Gustavo Bebianno, ex-secretário geral da Presidência e pré-candidato a prefeito do Rio, morreu esta manhã após um infarto fulminante, aos 56 anos. A informação é do presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho.
Segundo Marinho, por volta de 4h30 ele comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça.
Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e seu filho.
Ele foi levado para uma unidade hospitalar da cidade, mas não resistiu.
Primeiro ministro demitido
Bebianno foi o primeiro ministro a deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), em fevereiro de 2019. Sua demissão foi confirmada em meio a uma crise no governo que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno eram filiados, teriam usado candidatura “laranja” nas eleições de 2018.
O jornal “Folha de S.Paulo” informou na época que, quando Bebianno presidia o PSL, o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.
Bebianno negou as irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais.
Após a reportagem da “Folha”, Bebianno negou em entrevista ao jornal “O Globo” que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia.
Após a publicação da entrevista, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente.
Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.
Coordenador de campanha
Bebianno era considerado um dos homens de confiança de Bolsonaro. Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018.