Alexandre Moraes passa por ‘sabatina informal’ em barco de senador

Apesar de não ter falado abertamente, o ministro licenciado teria demonstrado ser a favor do entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância, que permite que réus possam ser presos mesmo que ainda tenham recursos pendentes na Justiça

20170210085227943599aMoraes não quis responder sobre temas relacionados à Lava-Jato. “O clima foi tenso. Todos fizeram muitas perguntas, mais duras do que as que serão feitas na sabatina da CCJ”, disse um dos senadores presentes.

Um grupo de oito senadores fez uma “sabatina informal” com o ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no barco do senador Wilder Morais (PP-GO), em Brasília, na terça-feira (7/2). Segundo parlamentares que participaram do encontro, eles questionaram Moraes sobre acusações de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e sobre as posições do ministro em relação à Lava-Jato, à legalização de drogas e à prisão em segunda instância.

Conforme antecipou a Coluna do Estadão, o encontro aconteceu na chalana Champagne, casa flutuante de Wilder. Moraes chegou uma hora atrasado, acompanhado de Sandro Mabel, assessor especial do presidente Michel Temer. Também participaram do jantar os senadores Benedito de Lira (PP-AL), Cidinho Santos (PR-MT), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Ivo Cassol (PP-RO), José Medeiros (PSD-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Zezé Perrella (PMDB-MG). Desses, dois são membros titulares da CCJ, Wilder e Lira, e dois são suplentes, Petecão e Cassol.
Moraes não quis responder sobre temas relacionados à Lava-Jato. “O clima foi tenso. Todos fizeram muitas perguntas, mais duras do que as que serão feitas na sabatina da CCJ”, disse um dos senadores presentes.
Apesar de não ter falado abertamente, o ministro licenciado teria demonstrado ser a favor do entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância, que permite que réus possam ser presos mesmo que ainda tenham recursos pendentes na Justiça – ele já defendeu a tese em livro. Moraes também sinalizou ser contra a legalização das drogas.
Sobre a acusação de que teria envolvimento com o PCC, disse que houve uma associação equivocada, com base em reportagem publicada na imprensa. Em 2015, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o então secretário da Segurança de São Paulo aparecia no Tribunal de Justiça como advogado em pelo menos 123 processos na área civil de uma cooperativa citada em investigação que apura suposta formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC.
Correio Braziliense

Fachin autoriza inquérito contra Renan, Jucá e Sarney por tramar contra a Lava Jato

José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá durante evento em Brasília. FOTO: ED FERREIRA/ESTADÃO

O ministro Edson Fachin, novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quinta-feira (9) a abertura de inquérito contra o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, para a apuração de supostas manobras para atrapalhar as investigações da Lava Jato.

Considerando apenas processos relacionados à Lava Jato, este é o nono inquérito contra Calheiros, o terceiro contra Jucá e o segundo contra Sérgio Machado. Quanto ao ex-presidente Sarney, é o primeiro inquérito no âmbito da operação. Este foi também o primeiro inquérito autorizado por Edson Fachin como relator da Lava Jato – um sorteio na semana passada lhe destinou a herança dos processos que estavam sob a supervisão do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro.

O pedido de abertura de inquérito foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma petição de 53 páginas na segunda-feira (6), com base na delação de Machado, do ano passado, sob a suspeita de um possível crime de embaraço às investigações.

“Note-se a gravidade da trama engendrada pelos integrantes da organização criminosa: as conversas gravadas desvelam esquema em curso voltado não apenas para ‘estancar’ a Lava Jato, mas também para ‘cortar as asas’ do Ministério Público e do Poder Judiciário, que significa interferir no livre funcionamento e nos poderes desses órgãos”, disse o procurador-geral da República Janot na manifestação, encaminhada ao STF no mesmo dia em que o presidente Michel Temer indicou Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do STF no lugar de Teori Zavascki.

Ao autorizar a abertura de inquérito, o ministro Edson Fachin também determinou a realização de diligências pedidas pela PGR. Entre elas, a autorização para ouvir diretamente os investigados.

A PGR solicitou também que o STF forneça “todos os registros de acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão, no ano de 2016, com todas as informações e arquivos relacionados”. Ferrão é advogado e amigo de Teori Zavascki.

Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, “Renan Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado”.

O procurador-geral da República pediu, ainda, a “obtenção junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, devendo o método de execução ser previamente ajustado com o Ministério Público Federal, que poderá participar da diligência ou a praticar diretamente, de todos os registros dos registros de passagens emitidas e utilizadas por Jose Sergio de Oliveira Machado, no período de dezembro de 2015 até 20.05.2016, com todas as informações e arquivos relacionados”.

Ainda no pedido de abertura de inquérito, Rodrigo Janot citou “solução Michel”. O procurador usou a expressão para se referir a um “acordão” que teria o objetivo de barrar a operação com a chegada de Michel Temer à Presidência. Segundo Janot, o “plano” elaborado pelo que chamou de “quadrilha” foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a Presidência, em maio do ano passado.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS:

Em nota à imprensa, o senador Renan Calheiros “reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes”. “O inquérito comprovará os argumentos e do senador e, sem dúvida, será arquivado por absoluta inconsistência”, diz a defesa do peemedebista.

A defesa de Jucá, em nota, também afirmou que o senador “nega que tenha tentado obstruir qualquer operação do Ministério Público e diz que a investigação e a quebra de sigilo do processo irão mostrar a verdade dos fatos”.

Procurada, a defesa de Sérgio Machado informou que o ex-diretor da Transpetro está colaborando com as investigações.

O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney disse que se houve crime ‘este foi praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações’.

Estadão

Encontro CAIXA 2017: Governo estuda alternativas para reduzir o custo da energia

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, acredita que uma das alternativas é regionalizar as fontes de energia, diversificando-as

Encontro-CAIXA-2017-Painel-Energia-Fernando-Coelho-Filho

Nesta quinta-feira (9), durante o painel sobre recursos energéticos do Encontro CAIXA 2017, em Brasília (DF), o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo estuda alternativas para reduzir o custo da energia no Brasil e deve realizar novos leilões ao longo do ano. “Temos um custo que não dá mais para ser sustentado”, afirmou.

Coelho Filho acredita que uma das alternativas é regionalizar as fontes de energia, diversificando-as. Segundo ele, hoje, a fonte hidráulica responde por 70% da energia brasileira. Fontes alternativas, como a eólica e a solar, estão no radar do governo. “No Nordeste, somos imbatíveis na energia eólica”, observou.

O ministério também trabalha para melhorar a distribuição, inclusive do excedente produzido pelas fontes renováveis, reduzindo custos. Neste sentido, novos leilões estão previstos para este ano. Coelho Filho ainda descartou o risco de apagões. “Não temos risco de desabastecimento de energia até 2020”, garantiu.

Encontro-CAIXA-2017-Painel-Energia-Gilberto-Occhi

Sustentabilidade
O presidente da CAIXA, Gilberto Occhi, afirmou que o banco está investindo na produção de energia sustentável no Brasil. Entre as iniciativas, ele destacou a criação de linhas de crédito para energia limpa. “A CAIXA tem buscado alternativas para o setor energético”, disse.

Occhi ainda ressaltou a importância do Construcard. “Agregamos a possibilidade de financiar melhorias energéticas”, explicou. A CAIXA também incentiva o uso do Construcard para reparos no sistema hidráulico das residências, minimizando o uso de água.

 

 

 

Fonte: Agência Caixa de Notícias.

Terezinha registra o Dia do Frevo em pronunciamento na Alepe

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A deputada Terezinha Nunes (PSDB) prestou homenagem, nesta quinta-feira (9), aos 110 anos do Frevo, um dos ritmos musicais mais conhecido entre os pernambucanos, durante a reunião plenária. A parlamentar afirmou que desde 2012, a expressão cultural é reconhecida como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“O frevo expressou o renascimento da cultura urbana de Pernambuco. É, na realidade, uma manifestação da diversidade cultural do país, afinal milhares de pessoas vem ao Recife celebrar, de maneira democrática e ao som do frevo, a valorosa festa que é o nosso carnaval”, comentou a deputada, citando o artigo do ministro da Cultura, Roberto Freire, publicado no jornal O Globo desta quinta.

Terezinha destacou ainda que Pernambuco não poderia deixar de celebrar este dia representativo para a cultura do estado. “Hoje é um dia de celebração. Nós como Assembleia Legislativa de Pernambuco, como representantes da casa de todos os pernambucanos, não poderíamos deixar de registrar essa data que fica na história do povo de nosso estado e vai para os anais desta casa”, afirmou a deputada.

Cordialmente,
Assessoria de Imprensa

ENERGIA: Novas regras de divisão do ICMS entre municípios com hidrelétricas seguem à sanção presidencial

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Em pronunciamento, senador Fernando Bezerra (PSB-PE). Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária.
Em pronunciamento, senador Fernando Bezerra (PSB-PE).
Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

Brasília, 09/02/17 – Seguiu para sanção do presidente Michel Temer o Projeto de Lei Complementar (PLP) 163/2015, que muda a forma de cálculo do coeficiente de participação dos municípios-sedes de usinas hidrelétricas na divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O PLS 163 é originário do Projeto de Lei do Senado (PLS) 525/2015, de autoria do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). A matéria estabelece uma média nacional para a divisão do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do ICMS da geração de energia entre os municípios que possuem hidrelétricas e não implicará em aumento deste imposto nem de qualquer outra tarifa ao consumidor.

Aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (8) por 402 votos, o objetivo da medida é minimizar os impactos causados aos municípios produtores de energia elétrica, que perderam receita com a queda do preço da energia, ocasionada pela Lei 12.783/2013. “Não haverá reflexos ao consumidor e é justo que as cidades que abrigam as usinas passem a receber uma parte maior do ICMS”, explica o sanador Fernando Bezerra. “É uma correção histórica”, acrescenta o líder do PSB no Senado, autor do PLS 525/2015.

Pelas novas regras, o valor da produção da energia oriunda de usina hidrelétrica situada no município, para fins de apuração da quota-parte de ICMS da referida cidade, corresponderá à quantidade de energia produzida multiplicada pelo preço médio da energia hidráulica comprada das geradoras pelas distribuidoras, calculado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No Senado, o PLS 525 foi aprovado pelo Plenário da Casa, por unanimidade, em setembro de 2015.

De acordo com a Associação Nacional dos Municípios-Sedes de Usinas Hidrelétricas (Amusuh), o Brasil possui 175 municípios-sedes de 197 hidrelétricas. Destes, 18 contabilizam prejuízos em virtude da Lei12.783/2013. Entre eles, Petrolândia (PE), que perdeu R$ 88,3 milhões, e Canindé de São Francisco (SE), onde as perdas chegam a R$ 20 milhões.

Mais informações – Assessoria de Imprensa