Essa eleição do último 06/10, ficou comprovado que foi a primeira eleição em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve como estratégia o lançamento de candidaturas próprias.
No país, 133 integrantes sem terras foram eleitos, sendo que em Pernambuco, foram 43 nomes na disputa, dos quais 4 foram eleitos, tendo em alguns municípios o MST não lançando candidatos mas apoiou nomes.
Luis Otávio “Tato” Mendes (PT), em João Alfredo – O jovem articulador político Tato Mendes é um militante da luta LGBT e do MST, além de presidente municipal do PT em João Alfredo.
Lucas Souza (Podemos), em Ibimirim – Também jovem, Lucas Souza é filho de agricultores, tendo trabalhado como feirante durante parte da vida, além de ajudante de pedreiro. Cursou fisioterapia, duas pós-graduações e hoje é professor universitário em instituições privadas da região.
Auzenir Santos (PP), em Santa Maria da Boa Vista – A professora Auzenir é uma assentada da reforma agrária, que conquistou sua terra e moradia através da luta junto ao MST. Ela é professora de ensino fundamental e médio. Auzenir teve amplo apoio nas áreas de assentamentos do município, sendo a mulher mais votada de Santa Maria da Boa Vista.
Os aliados
Gilson Julião (MDB), em Santa Cruz do Capibaribe – O historiador, professor de ensino fundamental e vereador Gilson Julião contou com o apoio do MST para se reeleger. Ex-militante estudantil, ele também é advogado, mestre em direito e especialista em Direito da Infância.
César Augusto Lucena (PT), em Camocim de São Félix – O jovem economista César Lucena foi o candidato apoiado pelo MST e por outros movimentos populares do município.
Ademar Nonato (MDB), em Lagoa Grande – Com apoio do MST, o agricultor Ademar Nonato foi o segundo vereador mais votado do município, recebendo 1.407 votos, sendo o segundo mais votado. Ele que sempre esteve envolvido no apoio ao movimento e suas lideranças no município.
José Jobson Ferreira (PSB), em Agrestina – O popular “Jobinho”, que se candidatou pela primeira vez a uma cadeira na Câmara de vereadores, contou com o apoio do MST para assegurar a 11ª e última cadeira na próxima legislatura.
O empresário Nelson do Consórcio, responsável pelo ataque ao prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, no final de agosto, se entregou à polícia nesta terça-feira (15). Ele se apresentou no Batalhão da PM em Arcoverde, acompanhado do advogado criminalista Cláudio Soares e do seu auxiliar, João Neto. A informação foi confirmada pela Rádio Itapuama FM.
Nelson estava com um mandado de prisão expedido pelo juiz Gustavo Silva Hora, que, em sua decisão, considerou haver indícios suficientes para classificar o crime como uma tentativa de homicídio qualificado. Isso contraria a defesa do empresário, que argumentava tratar-se de lesão corporal.
O caso gerou grande repercussão no município, especialmente pela gravidade do ataque, que ocorreu durante o período eleitoral. O prefeito Ângelo Ferreira foi esfaqueado, mas sobreviveu após receber atendimento médico.
O inquérito agora segue em andamento, e Nelson do Consórcio permanecerá à disposição da Justiça enquanto o processo avança. (Fonte: Nill Junior)
Nesta terça-feira (15), moradores de Verdejante bloquearam a PE-450, principal acesso à cidade, em protesto contra a falta de abastecimento de água. A população, indignada com a situação, exige providências imediatas das autoridades e da Compesa.
Os manifestantes relatam que a cidade enfrenta uma grave escassez de água há vários dias, afetando a rotina das famílias e o funcionamento do comércio e dos serviços públicos. “Estamos sem água para as necessidades básicas, e a situação está insustentável. Queremos uma solução urgente“, disse uma moradora durante o ato.
O protesto visa pressionar as autoridades locais e estaduais para garantir o restabelecimento do serviço. “Não podemos mais aceitar esse descaso. Pagamos as contas, mas água que é bom, nada”, afirmou outro manifestante.
Até o momento, a Compesa não se manifestou oficialmente, e a expectativa é que a mobilização continue até que uma solução seja apresentada. (Fonte: Didi Galvão)
Na próxima quarta-feira (16), os 7.685 trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) farão uma paralisação nacional contra a postura da direção da empresa nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. A proposta apresentada foi considerada insuficiente pelos trabalhadores e, portanto, rejeitada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf).
Com um reajuste salarial de apenas 2,58% para 2024, o que cobre apenas 80% da inflação acumulada no período de 2023-2024 e um reajuste que cobre 100% da inflação somente para 2025, a proposta não repõe as perdas salariais dos últimos anos. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a categoria acumula uma perda de 16,24% desde 2018.
“Foram 16 rodadas de negociação em que a empresa, de maneira impositiva e inflexível, tentou, ao final, empurrar um acordo bianual e um pacotão sem diálogo real. Não vamos permitir que a Embrapa divida a categoria e enfraqueça nossa luta por melhores condições de trabalho e respeito aos direitos de todos os empregados. A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos de valorização e respeito”, afirma Marcus Vinícius Sidoruk Vidal, presidente do Sinpaf.
Paralisação
Decisão tomada em assembleias realizadas em todo o país, a paralisação reflete a insatisfação generalizada com a proposta de ACT para o biênio 2024-2025.
“A Embrapa é uma das maiores instituições de pesquisa agropecuária do Brasil e do mundo, com um orçamento de R$ 4 bilhões e 43 centros de pesquisa de Norte a Sul do Brasil. Ela desempenha um papel importante no desenvolvimento agropecuário do Brasil, sendo única em sua função”, explica o presidente do Sinpaf.
No entanto, ele reforça, “seus trabalhadores e trabalhadoras, que são a base desse sucesso, estão há anos acumulando perdas salariais significativas e, por isso, exigem valorização adequada”.
A Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) responsável por planejar, supervisionar, coordenar e controlar atividades relacionadas à pesquisa agropecuária e à formulação de políticas agrícolas. Sua atuação é essencial para a garantia da segurança alimentar e do combate à fome no país.
A proposta recusada
Além das perdas salariais de 2018, proposta apresentada pela Embrapa oferece o mesmo reajuste de 2,58% para benefícios como auxílio alimentação e auxílio creche, aprofundando ainda mais as perdas.
Para 2025, a Embrapa propõe um reajuste que cobre 100% da inflação, o que ainda é insuficiente diante das perdas acumuladas. Em vez de negociar uma solução justa ao longo das 16 rodadas de negociação, a empresa optou por apresentar um “pacotão”, sem levar em consideração as prioridades dos/das trabalhadores/as, impondo um acordo bianual que não repõe as perdas reais.
De acordo com a Comissão Nacional de Negociação do Sinpaf, além da questão salarial, há também uma série de demandas sociais relevantes que foram ignoradas pela empresa e que não têm impacto financeiro significativo, como a concessão de créditos aos técnicos e assistentes em publicações científicas, a implementação de políticas eficazes de combate ao assédio moral e sexual, e a proteção a gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres.
“A postura da Embrapa ao não avançar nesses pontos reflete uma gestão que desconsidera questões essenciais para a dignidade de seus trabalhadores”, diz Marcus Vinícius Sidoruk Vidal.
Outro ponto crítico é a resistência da empresa em atender à demanda histórica pelo Adicional de Escolaridade para Técnicos e Assistentes.
Esses profissionais, que têm investido em sua qualificação sem apoio da empresa, são fundamentais para o bom funcionamento da Embrapa. Embora muitos já possuam graduação, pós-graduação, mestrado e até doutorado, a empresa se recusa a reconhecer formalmente esse esforço com a concessão do adicional, perpetuando uma política de desvalorização e desigualdades.
“Essa falta de reconhecimento gera frustração entre os trabalho, que desempenham funções de alta complexidade e contribuem significativamente para o sucesso da empresa“, reforça o dirigente.
A paralisação nacional busca corrigir essas injustiças e garantir que os trabalhadores sejam adequadamente valorizados por seu papel no sucesso da empresa.
Dez motivos para a recusa da proposta
Acordo Bianual – A proposta de um acordo bianual foi apresentada no PACOTÃO, mas não discutida em mesa, limitando a possibilidade de diálogo e resultando em perdas financeiras.
Proposta Insuficiente – A proposta apresenta um aumento salarial de apenas 2,58%, além de rejeitar várias cláusulas sociais sem impacto financeiro.
Auxílio Creche – A inclusão do termo “até” na cláusula 3.5 abre espaço para a redução do valor de R$ 665,73, dificultando a tramitação de ações judiciais em curso e permitindo questionamentos sobre valores pagos.
Ameaças Durante a Negociação – O SINPAF e a categoria foram ameaçados com a afirmação de que não haveria mais prorrogação do ACT em mesa, e que futuras prorrogações dependeriam do TST.
Pressão para Aprovação – Foi exercida pressão para aprovar o PACOTÃO, sob a ameaça de não oferecer nada em troca.
Confusão sobre Concorrência – A Embrapa demonstra um conflito ao se declarar como empresa não concorrencial, mas utilizar exemplos de empresas que possuem concorrência quando lhe convém.
Liberação de Empregados – A Embrapa argumentou que a liberação de empregados tinha natureza financeira, exigindo aprovação do CONSAD e da SEST. Contudo, a proposta final incluiu a liberação de dirigentes da CIPA sem a devida autorização.
Assédio Moral e Sexual – Na Cláusula 5.10, a proposta não garante o acesso do denunciante aos procedimentos, inviabilizando a aceitação de um tema tão crítico e sem natureza econômica.
Proteção a Gestantes e Lactantes – A Cláusula 8.10 não estende a proteção contra trabalho insalubre para terceirizadas, o que não acarreta custos, mas é fundamental para a equidade.
Adicional de Escolaridade – A Cláusula 3.8, referente ao adicional de escolaridade, foi excluída das negociações, apesar de estar pendente de análise pela Diretoria da Embrapa, sem a devida comunicação ao CONSAD ou SEST.
Em Lagoa Grande(PE), o campeão de votos nessa eleição municipal que conquistou o primeiro lugar para a Casa Zeferino Nunes, foi Italo de Vilma(PSD) com 1.624 votos.
O ex-secretário de saúde da gestão Cappellaro emplacou uma votação recorde da história política da Capital da Uva e do Vinho, que deixou em segundo lugar o também ex-secretário Ademar Nonato do MDB com 1.407 votos.
Ítalo tem a confiança total do prefeito Vilmar Cappellaro e isso é mais que nítido, para muitos isso se deve ao seu modo de saber fazer e articular a engenharia da política local.
Ítalo sempre esteve na linha de frente junto com Vilmar no desenrolar de situações políticas e com isso, essa confiança firme foi só crescendo. A vitória estrondosa de Ítalo nas urnas foi festejado pelo prefeito Vilmar Cappellaro e, no abraço comemorativo foi como se o gestor dissesse; “eu sabia que você chegava gigante”.
Terminado uma luta eleitoral, agora com pouco mais de uma semana as articulações para chegar a presidência da Casa Zeferino Nunes já começou e Ítalo é um dos nomes fortes na disputa e sem dúvida o preferido de Vilmar e, que também goza da confiança dos Garzieras.
Portanto, quem tentar concorrer com ele, enfrentará um paredão que desde já é sem chance de escalar.