentação oferecida é de qualidade e a escola segue rigorosamente o Cardápio semanal (em anexo) elaborado por a Nutricionista habilitada do Município seguindo as diretrizes do PNAE. Diante desses fatores esclarecemos que a denúncia realizada por um cidadão sem ética é totalmente equivocada, deixando levar apenas pela aparência, e ainda colocando os nossos educandos em situação de constrangimento. Pois o mesmo passou na calçada da instituição no horário do intervalo, ao ser percebido pela direção da escola, recebeu o convite para entrar e averiguar o fato, porém se negou com muito desrespeito a Gestora da escola.