A secretária de Assistência Social, da Mulher da Igualdade Racial de Bodocó, Maria Luiza Brito, apresentou sua versão sobre o episódio ocorrido há mais de 12 anos, de que teria cometido crime de racismo durante uma discussão quando ainda estudante, no Recife.
Maria Luiza enviou ao blog da capital pernambucana que divulgou a matéria sem apuração da notícia, a cópia da certidão do Tribunal de Justiça, foro do Recife, atestando que não possui nenhum antecedente criminal em tramitação, o que comprova sua inocência.
Versão de Maria Luiza:
“Eu, Maria Luiza Brito de Alencar, em virtude de postagem “feita em um blog”, reproduzida em outros sites e portais, sem a devida atenção do procedimento que a originou, para usar da garantia legal ao direito de resposta, esclareço o episódio nos seguintes termos:
– Os fatos que originaram os acontecimentos narrados “naquele blog” se deram quando eu era estudante.
– Por meio de inverdade, foi mencionado que eu fui acusada de ter cometido crime de racismo, o qual se consuma quando, por meio de preconceito racial, se impede ou não se permita que alguém, devido a sua cor, deixe de praticar algum ato ou não se permita o seu livre acesso ao direito de ir e vir.
– Por não ter acontecido nenhuma coisa nem outra, naquela ocasião, a suposta vítima utilizou do seu direito de, no exercício de sua função, ter me dado voz de prisão quando poderia muito bem ter adotado outra medida, vez que se tratava de discussão entre jovens estudantes, sem a necessidade da medida extrema.
– No mesmo dia, o Judiciário, verificando a inconsistência da acusação, cessou o constrangimento quando revogou a medida extrema, determinando a minha liberdade.
– Embora de fato tenha acontecido a discussão acalorada entre jovens estudantes e a suposta vítima, à medida adequada, se fosse o caso de ser instalada, seria a de injúria, prevista no art. 140 do CPB, com a instalação do procedimento do TCO, para apuração dos fatos, mas a suposta vítima, talvez buscando outro objetivo e em total desconhecimento da matéria, partiu para medida extrema alegando ter sido vítima de racismo.
– Tal fato repercutiu nos meios sociais, com diversas opiniões sobre o tema, o que de certa forma arranhou a minha imagem naquela ocasião.
– Levado ao Judiciário, tal acusação nunca foi provada, nem sequer cheguei a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual. Portanto, nunca virei ré em decorrência do lamentável acontecimento, isto há mais de 12 anos.
– Hoje, malfadada acusação se quer vingou, nunca houve conclusão do inquérito policial e, portanto, se quer fui indiciada em decorrência dos fatos.
– Passado todo este tempo, e tendo suportado essa injusta acusação, jamais desisti do meu propósito, me formei, fiz várias especializações na área social, que tanto amo, tendo vários serviços prestados em diversas cidades do meu Estado.
– Afirmo o meu respeito a todos, independente de raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoas idosa ou portadora de deficiência, e sempre confiei nas instituições do meu País, nunca deixando de acreditar que com relação a esse triste episódio fosse feito justiça.
– Por fim, em virtude de “terem reproduzido a postagem do referido blog” em outros meios de comunicação e nas redes sociais, de forma irresponsável, sem a sua devida comprovação, com fins pessoais para me atingir, tão logo que descobrir os seus autores irei responsabilizá-los na forma da lei com adoção das medidas legais.”
Maria Luiza Brito de Alencar
Bodocó, 17 de janeiro de 2017