TSE forma maioria para tornar Bolsonaro inelegível

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria hoje para tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O placar está em 4 a 1 contra o ex-presidente —faltam dois votos.

O que aconteceu

A ministra Cármen Lúcia é a primeira a votar no quarto dia de julgamento. No início de sua fala, ela já adiantou que iria acompanhar o voto do relator, ou seja, ser a favor da inelegibilidade do ex-presidente por oito anos —a contar das eleições de 2022.

Durante seu voto, a ministra afirmou que Bolsonaro não respeitou nem o Poder Executivo e que o ex-presidente agiu para “solapar” o sistema eleitoral brasileiro.

Faltam votar o ministro Kassio Nunes Marques e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A expectativa é que Nunes Marques seja contrário a inelegibilidade do ex-presidente —ele tem sido pressionado por bolsonaristas.

O ministro Raul Araújo, único a ir contra o relator até o momento, não está presencialmente na sessão. Segundo Moraes, o colega acompanha o julgamento “por videoconferência”.

Bolsonaro é investigado pela reunião com embaixadores. Nela, ele atacou, sem provas, a credibilidade do sistema eleitoral. O encontro foi transmitido pela estatal TV Brasil, em julho de 2022.

O segundo investigado, ex-candidato à vice, general Braga Netto, já foi absolvido por 5 votos —na opinião dos ministros, ele não tem relação direta com o encontro.

Uol

Julgamento de Bolsonaro no TSE retoma nesta sexta(30)

A sessão poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube do TSE (Jair Bolsonaro/ Facebook/Reprodução)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) será retomado nesta sexta-feira, às 12h.

Este é o quatro dia do julgamento que pode cassar os direitos políticos de Bolsonaro por oito anos. O placar está 3 a 1 pela condenação do ex-presidente. Faltam os votos de três ministros.

Como será o julgamento de Bolsonaro hoje?

Devem votar na sessão desta sexta-feira, nesta ordem, os ministros:

  • Cármen Lúcia (vice-presidente do tribunal)
  • Nunes Marques
  • Alexandre de Moraes (presidente do tribunal)

Um ministro pode pedir vista do processo, o que adiaria a conclusão do julgamento. Pelas regras do TSE, os ministros terão prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, para devolver o processo ao plenário. A contagem do prazo, porém, ainda fica suspensa durante o recesso do Judiciário, que será no mês de julho. O que pode resultar que a votação seja encetada apenas em setembro. Dentro do TSE,  porém, existe a expectativa para a conclusão da acão nesta sexta-feira.

Via Exame

Com o placar de 3×1 pela inelegibilidade de Bolsonaro, TSE suspende julgamento

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu, nesta quinta-feira (29), o julgamento da ação que analisa a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Até o momento, já votaram o relator, ministro Benedito Gonçalves, e os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. O placar está em 3 a 1 para reconhecer a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos a partir das Eleições 2022, seguindo o voto do relator, apresentado no dia 27 de junho. Os três ministros também já votaram pela exclusão de Braga Netto da sanção de inelegibilidade por entender que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta praticada em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada durante a campanha do ano passado.

O julgamento da ação, ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), será retomado a partir das 12h desta sexta-feira (30).

Site TSE

Relator no TSE vota pela inelegibilidade de Bolsonaro

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (27) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Se o voto do ministro, que é relator do caso, for acompanhado pela maioria da Corte, Bolsonaro não poderá disputar, pelo menos, das eleições gerais de 2026.

Após o posicionamento do relator, o julgamento foi suspenso e será retomado na quinta-feira (29). Faltam os votos dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

O TSE julga uma ação na qual o PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A legenda contesta a legalidade da reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

Voto

Em sua manifestação, Benedito Gonçalves entendeu que Bolsonaro difundiu informações falsas para desacreditar o sistema de votação, utilizando a estrutura física do Palácio da Alvorada. Além disso, houve transmissão do evento nas redes sociais do ex-presidente e pela TV Brasil, emissora de televisão pública da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A prova produzida aponta para a conclusão que o primeiro investigado [Bolsonaro] foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto desta ação”, afirmou o relator.

O ministro citou que Bolsonaro fez ilações sobre suposta manipulação de votos nas eleições de 2020 e alegações de falta de auditoria das urnas eletrônicas. “Cada uma dessas narrativas possui caráter falacioso”, acrescentou.

Benedito também validou a inclusão no processo da chamada “minuta do golpe”, documento encontrado pela Polícia Federal durante busca e apreensão realizada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento apócrifo sugeria a decretação de Estado de Defesa no TSE para contestar a vitória de Lula nas eleições de 2022.

“A banalização do golpismo, meramente simbolizada pela minuta que propunha intervir no TSE e dormitava sem causar desassossego na residência do ex-ministro da Justiça, é um desdobramento grave de ataques infundados ao sistema eleitoral de votação”, afirmou.

Gonçalves citou ainda que Bolsonaro fazia “discursos codificados” para encontrar soluções “dentro das quatro linhas da Constituição” para impedir o que chamava de manipulação do resultado do pleito.

“O primeiro investigado [Bolsonaro] violou ostensivamente os deveres de presidente da República, inscritos no artigo 85 da Constituição, em especial zelar pelo exercício livre dos poderes instituídos e dos direitos políticos e pela segurança interna, tendo em vista que assumiu injustificada antagonização direta com o TSE, buscando vitimizar-se e desacreditar a competência do corpo técnico e a lisura dos seus ministros para levar à atuação do TSE ao absoluto descrédito internacional”, completou.

O relator também votou pela absolvição de Braga Netto, candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Para o ministro, ele não participou da reunião e não tem relação com os fatos.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião não teve viés eleitoral e foi feita como “contraponto institucional” para sugerir mudanças no sistema eleitoral.

De acordo com o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022. Dessa forma, segundo o defensor, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

Agência Brasil

Advogada transfere R$ 3,5 mil por engano para Jair Bolsonaro

Uma advogada transferiu R$ 3,5 mil por engano para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela informou o ocorrido em um grupo nas redes sociais.

“Por descuido e sem óculos acabei colocando um zero a mais e foi R$ 3.500 (sic). Tento ligar no Banco do Brasil e não consigo resolver. Preciso reaver esse dinheiro”, escrevey a advogada.

A “vaquinha” para o ex-presidente foi iniciada por aliados de Bolsonaro, como Nikolas Ferreira, Bruno Engler e Mário Frias. Eles buscam “socorrer” Bolsonaro devido às multas recebidas em diversos processos.

No dia 14, Bolsonaro teve R$ 87 mil bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça de São Paulo.

O ex-presidente foi multado por descumprir a obrigatoriedade do uso de máscaras em São Paulo durante a pandemia da Covid-19, em 2021. As sanções somam R$ 431 mil em ações julgadas separadamente.

Metrópole