Comissão do Congresso aprova Orçamento de 2024 com R$ 53 bilhões em emendas

O relator da LOA de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira 21, o projeto da Lei Orçamentária Anual, que definirá os gastos do governo no ano que vem. De acordo com o texto, 53 bilhões de reais estarão reservados para o pagamento de emendas parlamentares.

A LOA é elaborada a partir da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, que já foi aprovada pelo Congresso.

No entanto, enquanto a LDO previa 48 bilhões de reais em emendas, sendo 37 bilhões de pagamento obrigatório, a LOA determina um gasto de 53.082.774.768 bilhões com essa despesa.

Esses 53 bilhões seriam distribuídos entre:

  • emendas individuais: 25 bilhões de reais (19.428.112.425 para cada deputado, e 5.640.422.848 para cada senador);
  • emendas de bancada: 11,3 bilhões de reais (11.314.187.014);
  • emendas de comissão: 16,7 bilhões de reais (10.925.840.645 para a Câmara, 5.610.274.977 para o Senado, e 163.936.859 para comissão mista).

As emendas parlamentares são verbas legais disponibilizadas pelo governo federal para que os parlamentares apliquem recursos em projetos que considerarem prioritários.

São impositivas as emendas individuais e de bancada, ou seja, o governo é obrigado a dedicar uma verba para cada parlamentar e para cada bancada estadual no Congresso.

Já as emendas de comissão, relativas às comissões temáticas da Câmara e do Senado, não são impositivas.

De acordo com a LDO, essas emendas passam a ter um cronograma de pagamento. A falta de um calendário permitia o governo a usar as datas dos repasses em negociações de votações no Congresso.

Segundo as diretrizes orçamentárias, após a publicação da LOA, o governo é obrigado a empenhar os valores das emendas individuais até o 183º dia de 2024.

Já em relação às emendas de bancada, os parlamentares deverão indicar as suas prioridades no prazo de cinco dias, e o governo tem 90 dias para analisar os pedidos e 30 dias para empenhar os recursos.

O empenho é a fase da execução das verbas parlamentares na qual o governo reserva o valor requerido e libera, por exemplo, o início da obra relacionada. Em seguida, o governo realiza a etapa da liquidação, na qual confere o curso da obra, e a do pagamento, quando remunera o serviço prestado.

O governo também deverá pagar até 30 de junho de 2024 as emendas de comissão de saúde e de assistência social cujo repasse seja feito por transferência fundo a fundo, que ocorre de forma automática.

A jornalistas, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse que o presidente Lula (PT) estuda vetar o dispositivo que estabelece o calendário para essas emendas.

O relatório prevê que, no total, o orçamento será de 5,5 trilhões de reais para o pagamento de despesas, mas a maior parte é voltada para o refinanciamento da dívida pública.

Carta Capital

Eleições 2024: Nomes para compor vice de Jorge Gaziera já começam a despontar em Lagoa Grande(PE)

Em Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, para as eleições do próximo ano já começaram os embalos em torno das articulações politicas para o sucessor do atual prefeito Vilmar Cappellaro do MDB.

Já é dado como certo que Cappellaro quer realmente o ex-prefeito e empresário da vitivinicultura Jorge Garziera como seu sucessor. Isso vem ficando claro a cada dia diante das aparições públicas do Garziera ao lado do Cappellaro por todo o município.

Por outro lado, a vaga de vice do Garziera, será  a mais cobiçada de todos os tempos da Capital da Uva e do Vinho e, nomes como de dois Secretários, Italo Ferreira(Saúde) e Ademar Nonato(Infraestrutura) já estão sendo comentados nos bastidores e nas rodas de conversas de rua, como fortes para compor a vice  de Jorge Garziera.

Ambos tem história politica e serviços prestados ao município, como já foram vice-prefeitos e vereadores.

Eleições 2024: Simão abre diferença e consolida liderança, diz pesquisa

Foto: divulgação

Pré-candidato à reeleição em Petrolina, o prefeito Simão Durando (UB) vai mantendo seu favoristimo para a disputa municipal de 2024. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Instituto Sigma Álgebra, divulgada com exclusividade pelo Blog do Carlos Britto.

Simão obteve 39% das intenções, ante 15% do ex-prefeito Julio Lossio; 14% de outro ex-prefeito, Odacy Amorim (PT); 9% da vereadora Lucinha Mota (PSDB); e 4% do deputado Lucas Ramos (PSB). Não sabem/Não responderam totalizou 11% e Nenhum deles, 8%.

O levantamento foi feito com 600 entrevistados, entre os dias 5 e 10 de dezembro.  O nível de confiança estimado é de 96% e a margem de erro máxima estimada foi de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Coleta de dados

As entrevistas pessoais utilizaram questionários elaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. O trabalho de coleta dos dados foi realizado por entrevistadores devidamente treinados e supervisionados com ampla experiência no levantamento de dados. Depois de coletadas, as entrevistas foram enviadas via 3G/4G para a base da empresa, que são tratadas através de softwares estatísticos.

Controle de qualidade

Para garantir a qualidade dos dados, houve filtragem em todos os questionários após realização das entrevistas. Todas as entrevistas foram verificadas através de amostragem de no mínimo 20% dos casos totais. Através da supervisão virtual fica registrado o horário de cada entrevista realizada, o tempo de duração de cada entrevista, além da avaliação da cota pretendida versus a realizada, e dos áudios analisados desde a fidelidade ao questionário à forma de abordagem do pesquisador.

Blog do Carlos Britto

Procuradoria Regional Eleitoral do PR pede a cassação de Sergio Moro

Sérgio Moro acompanha o depoimento de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro

Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná mostrou-se, nesta quinta-feira (14/12), favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Para o órgão, houve abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

“Diante de todo o expendido neste parecer, somente baseado no que consta dos autos, a Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná manifesta-se pelo julgamento de procedência parcial dos pedidos formulados nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) nº 0604176-51.2022.6.16.0000 e 0604298-64.2022.6.16.0000 a fim de que se reconheça a prática de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de senador da República e decretação da inelegibilidade dos srs. Sergio Fernando Moro e Luís Felipe Cunha”, concluíram os procuradores regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado.

Na quinta-feira da semana passada (7/12), Moro prestou depoimento sobre o caso no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O senador optou por responder as perguntas do relator das ações e do Ministério Público, mas ficou em silêncio diante dos questionamentos dos advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL).

A oitiva ocorreu dentro da análise de Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), de autoria do PT e do PL, que acusam Moro de abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação — as acusações de uso indevido de comunicação social e de caixa dois foram descartadas no parecer assinado por Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado.

As legendas pedem que o ex-juiz seja cassado e fique inelegível por oito anos. Elas alegam a existência de irregularidades nas contas de Moro. Um dos apontamentos é que ele teria se beneficiado de verba disponibilizada pelo Podemos, partido pelo qual se candidatou à Presidência, em sua campanha para o Senado pelo União Brasil.

Em junho, o Ministério Público Eleitoral defendeu a continuidade da ação. Os processos tramitam no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e podem chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Procuradoria negou pedidos da defesa de Moro para trancar a ação e concordou em ouvir testemunhas ligadas ao caso. Moro nega as acusações.

Metrópoles

Moro troca mensagens após aprovação de Dino: ‘Não pode ter vídeo de você falando que votou a favor’; leia diálogos

Ex-ministro de Bolsonaro, o senador Sergio Moro foi orientado a não declarar voto favorável ao ministro de Lula
Foto: Agência O Globo

Minutos após Flávio Dino ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Sérgio Moro (União-PR) recebeu uma mensagem em seu celular o alertando que o “coro está comendo nas redes”. O interlocutor diz na sequência para ele “ficar frio”, mas que não poderia ter vídeo do parlamentar declarando voto favorável ao ministro de Lula.

Recado: ‘Estou esperançoso com seu voto’, diz Dino a Moro durante sabatina na CCJ; senador não responde e diz ter achado ‘graça’
Lista: Aprovação de Dino para o STF tem segundo placar mais apertado desde 1989, atrás apenas de Mendonça
A mensagem foi enviada após uma imagem de Moro abraçando Dino durante a sabatina repercutir nas redes sociais. O senador, que é oposição ao governo, não declarou seu voto contra Dino, o que lhe rendeu críticas.

“Sergio, o coro está comendo aqui nas redes, mas fica frio que jaja (sic) passa, só não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando”, diz o contato identificado no celular de Moro como “Mestrão”. “Estou de plantão aqui, qualquer coisa só acionar”, completa na mensagem, flagrada pelo GLOBO no plenário do Senado. Em seguida, Moro responde: “Blz. Vou manter meu voto secreto”.

Procurado, o senador afirmou, por meio de sua assessoria, que a mensagem do interlocutor se deu porque “distorceram o posicionamento do parlamentar”. “A pessoa em questão, sem ter informação do voto do senador Sérgio Moro, fez a sugestão somente porque distorceram o posicionamento do parlamentar nas redes após cumprimento ao ministro Dino. Em resposta, o senador disse que iria manter o sigilo do voto, que é um instrumento de proteção contra retaliação”, afirma.

Enquanto aguardava a votação no plenário, Moro também trocou mensagens com seu suplente, o advogado Luis Felipe Cunha. “Deltan desesperado. Me ligou, mandou mensagem e etc”, escreve Cunha, em referência ao ex-procurador e ex-deputado Deltan Dalagnol, que coordenou a operação Lava-Jato.

Moro responde que também foi procurado. “Mandou msg aqui”. Em seguida, pede conselhos: “Falo algo aqui? “O que acha?”.

O nome de Dino foi aprovado na CCJ pelo placar de 17 a 10. Segundo governistas, a quantidade de votos favoráveis foi superior ao que eles esperavam. O indicado de Lula para o STF também teve o aval do plenário do Senado, por 47 votos a 31.

O Globo