MS fecha contrato para comprar até 100 milhões de doses da Coronavac

O Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina Coronavac contra a covid-19 para o ano de 2021, produzidas pelo órgão em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Hoje o Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%.

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto hoje (7), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da pasta informaram o contrato de compra da Coronavac e trataram da situação da vacinação contra a covid-19.

Pazuello afirmou que a aquisição do lote da Coronavac foi possível graças à medida provisória (MP) editada ontem (6) permitindo a contratação de vacinas antes do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A MP nos permite fazer contratação de vacinas e outros insumos antes mesmo de estar concluído o registro na Anvisa, coisa que não era permitida. Não podia fazer nenhuma contratação que não houvesse incorporação anterior no SUS [Sistema Único de Saúde] para poder comprar”, declarou o titular do MS.

A perspectiva da pasta é que sejam disponibilizadas em 2021 até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia, 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho, 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da Coronavac oriundas do contrato com o Instituto Butantan.

A Coronavac custará cerca de US$ 10 por dose, demandando duas doses para cada pessoa a ser vacinada. Já a da Astrazeneca tem preço de US$ 3,75 por dose. Desta última, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que seria aplicada apenas uma dose.

O ministro Eduardo Pazuello atualizou os três cenários de início da vacinação anunciados anteriormente. No melhor caso, o processo começaria em 20 de janeiro se os laboratórios conseguirem autorização em caráter emergencial juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nesta hipótese, estariam disponíveis oito milhões de doses. A imunização ocorreria com as vacinas que estivessem disponíveis, sejam elas as do Instituto Butantan ou as importadas da Astrazeneca da Índia.

O segundo cenário seria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Já o terceiro seria entre 10 de fevereiro e início de março. Pazuello comentou que a estimativa é que os dois produtores nacionais, Butantan e Fundação Oswaldo Cruz, cheguem ainda neste ano à capacidade de fabricação de 30 milhões de doses por mês.

O ministro contou que a equipe do órgão continua negociando com a Pfizer, farmacêutica que já teve vacinas compradas por outros países. Contudo, argumentou que a empresa apresentou exigências mal recebidas pelo MS, como a desresponsabilização por qualquer efeito colateral, a designação dos Estados Unidos como foro para resolver eventuais ações decorrentes de problemas como este e obrigação de o Brasil fornecer o material para diluir o imunizante.

“Não paramos de negociar com a Pfizer. E o que queremos? Que ela nos dê o tratamento compatível com o nosso país, que ela amenize essas cláusulas. Não podemos assinar desta forma. Ela ofereceu 500 mil em janeiro, 500 mil em fevereiro e 2 milhões em março, 2 milhões em abril, 2 milhões em maio e 2 milhões em junho. Pensem se isso resolve o problema do Brasil. Toda a vacina oferecida pela Pfizer no primeiro semestre vacina a metade da população do Rio de Janeiro”, sublinhou o ministro.

Seringas

Os representantes do Ministério da Saúde falaram também sobre o fornecimento de seringas. Um pregão foi realizado, tendo concluído com 3% do total previsto. O presidente Bolsonaro afirmou que suspenderia a compra de seringas até que os preços baixassem novamente.

O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, colocou que há 80 milhões de seringas passíveis de mobilização imediata para o início da vacinação, incluindo as existentes em estados e municípios. Ele acrescentou que o Ministério obteve juntamente a fabricantes 30 milhões de seringas por meio do instrumento de requisição administrativa.

Outras 40 milhões podem ser adquiridas por meio de uma compra internacional da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), das quais 8 milhões podem chegar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

Agência Brasil

Após mais de um mês internado, prefeito da Grande Curitiba morre por Covid-19

Prefeito de Campo Largo, Marcelo Puppi (DEM), 61
O prefeito de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, Marcelo Puppi (DEM), 61, morreu na madrugada desta quinta-feira (7) de complicações decorrentes da Covid-19. Ele estava internado desde o dia 24 de novembro.Puppi foi reeleito prefeito em novembro, porém, nove dias depois, foi internado com infecção pelo coronavírus. Depois de três dias, ele foi transferido para a UTI e, em 14 de dezembro, foi entubado.No dia 1º de janeiro, do hospital, ele chegou a tomar posse como prefeito em uma cerimônia que ocorreu por videoconferência. Três dos 11 vereadores da cidade foram ao hospital para confirmar se o prefeito reeleito respondeu assertivamente com a cabeça ao juramento.O evento seguiu todas as normas de segurança e preservou a privacidade de Puppi, segundo informou a família em nota divulgada no dia da posse, em que também agradeceu a “humanidade e solidariedade” dos vereadores.

Depois, já na Câmara de Vereadores, os parlamentares deram posse ao vice-prefeito Mauricio Rivabem (DEM), que agora deve assumir a cadeira de prefeito.

Há dois dias, Puppi novamente entrou em coma. “É com o coração apertado, mas sereno pela certeza de que os planos de Deus são perfeitos, que nos despedimos do nosso Marcelo. Para Campo Largo que lhe deu vida, alegrias, filhos e frutos, nosso mais profundo sentimento de amor e gratidão”, divulgou a família Puppi em nova nota desta quinta-feira (7).

O prefeito deixa dois filhos e a esposa, Daniela Corsini Puppi, que também ficou internada após ser diagnosticada com a Covid-19, mas teve alta já no dia 28 de novembro.

A prefeitura informou que o velório de Marcelo será na Câmara de Vereadores da cidade, com a primeira hora restrita à família e aberto ao público entre 14h e 15h30. Devem ser observadas medidas de distanciamento social para evitar aglomerações. O enterro será restrito a familiares e amigos.

Em homenagem e respeito ao prefeito, o Executivo decretou luto oficial de sete dias e ponto facultativo nas repartições públicas municipais. Segundo a prefeitura, serão mantidos os serviços considerados essenciais.

O governador do Paraná Ratinho Jr. (PSD) lamentou a morte do prefeito. “Me solidarizo à família e amigos neste momento de dor e tristeza. Meu profundo sentimento de condolências e de que a fé em Deus ampare seus corações, assim como o de todos os paranaenses que perderam pessoas queridas nestes tempos tão difíceis impostos pela Covid.”

O prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM) relembrou a carreira política de Puppi. “A Grande Curitiba perde um ativo colaborador do desenvolvimento das cidades integradas, que cada vez mais precisam agir em conjunto em benefício da população”, destacou.

A Câmara de Vereadores da capital também divulgou nota de pesar. “Perdemos uma pessoa que trabalhou incansavelmente pela melhoria da qualidade de vida de quem mora e trabalha em um dos mais importantes municípios da região metropolitana de Curitiba. Não conseguimos imaginar a dor, mas prestamos condolências à esposa, aos filhos, familiares, colegas e amigos”, disse o presidente da Casa, Tico Kuzma (PROS).

Formado em Direito, Marcelo Puppi começou a trabalhar na Assembleia Legislativa do Paraná em 1982, onde permaneceu por treze anos. Depois, passou por cargos no governo do estado, como de assessor especial e subchefe da Casa Civil. Em 2004, ele se elegeu vereador em Campo Largo e, por dois anos consecutivos, presidiu a Câmara Municipal.

Puppi foi eleito pela primeira vez prefeito da cidade em 2017 e reconduzido ao cargo em 2020. Ele recebeu 21.566 votos (39,26%) no último pleito.

O prefeito era amigo do ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni (DEM) há 30 anos, conforme comentou em um vídeo da campanha eleitoral de 2020. O filho de Puppi, Christiano, é diretor do Departamento de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Folha de PE

CoronaVac é eficaz em 100% na prevenção de casos graves e moderados da Covid 19, assegura o Butantã

Reuters – A CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, mostrou ser 100% eficaz na prevenção de casos graves e moderados da doença, disse nesta quinta-feira o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que acrescentou que a vacina também evitou internação hospitalar em todos os voluntários do estudo clínico em Fase 3 que contraíram a doença.

Ele afirmou que o Butantan teve nesta quinta a reunião inicial com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), prevista no protocolo da agência para um pedido de uso emergencial da vacina e deve ter novo encontro com o órgão regulador ainda nesta quinta.

Ele voltou a afirmar que os testes clínicos com a CoronaVac mostraram que ela está entre os imunizantes mais seguros contra a Covid-19.

Secretário de Saúde reafirma que Pernambuco tem seringas para iniciar vacinação do grupos de risco

Aguardando um posicionamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) no que diz respeito à distribuição das doses de vacina contra a Covid-19, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), voltou a afirmar que se mobilizou antecipadamente para adquirir seringas suficientes para iniciar o processo de imunização, ainda sem data prevista.”Pernambuco tem na sua rotina uma série de vacinas aplicadas por via intramuscular. Sabendo do desafio para vacinar para a Covid-19, agimos com antecedência”, disse André Longo, secretário de  Saúde do Estado.

No último dia 10 de dezembro, Longo havia dito já que o Estado conta com uma quantidade de seringas e materiais necessários para iniciar o processo de vacinação da Covid-19.

Nesta quarta-feira (6), Longo explicou que o Estado usa em torno de 200 mil seringas e agulhas por mês em sua rotina de imunização. E que, no momento, tem 3,9 milhões de materiais em estoque, com previsão de chegada de mais 2,8 milhões até o final deste mês.

“É suficiente para garantir a rotina e vacinar os primeiros três, quatro meses do público-alvo, que reúne algo em torno de 2,8 milhões de pernambucanos. Eles usariam cerca de 5,6 milhões de seringas e agulhas nas duas doses”, assegurou André Longo.

O secretário disse ainda que, nesta quinta (7), deve ser realizada uma reunião do comitê estadual de vacinação para a Covid-19, com a presença de especialistas, para apresentação e aprimoramento do plano operativo.

“Devemos ter, até a próxima semana, a publicação do plano operativo. Pernambuco está se organizando para, tão logo tenhamos a vacina, distribuir para os 184 municípios e para Fernando de Noronha”, prometeu.

Em relação à aquisição dos imunizantes, o Estado segue no aguardo do PNI. “Pernambuco entende e aposta que o PNI vai se impor e vai fornecer as vacinas necessárias para a população brasileira. Obviamente que, no vácuo do PNI ou mesmo se a quantidade necessária de vacinas não venha a ser disponibilizada, é possível que haja iniciativas no sentido de aceleração ou complementação. Através do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde temos nos mobilizado para conversas com alguns laboratórios, visando complementação do PNI”, disse André Longo.

“A verdade é que é muito complicado ter disponibilidade para entes subnacionais de vacinais enquanto o PNI não decidir todo o público-alvo ou a expectativa de compra. Há vários gestores que estão buscando alternativas ao PNI, na medida que não tem um cronograma definido por parte do governo federal. Acreditamos que o melhor caminho para o Brasil é que o PNI assuma a compra e a distribuição para os estados de forma equalitária, respeitando os grupos de risco”, completou, enfatizando que 85% das vítimas fatais são pessoas acima de 60 anos ou maiores de 50 anos com histórico de comorbidades.

Folha de PE

Covid-19: 354 milhões de doses estão asseguradas em 2021, diz Pazuello

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje (6), em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que o Brasil tem asseguradas, para este ano, 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Do total, 254 milhões serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a AstraZenica, e 100 milhões pelo Butantan, em parceria com a empresa Sinovac.Pazuello anunciou também a edição de uma medida provisória que trata de ações excepcionais para aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística.

O ministro informou que o ministério está em processo de negociação com os laboratórios Gamaleya, da Rússia, Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos, e Barat Biotech, da Índia.

Segundo Pazuello, estão disponíveis atualmente cerca de 60 milhões de seringas e agulhas. “Ou seja, um número suficiente para iniciar a vacinação da população ainda neste mês de janeiro”, disse o ministro. “Temos, também, a garantia da Organização Panamericana de Saúde [Opas] de que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitadas à Abimo [Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos], a associação dos produtores de seringas”.

Pazuello destacou que o Brasil está preparado logisticamente para a operação de vacinação. “Hoje, o Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse.

Sobre a vacina da Pfizer, o ministro destacou os esforços para resolver as “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, como a isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais. O ministro disse ainda que em breve o Brasil será exportador de vacinas para a região.

Medida Provisória 

Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida provisória citada por Pazuello prevê que o Ministério da Saúde será o responsável por coordenar a execução do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19. A norma também prevê a contratação de vacinas e de insumos, antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o treinamento de profissionais para imunizar a população. “Asseguro que todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”, destacou ao reafirmar que a vacina será gratuita e não obrigatória.

Agência Brasil