Câmara aprova projeto que aumenta pena para assassinato de professor dentro de escola

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) projeto de lei que aumenta as penas de homicídio praticado em instituição de ensino em certas situações e o considera crime hediondo. A proposta será enviada ao Senado.

De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei 3613/23, foi aprovado na forma do substitutivo do relator, deputado Jorge Goetten (PL-SC). Segundo o texto, a pena padrão de reclusão de 6 a 20 anos pode ser aumentada em 1/3 se o homicídio na instituição de ensino for cometido contra pessoa com deficiência ou com doença que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental.

O aumento de pena será de 2/3 se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela, ou, ainda, se é professor ou funcionário da instituição de ensino.

Quanto ao crime de lesão dolosa, haverá agravante (1/3 a 2/3 de aumento da pena) se ele for praticado nas dependências de instituição de ensino.

Nessas mesmas situações de vítima e agressor listadas, a lesão dolosa praticada em instituição de ensino será punível com agravante de 2/3 ao dobro da pena.

O relator do projeto, deputado Jorge Goetten, afirmou que os brasileiros têm testemunhado um aumento exponencial no número de delitos em escolas, que vão desde infrações contra a honra até verdadeiros massacres cometidos contra alunos e professores. “Urge indispensável o recrudescimento das penas quando se tratar de delito cometido nas dependências de instituição de ensino”, declarou.

Goetten foi o coordenador do grupo de trabalho sobre violência nas escolas de 2023. Juntamente com o relatório da deputada Luisa Canziani (PSD-PR), o grupo aprovou quatro sugestões de projetos de lei e seis indicações ao Poder Executivo.

Crime hediondo
O texto aprovado muda ainda a Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) para considerá-los assim o homicídio, a lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e a lesão corporal seguida de morte quando praticados em instituições de ensino.

Agravante geral
Para todos os crimes tipificados no Código Penal, quando praticados nas dependências de instituição de ensino, o texto considera que haverá agravante se não constituir um crime com agravante já especificado.

Assim, por exemplo, o furto dentro de escola passa a ser considerado um agravante, pois não existe uma qualificação desse crime especificamente para essa situação.

Debate em Plenário
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que as escolas devem ser lugar de acolhida, serenidade e paz. “A violência tem de ser expelida, combatida, banida da escola porque é um corpo estranho e venenoso.”

O deputado Gervásio Maia (PSB-PB) lembrou que a violência no ambiente escolar tem crescido em todo o mundo. “A aprovação do projeto vai representar mais segurança e proteção aos filhos e filhas do povo brasileiro.”

Para o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), o projeto já deveria ter sido aprovado há muito tempo, em especial quando aconteceu o ataque a uma creche em Blumenau (SC).

A deputada Ana Paula Lima (PT-SC) ressaltou que houve uma mobilização da comunidade de Blumenau e isso fez o governo federal propor a mudança legal. “Vai estabelecer uma estratégia de prevenção e enfrentamento à violência que, infelizmente, tem acontecido nas unidades escolares.”

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Eduardo e Lula da Fonte defendem o fortalecimento da conexão entre governo e população

Os deputados federais Eduardo e Lula da Fonte (PP-PE), se reuniram em audiência com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, para discutirem implementações nas comunicações do país e de Pernambuco bem como a divulgação das ações do presidente Lula. O ministro, deputado federal licenciado do Rio Grande do Sul, ocupa uma das pastas mais importantes do governo Lula e é um dos parlamentares mais próximos do presidente.

“É preciso que todos tenham acesso às ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo do presidente Lula, para que as informações cheguem à população com clareza e seja noticiado pelos veículos de comunicação o que está sendo feito, de fato, na área da saúde, educação, infraestrutura, agricultura familiar, direito das mulheres, entre tantos outros temas. Garantir o acesso universal à comunicação é essencial para construir uma sociedade mais conectada e inclusiva e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do nosso país”, disse o deputado federal Eduardo da Fonte.

Para Pernambuco, o deputado federal Lula da Fonte destacou a importância desse olhar para o estado. “A implementação de melhorias nas comunicações dos municípios pernambucanos não só impulsiona o desenvolvimento local, mas também contribui para a integração regional. Isso envolve garantir a cobertura em áreas remotas para que informações essenciais cheguem à população”, disse.

Foi colocado ainda pelos parlamentares que a comunicação eficiente é crucial para garantir a transparência, a disseminação de informações corretas e a conexão entre o governo e a população. Além de auxiliar na promoção de políticas, programas e projetos para o país.