Sérgio do Forró recebe prêmio concedido pelo estado da Bahia

O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, promoveu uma seleção através do edital da Lei Paulo Gustavo, conferindo ao sanfoneiro Sérgio do Forró, radicado em Juazeiro-BA, o Prêmio Preservar: Culturas, Identidades e Saberes Ancestrais.

A iniciativa visa reconhecer e apoiar mestres, mestras e grupos da cultura tradicional e popular da Bahia, identificando o valor do legado e da contribuição para a transmissão desses conhecimentos para as gerações futuras.

Natural de Macureré, Sérgio do Forró é um ícone da Bahia. Sanfoneiro experiente e detentor de grande saber, tem se destacado na defesa do forró tradicional, um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Blog do Carlos Britto

João Campos, prefeito de Recife, adere ao ‘nevou’ e platina cabelo

Prefeito do Recife João Campos platina cabelo para o carnaval
Instagram/Reprodução (@joaocampos)

O prefeito de Recife, João Campos (PSD), platinou o cabelo para a abertura do carnaval na capital pernambucana, que ocorreu nesta quarta-feira (7/2).

Em dezembro de 2023, o prefeito aceitou o desafio do MC Anderson Neiff, nome do brega funk, para fazer o “nevou”, ou seja, deixar os cabelos brancos. Desde então, internautas passaram a cobrar a mudança de visual de João Campos. O próprio prefeito brincou várias vezes sobre platinar os cabelos para o carnaval.

Nas redes sociais, Campos disse que o novo visual é mais do que um cabelo, mas “um ato de respeito” à população de Recife. “O tão aguardado, tão pedido nevou, agora, é uma realidade. Não só para brincar o carnaval, mas eu acho que também é um ato de respeito, de valorização da nossa gente, da nossa cultura, da periferia, onde está o nosso talento, nossa criatividade, nossa resiliência, então, o prefeito que tanto pediram para nevar, nevou. Começou o carnaval.”

Segundo o prefeito, a mudança foi aprovada pela família e copiada por um dos irmãos dele. A namorada, deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), também gostou do visual, apesar de ter visto apenas por chamada de vídeo.

O salão escolhido para a mudança foi o de Rosinaldo Bezerra Menezes, conhecido como Mágico Menezes, que fica na comunidade Roda de Fogo, nos Torrões, Zona Oeste de Recife. No local, o barbeiro até mandou pintar uma caricatura do prefeito com os cabelos platinados.

No Instagram do prefeito, o “nevou” agradou aos usuários. “Cuidado pra não pegar resfriado, meu prefeito. E obrigado por fazer nevar em Recife. Estava calor demais!”, disse um. “Um prefeito perfeito desse tinha que ser de Recife! Um nevou combinando com a paleta da cor dos olhos, só meu prefeito tem”, completou outra.

CB

Morre, aos 88 anos, o artesão Manoel Vitalino, filho do Mestre Vitalino

A arte do barro de Caruaru perdeu, nesta sexta-feira (5), um dos nomes de peso do artesanato pernambucano: Manoel Vitalino, filho do Mestre Vitalino, morreu aos 88 anos.

Manoel estava internado em uma unidade hospitalar de Caruaru, no Agreste pernambucano, em tratamento de uma infecção e, mais recentemente, ele foi acometido também de uma pneumonia.

Ainda não há informações sobre velório e enterro.

Em nota, a governadora de Pernambuco Raquel Lyra, lamentou o falecimento do artesão. “Caruaru e Pernambuco se despedem hoje de Manoel Vitalino, filho do Mestre Vitalino, artesão e grande defensor do legado de seu pai, um dos maiores nomes da arte popular do Nordeste e do Brasil. Recebi com tristeza a notícia de sua partida e expresso a minha profunda solidariedade à família e amigos neste momento de despedida“.

Tal qual o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, que também se manifestou através de nota, sobre a morte de Manoel Vitalino: “Foi com imenso pesar que recebi a notícia da partida de Manoel Vitalino, filho do Mestre Vitalino, um dos maiores nomes da arte do barro. Seu Manoel tinha 88 anos e foi um dos responsáveis por eternizar a história do seu pai. Que Deus conforte o coração de todos os familiares e amigos. Deixo aqui o meu mais sincero pesar“.

Blog do Didi Galvão

Em ação inédita, Governo de Pernambuco homenageia Alceu Valença, Claudionor Germano e Lia de Itamaracá no Carnaval 2024

O Governo de Pernambuco fará uma homenagem inédita a três grandes vozes da cultura pernambucana no Carnaval 2024: Alceu Valença, Claudionor Germano e Lia de Itamaracá. Ícones da festa e cantores reverenciados no mundo todo, Claudionor Germano e Lia de Itamaracá são Patrimônios Vivos do Estado. Alceu Valença, por sua vez, é detentor da Medalha da Ordem do Mérito Guararapes, título concedido ao artista pela sua representatividade na cultura pernambucana.

“O Carnaval de Pernambuco deste ano será uma linda e grande festa que vai reverenciar a história de artistas que contribuem para Pernambuco, para o Brasil e para o mundo. Lia de Itamaracá, Claudionor Germano e Alceu Valença representam o encanto na nossa cultura e vão abrilhantar ainda mais o nosso Carnaval, assim como fizeram em todas as suas trajetórias. Por isso me sinto muito feliz e honrada por ter feito esse convite e por eles terem aceitado serem os grandes homenageados”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Para Cacau de Paula, secretária estadual de Cultura, os três homenageados são responsáveis por elevar e fortalecer o nome e a imagem de Pernambuco. “Quando pensamos nas vozes do Carnaval de Pernambuco é inevitável lembrar destes três artistas, nomes que representam não só a cultura popular como a música pernambucana das últimas décadas. Artistas que levam o nome do nosso Estado para todas as partes do mundo e que enchem o coração do nosso povo com canções que fazem parte da nossa história e da memória coletiva”, observou.

A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba, ressaltou que o trabalho dos artistas é um legado para a cultura. “É importante destacar que Claudionor e Lia são Patrimônios Vivos do Estado, assim como Alceu é comendador de Pernambuco, o que por si só já demonstra a força de suas artes. Neste ano, serão reverenciados pelo governo estadual como representantes da nossa cultura que merecem reconhecimento e respeito”, disse.

Perfis

Alceu Valença é um cantor, compositor e cineasta brasileiro que surgiu como expoente da geração da música nordestina, nos anos 70, sendo um dos primeiros a promover a união do som nordestino com a guitarra elétrica – no conhecido movimento musical “udigrudi”. Nascido na cidade de São Bento do Una, no Agreste Central de Pernambuco, no dia 1º de julho de 1946, carrega na bagagem uma obra composta por mais de 30 discos, em quase cinquenta anos de carreira, e canções consolidadas no campo afetivo como Anunciação e Tropicana.

O cantor Claudionor Germano da Hora nasceu no Recife, no dia 10 de agosto de 1932, e hoje está com 91 anos, a maior parte deles dedicados à interpretação de canções de frevo. Famoso pelo trabalho como intérprete de Nelson Ferreira, foi de Capiba que ele gravou o maior número de composições – 132 músicas somente deste compositor, num total de 553.

Lia de Itamaracá nasceu na ilha do Litoral Norte pernambucano no dia 12 de janeiro de 1944 e desde cedo é cheia de familiaridade com a música e a dança, em especial com a ciranda. A artista comanda as atividades do Centro Cultural Estrela de Lia, onde são oferecidas oficinas culturais e diversas apresentações artísticas. Hoje, é um dos mais representativos nomes femininos da música brasileira e, por essa razão, recebeu títulos como o de doutora honoris causa da Universidade Federal de Pernambuco, em 2019; e o de Comendadora da Ordem do Mérito Cultural, pela Presidência da República, em 2004.

Carnaval de Pernambuco

O Carnaval de Pernambuco é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secult-PE, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Turismo (Setur-PE) e da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur).

A convocatória deste ano recebeu mais de 1.500 inscrições de artistas, grupos culturais e fazedores de cultura em geral, e tem como objetivo valorizar e fortalecer a cultura pernambucana nas 12 Microrregiões de Desenvolvimento do Estado, promovendo a habilitação de propostas de artistas, grupos, orquestras e agremiações tradicionais para compor a programação do Ciclo Carnavalesco.

Fotos de Lia: Felipe Souto Maior/Secult-PE Fotos de Alceu: Jan Ribeiro/Secult-PE/Fundarpe Fotos de Claudionor Germano: 1 – Jan Ribeiro/Secult-PE/Fundarpe | 2 – Divulgação/Secult-PE/Fundarpe.

Lenda do futebol mundial, Zagallo morre aos 92 anos

O ex-jogador e ex-técnico Mario Jorge Lobo Zagallo morreu aos 92 anos. A informação foi publicada no começo da madrugada deste sábado (6) pelo perfil oficial da lenda do futebol mundial.

“Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas”, diz a nota.

“Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, prossegue.

 

Veja, a seguir, momentos históricos de sua carreira

O jogador da Seleção Brasileira

O jogador Zagallo chora durante a comemoração pela conquista do bicampeonato mundial de futebol, após vitória da seleção do Brasil sobre o Chile por 4 a 2, no estádio Nacional do Chile, em Santiago, em 1962 / REGINALDO MANENTE/ESTADÃO CONTEÚDO

Oito anos mais tarde, a história foi diferente. Já sendo um dos destaques do Flamengo, esteve relacionado na convocação para a Seleção Brasileira na campanha vitoriosa da Taça Oswaldo da Cruz. Com o êxito, seguiu com o grupo para o Mundial daquele ano, que foi disputado na Suécia.

Em solo europeu, participou dos seis jogos da competição. Acabou sendo responsável por um dos gols na final vencida pelos brasileiros por 5 a 2, contra os donos da casa. Ali, conquistava sua primeira Copa. Na edição seguinte, em 1962, no Chile, ganhou o bicampeonato mundial.

Ainda com a amarelinha, foi vencedor da Taça do Atlântico (1960), da Taça Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962), da Taça Bernardo O’Higgins (1959 e 1961) e da Copa Roca (1960 e 1963). Em 1964 resolveu se aposentar da Canarinho como atleta.

O treinador

O técnico Zagallo segura bola durante treino da Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1970, no México / Crédito: ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/

Mesmo depois de pendurar as chuteiras, o Velho Lobo resolveu continuar no futebol. Em 1966, assumiu o comando do Botafogo. Na equipe, foi campeão da Campeonato Carioca em 1967 e 1968, da Taça Rio nos mesmos anos, e do Campeonato Brasileiro de 1968, à época chamado de Taça Brasil.

Antes da Copa do Mundo de 1970, disputada no México, foi chamado para ser técnico da Seleção, substituindo João Saldanha. O time era recheado de craques, como Pelé, Rivelino, Gérson, Jairzinho, Clodoaldo e Tostão.

A campanha brasileira foi espetacular: seis vitórias em seis jogos, 19 gols marcados e apenas sete sofridos, coroando uma grande campanha para o tricampeonato. Zagallo passou a ser a primeira pessoa na história a conquistar um mundial como treinador e jogador.

Em 1974, não teve o mesmo êxito, mesmo mantendo algumas peças do tri. Acabou na quarta colocação na Copa do Mundo da Alemanha.

Nos anos 1970 ainda teve passagens vitoriosas como treinador do Flamengo, do Fluminense, e do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Nos anos 1980 comandou Vasco, Seleção Saudita e Bangu.

O coordenador técnico

O atacante Ronaldo Fenômeno (e) e o auxiliar técnico Zagallo (d) observam o técnico Carlos Alberto Parreira (c) durante treino da Seleção Brasileira, em São Paulo, em 1994. / WILSON PEDROSA/ESTADÃO CONTEÚDO/

Após 20 anos, Zagallo retornava para a maior competição de futebol. Mas, desta vez, como coordenador técnico, na comissão de Carlos Alberto Parreira, na Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994.

Na fase de grupos, a Seleção não perdeu, liderando o grupo B. Venceu a Rússia, por 2 a 0, e Camarões, por 3 a 0. Contra Suécia, empatou em 1 a 1.

Nas oitavas de final, os brasileiros derrotaram os anfitriões por 1 a 0, com gol de Bebeto. Nas quartas de final, superaram a Holanda por 3 a 2. Na semifinal, a Seleção encontrou novamente a Suécia, mas dessa vez saiu com a vitória, por 1 a 0.

A grande final foi contra a Itália, com um persistente empate por 0 a 0 no tempo normal. Nas penalidades, o Brasil fez 3 a 2, interrompendo um jejum de 24 anos sem a conquista da Copa. Foi o quarto título de Zagallo como membro da delegação.

Após a competição, com a saída de Parreira, o “Velho Lobo” foi escolhido para a sucessão e voltou a comandar a Seleção Brasileira. Venceu a Copa Umbro, em 1995, e a Copa América e a Copa das Confederações em 1997.

O retorno à Copa do Mundo no comando da Seleção

O técnico da brasileira seleção, Zagallo (e), consola o atacante Ronaldo após derrota na final da Copa do Mundo de 1998, para a França, anfitriã do torneio / CELIO JR/ESTADÃO CONTEÚDO

Em 1998, Zagallo embarcava para seu terceiro mundial como técnico. Na primeira fase, o Brasil  terminou em primeiro no grupo A, com seis pontos, vencendo duas seleções: a Escócia, por 2 a 1, e o Marrocos, por 3 a 0. E sofreu um revés, contra a Noruega, por 2 a 1.

Nas oitavas de final, goleou o Chile por 4 a 1, com gols de César Sampaio e Ronaldo Fenômeno. Já nas quartas de final, venceu a Dinamarca, do lendário goleiro Peter Schmeichel, por 3 a 2, em uma grande partida.

Na semifinal teve a Holanda pela frente. No tempo normal, empatou por 1 a 1 com a Laranja Mecânica. Nas penalidades, venceu por 4 a 2, contando com a genialidade do goleiro Taffarel.

Mas na final, contra a França, anfitriã do torneio, a história mudou. Marcada pelo episódio de uma convulsão de Ronaldo Fenômeno antes da partida, a Seleção foi completamente dominada e derrotada por 3 a 0.

Recomeço

O treinador da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, e o coordenador técnico, Zagallo, durante apresentação da nova comissão técnica, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2003 / Crédito: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO/

O pentacampeonato viria em 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que deixou o cargo após a vitória.

Com isso, foi aberto o caminho para o retorno da dupla vitoriosa em 1994: Parreira e Zagallo, nas mesmas funções da época: técnico e coordenador técnico, respectivamente.

No período, foram campeões da Copa América, em 2004 e da Copa das Confederações, em 2006. Mas o desfecho na Copa do Mundo viria mais cedo, nas quartas de final, após derrota para a França.

Títulos de Zagallo pela Seleção Brasileira

  • Como jogador: Copa do Mundo (1958 e 1962); Taça do Atlântico (1960); Taça Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962); Taça Bernardo O’Higgins (1959 e 1961); Copa Roca (1960 e 1963);
  • Como técnico: Copa do Mundo (1970); Copa América (1997); Copa das Confederações (1997); Copa Roca (1971); Taça Independência (1972); Copa Umbro (1995); Pré-Olímpico (1996);
  • Como coordenador técnico: Copa do Mundo (1994); Copa América (2004); e Copa das Confederações (2005).

CNN