Relator no TSE vota pela inelegibilidade de Bolsonaro

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (27) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Se o voto do ministro, que é relator do caso, for acompanhado pela maioria da Corte, Bolsonaro não poderá disputar, pelo menos, das eleições gerais de 2026.

Após o posicionamento do relator, o julgamento foi suspenso e será retomado na quinta-feira (29). Faltam os votos dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

O TSE julga uma ação na qual o PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A legenda contesta a legalidade da reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

Voto

Em sua manifestação, Benedito Gonçalves entendeu que Bolsonaro difundiu informações falsas para desacreditar o sistema de votação, utilizando a estrutura física do Palácio da Alvorada. Além disso, houve transmissão do evento nas redes sociais do ex-presidente e pela TV Brasil, emissora de televisão pública da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A prova produzida aponta para a conclusão que o primeiro investigado [Bolsonaro] foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto desta ação”, afirmou o relator.

O ministro citou que Bolsonaro fez ilações sobre suposta manipulação de votos nas eleições de 2020 e alegações de falta de auditoria das urnas eletrônicas. “Cada uma dessas narrativas possui caráter falacioso”, acrescentou.

Benedito também validou a inclusão no processo da chamada “minuta do golpe”, documento encontrado pela Polícia Federal durante busca e apreensão realizada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento apócrifo sugeria a decretação de Estado de Defesa no TSE para contestar a vitória de Lula nas eleições de 2022.

“A banalização do golpismo, meramente simbolizada pela minuta que propunha intervir no TSE e dormitava sem causar desassossego na residência do ex-ministro da Justiça, é um desdobramento grave de ataques infundados ao sistema eleitoral de votação”, afirmou.

Gonçalves citou ainda que Bolsonaro fazia “discursos codificados” para encontrar soluções “dentro das quatro linhas da Constituição” para impedir o que chamava de manipulação do resultado do pleito.

“O primeiro investigado [Bolsonaro] violou ostensivamente os deveres de presidente da República, inscritos no artigo 85 da Constituição, em especial zelar pelo exercício livre dos poderes instituídos e dos direitos políticos e pela segurança interna, tendo em vista que assumiu injustificada antagonização direta com o TSE, buscando vitimizar-se e desacreditar a competência do corpo técnico e a lisura dos seus ministros para levar à atuação do TSE ao absoluto descrédito internacional”, completou.

O relator também votou pela absolvição de Braga Netto, candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Para o ministro, ele não participou da reunião e não tem relação com os fatos.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião não teve viés eleitoral e foi feita como “contraponto institucional” para sugerir mudanças no sistema eleitoral.

De acordo com o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022. Dessa forma, segundo o defensor, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

Agência Brasil

Advogada transfere R$ 3,5 mil por engano para Jair Bolsonaro

Uma advogada transferiu R$ 3,5 mil por engano para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela informou o ocorrido em um grupo nas redes sociais.

“Por descuido e sem óculos acabei colocando um zero a mais e foi R$ 3.500 (sic). Tento ligar no Banco do Brasil e não consigo resolver. Preciso reaver esse dinheiro”, escrevey a advogada.

A “vaquinha” para o ex-presidente foi iniciada por aliados de Bolsonaro, como Nikolas Ferreira, Bruno Engler e Mário Frias. Eles buscam “socorrer” Bolsonaro devido às multas recebidas em diversos processos.

No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo.

O ex-presidente foi multado por descumprir a obrigatoriedade do uso de máscaras em São Paulo durante a pandemia da Covid-19, em 2021. As sanções somam R$ 431 mil em ações julgadas separadamente.

Metrópole

Câmara de Vereadores de Lagoa Grande(PE), aprova contas do prefeito Vilmar Cappellaro por unanimidade

Na sessão realizada nesta segunda(26) da Casa Zeferino Nunes em Lagoa Grande(PE), as contas do prefeito Vilmar Cappellaro(MDB), passou pelo crivo dos vereadores.

Com recomendação de aprovação com ressalvas do Tribunal de Contas de Pernambuco, os vereadores aprovaram com 9 votos as contas do gestor referente ao exercício 2019.

A vereadora Rosa Farias foi relatora do Parecer da Comissão de Justiça, Obra e Orçamento, que tem como membros, os vereadores Professor Vavá e Neguinho Rezende.

Por unanimidade, devido dos 11 vereadores, 9 votos foram favoráveis, com a ausência do vereador Professor Vavá e o presidente Josafá Pereira, só votaria em caso de empate.

Senador Fernando Dueire, Jarbas Filho e Vilmar Cappellaro anunciam pacote de obras com R$ 8 milhões para Lagoa Grande

Nesta segunda-feira, 26 de junho, o  senador Fernando Dueire (MDB) e o deputado estadual Jarbas Filho (PSB), foram recepcionados pelo o prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Cappellaro (MDB) e participaram de uma reunião na Enoteca Luigi Pérsico, localizada no distrito de Vermelho.

Na ocasião, Dueire e Jarbas Filho anunciaram um pacote de obras e ações de R$ 8 milhões, que serão investidos nas áreas de infraestrutura urbana, social e na saúde. O ato que fez parte das comemorações dos 28 anos de Lagoa Grande, celebrados no dia 16 de junho, reuniu representantes do poderes Executivo e Legislativo, além de diversas autoridades políticas, empresários e moradores das ruas que serão beneficiadas com as obras.

Do montante anunciado, R$ 2 milhões serão usados para calçamento de 13 ruas, sendo oito no distrito de Vermelhos e cinco na sede. “Temos uma história conectada com Lagoa Grande. A primeira cidade que estou visando no Sertão, é Lagoa Grande; estou vindo aqui puxado pelo reconhecimento e pela gratidão a esse município”, ressaltou o senador Fernando Dueire.

Como parte da programação, a comitiva visitou várias obras que estão em andamento no município. Entre as obras visitadas estão: construção da sede da prefeitura, construção da escola de doze salas, construção do Centro de Treinamento e Aprendizado e o campo sintético.

Ascom

Foto: Isael Cordeiro

Não é justo dizer que ataquei a democracia, diz Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (26.jun.2023) não ser justo dizer que ele “atacou a democracia” ao falar sobre o sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, quando ainda era presidente do Brasil.

Na ocasião, Bolsonaro questionou o resultado das eleições de 2018, levantou dúvidas sobre as urnas eletrônicas e criticou ministros de tribunais superiores. O evento foi transmitido pelo canal estatal TV Brasil. “É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores?”, questiona. O episódio é alvo de ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode torná-lo inelegível.

As declarações foram feitas durante fala a jornalistas nesta segunda-feira (26.jun.2023) depois de reunião com integrantes do PL (Partido Liberal) na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o evento em ação movida pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). O julgamento na Corte teve início na última quinta-feira (22.jun), mas foi suspenso pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, depois da apresentação do parecer do MPE (Ministério Público Eleitoral), que defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro.

Fonte: Poder 360