População protesta por falta de abastecimento de água no Sertão de Pernambuco

Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (15), moradores de Verdejante bloquearam a PE-450, principal acesso à cidade, em protesto contra a falta de abastecimento de água. A população, indignada com a situação, exige providências imediatas das autoridades e da Compesa.

Os manifestantes relatam que a cidade enfrenta uma grave escassez de água há vários dias, afetando a rotina das famílias e o funcionamento do comércio e dos serviços públicos. “Estamos sem água para as necessidades básicas, e a situação está insustentável. Queremos uma solução urgente“, disse uma moradora durante o ato.

O protesto visa pressionar as autoridades locais e estaduais para garantir o restabelecimento do serviço. “Não podemos mais aceitar esse descaso. Pagamos as contas, mas água que é bom, nada”, afirmou outro manifestante.

Até o momento, a Compesa não se manifestou oficialmente, e a expectativa é que a mobilização continue até que uma solução seja apresentada. (Fonte: Didi Galvão)

Sem saída, trabalhadores da Embrapa realizam paralisação nacional nesta quarta (16)

Na próxima quarta-feira (16), os 7.685 trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) farão uma paralisação nacional contra a postura da direção da empresa nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. A proposta apresentada foi considerada insuficiente pelos trabalhadores e, portanto, rejeitada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf).

Com um reajuste salarial de apenas 2,58% para 2024, o que cobre apenas 80% da inflação acumulada no período de 2023-2024 e um reajuste que cobre 100% da inflação somente para 2025, a proposta não repõe as perdas salariais dos últimos anos. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a categoria acumula uma perda de 16,24% desde 2018.

“Foram 16 rodadas de negociação em que a empresa, de maneira impositiva e inflexível, tentou, ao final, empurrar um acordo bianual e um pacotão sem diálogo real. Não vamos permitir que a Embrapa divida a categoria e enfraqueça nossa luta por melhores condições de trabalho e respeito aos direitos de todos os empregados. A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos de valorização e respeito”, afirma Marcus Vinícius Sidoruk Vidal, presidente do Sinpaf.

Assembleia realizada em Pelotas/RS

Paralisação

Decisão tomada em assembleias realizadas em todo o país, a paralisação reflete a insatisfação generalizada com a proposta de ACT para o biênio 2024-2025.

“A Embrapa é uma das maiores instituições de pesquisa agropecuária do Brasil e do mundo, com um orçamento de R$ 4 bilhões e 43 centros de pesquisa de Norte a Sul do Brasil. Ela desempenha um papel importante no desenvolvimento agropecuário do Brasil, sendo única em sua função”, explica o presidente do Sinpaf.

No entanto, ele reforça, “seus trabalhadores e trabalhadoras, que são a base desse sucesso, estão há anos acumulando perdas salariais significativas e, por isso, exigem valorização adequada”.

A Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) responsável por planejar, supervisionar, coordenar e controlar atividades relacionadas à pesquisa agropecuária e à formulação de políticas agrícolas. Sua atuação é essencial para a garantia da segurança alimentar e do combate à fome no país.

A proposta recusada

Além das perdas salariais de 2018, proposta apresentada pela Embrapa oferece o mesmo reajuste de 2,58% para benefícios como auxílio alimentação e auxílio creche, aprofundando ainda mais as perdas.

Para 2025, a Embrapa propõe um reajuste que cobre 100% da inflação, o que ainda é insuficiente diante das perdas acumuladas. Em vez de negociar uma solução justa ao longo das 16 rodadas de negociação, a empresa optou por apresentar um “pacotão”, sem levar em consideração as prioridades dos/das trabalhadores/as, impondo um acordo bianual que não repõe as perdas reais.

De acordo com a Comissão Nacional de Negociação do Sinpaf, além da questão salarial, há também uma série de demandas sociais relevantes que foram ignoradas pela empresa e que não têm impacto financeiro significativo, como a concessão de créditos aos técnicos e assistentes em publicações científicas, a implementação de políticas eficazes de combate ao assédio moral e sexual, e a proteção a gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres.

“A postura da Embrapa ao não avançar nesses pontos reflete uma gestão que desconsidera questões essenciais para a dignidade de seus trabalhadores”, diz Marcus Vinícius Sidoruk Vidal.

Outro ponto crítico é a resistência da empresa em atender à demanda histórica pelo Adicional de Escolaridade para Técnicos e Assistentes.

Esses profissionais, que têm investido em sua qualificação sem apoio da empresa, são fundamentais para o bom funcionamento da Embrapa. Embora muitos já possuam graduação, pós-graduação, mestrado e até doutorado, a empresa se recusa a reconhecer formalmente esse esforço com a concessão do adicional, perpetuando uma política de desvalorização e desigualdades.

“Essa falta de reconhecimento gera frustração entre os trabalho, que desempenham funções de alta complexidade e contribuem significativamente para o sucesso da empresa“, reforça o dirigente.

A paralisação nacional busca corrigir essas injustiças e garantir que os trabalhadores sejam adequadamente valorizados por seu papel no sucesso da empresa.

Dez motivos para a recusa da proposta 

  • Acordo Bianual – A proposta de um acordo bianual foi apresentada no PACOTÃO, mas não discutida em mesa, limitando a possibilidade de diálogo e resultando em perdas financeiras.
  • Proposta Insuficiente – A proposta apresenta um aumento salarial de apenas 2,58%, além de rejeitar várias cláusulas sociais sem impacto financeiro.
  • Auxílio Creche – A inclusão do termo “até” na cláusula 3.5 abre espaço para a redução do valor de R$ 665,73, dificultando a tramitação de ações judiciais em curso e permitindo questionamentos sobre valores pagos.
  • Ameaças Durante a Negociação – O SINPAF e a categoria foram ameaçados com a afirmação de que não haveria mais prorrogação do ACT em mesa, e que futuras prorrogações dependeriam do TST.
  • Pressão para Aprovação – Foi exercida pressão para aprovar o PACOTÃO, sob a ameaça de não oferecer nada em troca.
  • Confusão sobre Concorrência – A Embrapa demonstra um conflito ao se declarar como empresa não concorrencial, mas utilizar exemplos de empresas que possuem concorrência quando lhe convém.
  • Liberação de Empregados – A Embrapa argumentou que a liberação de empregados tinha natureza financeira, exigindo aprovação do CONSAD e da SEST. Contudo, a proposta final incluiu a liberação de dirigentes da CIPA sem a devida autorização.
  • Assédio Moral e Sexual – Na Cláusula 5.10, a proposta não garante o acesso do denunciante aos procedimentos, inviabilizando a aceitação de um tema tão crítico e sem natureza econômica.
  • Proteção a Gestantes e Lactantes – A Cláusula 8.10 não estende a proteção contra trabalho insalubre para terceirizadas, o que não acarreta custos, mas é fundamental para a equidade.
  • Adicional de Escolaridade – A Cláusula 3.8, referente ao adicional de escolaridade, foi excluída das negociações, apesar de estar pendente de análise pela Diretoria da Embrapa, sem a devida comunicação ao CONSAD ou SEST.

Fonte: CUT

 

Corpo de homem é encontrado em estado de decomposição no Distrito de Vermelhos, interior de Lagoa Grande-PE

Neste domingo(13), o corpo de um homem foi encontrado em estado de decomposição dentro de uma residência no Distrito de Vermelhos no interior de Lagoa Grande-PE.

A vítima foi identificado apenas como Naldinho, que era  bastante conhecido naquela localidade.

O corpo já estava em estado de decomposição e a  causa da morte é desconhecida.

Equipes de Polícia e o IML (Instituto Médico Legal) de Petrolina-PE estiveram no local atendendo a ocorrência.

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

Ação da Prefeitura de Lagoa Grande garante assinatura de 369 contratos de regularização fundiária em Vermelhos

Cerca de 370 moradores do distrito de Vermelhos fizeram parte do ato de assinatura dos contratos de regularização fundiária, na EREM Dom Hélder Câmara, ocorrida nesta quinta-feira (10). Nesta primeira etapa serão beneficiadas 369 famílias.

A iniciativa faz parte do programa de Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional  (Regmel), do governo federal, que tem como agente financeiro, a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado (Seduh).

O prefeito Vilmar Cappellaro, e a vice-prefeita, Catharina Garziera, ressaltaram o compromisso do município para auxiliar famílias que esperavam há anos para ter acesso às escrituras. “Estamos dando dignidade a esses moradores. Vermelhos é um distrito grande e estamos legalizando os imóveis, garantindo assim a devida segurança jurídica aos moradores. Não tem nada mais importante do que ter um lugar seguro para morar”, afirmaram.

Acompanharam a solenidade a secretária de Assistência Social Iane Lima, o ex-prefeito Jorge Garziera, vereadores, secretárias (os), a ex-secretária Eliene Neri e o ex-secretário Olavo Marques, e representantes das empresas Maia Melo Engenharia e Lucena e Guerra.

ASCOM