Segurança é discutida por Prefeito e Major da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar

Segurança pública esteve em pauta numa reunião realizada na Prefeitura de Lagoa Grande, entre o Prefeito Vilmar Cappellaro e o Comandante Major André Guimarães, da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar  (7ª CIPM) .

Dentre os assuntos abordados, destacaram-se as ações de segurança pública nos quatro cantos do município. O Prefeito enfatizou a importância do diálogo, que visa buscar soluções que contribuam para o aprimoramento da segurança local.

O encontro também abordou a segurança para as festividades do aniversário de 29 anos de Lagoa Grande. Além do Prefeito e do Major, estiveram presentes no encontro o subcomandante Major Moura e o procurador-geral, Dr. Roberto Estevo.

Ascom

Operação mira organização voltada ao tráfico de drogas e comércio de armas em PE e PB

Foto:PF

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Pernambuco (FICCO/PE) deflagrou na manhã desta terça-feira (14), a Operação Pertinaz, destinada a reprimir a existência de uma organização criminosa armada, com ramificações em pelo menos 14 cidades dos estados de Pernambuco e Paraíba, especializada na prática dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro, além de outros correlacionados.

Dentre os investigados estão três grandes fornecedores de entorpecentes, 15 ocupantes das funções de “gerentes” dos negócios ilícitos, além de outras pessoas ligadas às operações logísticas e financeiras da organização criminosa. Por se tratar de indivíduos de alta periculosidade, os quais comercializam drogas em várias localidades da região metropolitana de Recife, atuando sempre com muita violência para garantir a manutenção das atividades ilícitas, os resultados da deflagração da Operação Pertinaz serão de grande importância para a segurança pública local, uma vez que terão consequências diretas no estancamento do fornecimento e distribuição de entorpecentes na região.

Foto:PT

Ao todo, 328 agentes de segurança pública das forças integradas estão dando cumprimento a 54 mandados de busca e apreensão e 31 mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara da Comarca de Camaragibe/PE, nos municípios de Camaragibe, Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, todos em Pernambuco, além da cidade de João Pessoa, na Paraíba.

O nome atribuído à operação advém do latim Obstinatus – (que se obstina, que persiste, intransigentemente; teimoso; birrento; cabeça-dura, está diretamente relacionado ao combate às organizações criminosas voltadas para a prática do tráfico ilícito de entorpecentes e lavagem de dinheiro).

A Seção Pernambuco da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco – FICCO/PE – é composta pelas Polícia Federal (PF), Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio das Polícias Civil e Militar, Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, por meio da Polícia Penal, e Polícia Rodoviária Federal. A FICCO/PE foi criada através de Acordo de Cooperação Técnica, firmado ainda no ano de 2022, para atuar de forma conjunta na repressão à criminalidade violenta, conjugando esforços e a expertise de cada órgão, trabalhando em um ambiente comum, com o compartilhamento de informações e recursos materiais e humanos dos membros.

MaisPB

Deputados convocam militares para audiência sobre fim das faixas salariais

O fim das faixas salariais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros voltou a repercutir no Plenário da Alepe nesta terça (19). Coronel Alberto Feitosa (PL) convocou os militares a participar da audiência pública que vai ocorrer amanhã (20) na Alepe para debater a proposta do Governo de mudança na remuneração das carreiras.

“Eu me lembro de um vídeo da então candidata a governadora Raquel Lyra comentando a  inconstitucionalidade das faixas. E, numa total incoerência, a governadora propõe manter as faixas por mais três anos. Não pode. Extinga as faixas de uma vez só como já havia prometido no passado”, defendeu o deputado.

Coronel Alberto Feitosa condenou o fato do projeto enviado pela governadora prever para 2024 apenas a extinção da faixa salarial A. Nela, de acordo com o parlamentar, se encontram apenas cerca de 2 mil profissionais. Segundo a proposta do Executivo, o fim das faixas salariais B e C só ocorre em 2025. O deputado também se queixou da previsão de reajuste de apenas 3,5% para os policiais e bombeiros, percentual abaixo da inflação de 2023.

Em aparte, Joel da Harpa (PL) criticou a falta de diálogo do Governo do Estado com as entidades representativas dos policiais e bombeiros, e convocou a categoria a participar também da votação do projeto de lei na Comissão de Justiça, prevista para o próximo dia 26. Ainda em aparte, Renato Antunes (PL) destacou que a extinção de todas as faixas salariais de uma vez seria inviável e defendeu o diálogo entre o Governo e os policiais e bombeiros.

Alepe

Vereador Fernando Angelim pede as autoridades, instalação de Posto de apoio da Polícia Militar no Distrito de Vermelhos

Na última sessão da Casa Zeferino Nunes em Lagoa Grande(PE), o vereador Fernando Angelim(MDB), preocupado com os últimos casos de violência no Distrito de Vermelhos, pediu providências urgente.

O vereador Fernando Angelim lamentando os dois últimos casos de crimes brutais que ocorreram nos últimos dias em um intervalo de menos de 48 horas, jamais presenciados naquele distrito, pediu ao prefeito Vilmar Cappellaro e a governadora Raquel Lyra, a instalação de um ponto de apoio da Policia Militar.

“Nós tinhamos em Vermelhos uma delegacia e foi derrubada e, hoje tá só o lugar Vermelhos é praticamente uma cidade e é necessário que nós tenhamos esse ponto de apoio pra Policia Militar ali (…) é importantíssimo e que seja na avenida”, pontuou o vereador.

Ainda de acordo como vereador, a presença da polícia é fundamental, isso devido o distrito ter um grande movimento, sendo praticamente uma cidade e pede providências urgente por parte das autoridades do munícipio e do estado na instalação do ponto de apoio da polícia militar.

“Quando alguém chega em um lugar daquele e não vê uma delegacia, parece que tá tudo entregue nas mãos daqueles que quer fazer a maldade”, frisou o vereador Fernando Angelim.

Somente 20% das mulheres brasileiras conhecem bem a Lei Maria da Penha

Apenas duas em cada dez mulheres se sentem bem informadas em relação à Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher e foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006.

Os dados fazem parte da 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher, realizada pelo Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) e o Instituto DataSenado, ambos do Senado. A sondagem é bianual e foi divulgada nesta quarta-feira (28) em Brasília. Ela envolveu entrevistas por telefone com 21.787 mulheres de 16 anos ou mais entre os dias 21 de agosto a 25 de setembro do ano passado.

Esta é primeira edição do levantamento que traz dados por estado. O estudo atualiza, também pela primeira vez, o Mapa Nacional da Violência de Gênero, projeto viabilizado pelo OMV, o Instituto Avon e a organização Gênero e Número, que cobre questões de gênero e raça no Brasil e na América Latina desde 2016.

Na avaliação de Beatriz Accioly, coordenadora de Parcerias do Instituto Avon, o que chama bastante a atenção na pesquisa é que a Lei Maria da Penha é conhecida pela população brasileira de maneira geral, mas quando se pergunta o quanto as pessoas sabem da lei, sobretudo as mulheres, percebe-se que o conhecimento ainda é muito pequeno. “É quase de ouvir falar. Não dá segurança de saber exatamente o que a lei garante em termos de direitos e o que ela muda de fato”, disse Beatriz à Agência Brasil.

Ela explicou que a pesquisa alerta para a necessidade de entender não só o que as pessoas já ouviram falar sobre a lei, mas o quanto elas conhecem nos detalhes, o quanto esse conhecimento têm a ver com os seus próprios direitos. De acordo com o estudo, mesmo nas localidades onde há maior conhecimento entre a população feminina sobre a Maria da Penha, o índice é muito baixo, passando pouco de 30%.

É o caso do Distrito Federal (33%), Paraná (29%) e Rio Grande do Sul (29%). “O conhecimento está muito longe de ser o ideal”, afirmou Beatriz. As mulheres das regiões Norte e Nordeste são as que afirmam conhecer menos a Lei Maria da Penha, principalmente no Amazonas (74%), Pará (74%), Maranhão (72%), Piauí (72%), em Roraima (71%) e no Ceará (71%).

Diagnóstico

Para a coordenadora de Parcerias do Instituto Avon, o diagnóstico mostra que ainda não se conversa tanto sobre a lei quanto é necessário. “É preciso furar a bolha”. O objetivo é aumentar a parcela da população com conhecimento sobre a legislação. Isso pode ser feito a partir da construção de medidas educativas e de conscientização sobre leis, recursos e políticas públicas voltadas para o enfrentamento à violência de gênero, afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon. Para ela, o maior conhecimento é fundamental para que as mulheres brasileiras possam reivindicar seus direitos, além de interromper ciclos de abusos e agressões.

A coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência, do Senado, Maria Teresa Prado, destaca que a pesquisa constitui ferramenta que pode auxiliar os legisladores na criação de leis, políticas públicas e programas que funcionem de fato e que sejam mais adequados às especificidades de cada estado.

Segundo Beatriz Accioly, todos os senadores e senadoras vão receber um relatório específico de seu estado, com diagnóstico do território. “É necessário que a gente alerte os parlamentares para o fato de que esse problema de violência familiar contra a mulher é um dos mais graves. É preciso que eles conheçam a realidade de seus estados e possam cobrar das autoridades locais mudanças de atuação para reverter a situação”.

A presidente e diretora de conteúdo da Gênero e Número, Vitória Régia da Silva, lembrou que a dificuldade em reconhecer situações de violência e a falta de conhecimento dos próprios direitos podem impedir que as vítimas tenham acesso aos serviços da rede de proteção. Por isso, é preciso mudar esse cenário.

Índice

Em relação ao grau de conhecimento sobre os serviços que integram a rede de proteção à mulher, há equilíbrio entre as unidades federativas brasileiras. A delegacia da mulher é o serviço mais conhecido entre elas (95%), enquanto a Casa da Mulher Brasileira, por sua vez, é conhecida por somente 38% das entrevistadas.

A pesquisa identificou também que o índice nacional de mulheres que declaram ter solicitado medidas protetivas para a sua segurança é de 27%, à exceção do Rio Grande do Sul, onde 41% das mulheres que sofreram violência com base no gênero solicitaram medidas protetivas. Beatriz Accioly avaliou, entretanto, que embora o Rio Grande do Sul, junto com Paraná e o Distrito Federal, sejam os locais onde o grau de conhecimento das mulheres sobre a Lei Maria da Penha é “menos pior” no Brasil, ainda há muito a avançar.

“Esses dados mostram que as pessoas sabem que a lei existe. Mas elas precisam conhecer os seus instrumentos, as suas ferramentas, como utilizar a lei e transformá-la em direito difuso”, disse Beatriz.

Mapa

Lançado em novembro de 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma interativa que reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres, incluindo a Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres, mais longa série de estudos sobre o tema no país.

Legislação

A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, tornou mais rigorosas as penas contra crimes de violência doméstica.

O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia, farmacêutica e bioquímica cearense que sofreu diversas tentativas de homicídio por parte do marido. Em maio de 1983, ele deu um tiro em Maria da Penha, que ficou paraplégica.

Após aguardar a decisão da Justiça por 15 anos e sem resultado, ela entrou com uma ação contra o país na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Esse foi o primeiro relato sobre violência doméstica feito ao órgão na América Latina. Em 2001, o Estado brasileiro foi condenado, pela primeira vez na história, por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica. O marido de Maria da Penha foi preso apenas 19 anos depois, em 28 de outubro de 2002, e cumpriu dois anos de prisão.

Agência Brasil