Sem a Transnordestina, polo gesseiro de PE enfrenta dificuldades com transporte

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Maior produtor de gesso do Brasil, responsável por mais de 90% da produção nacional, o polo gesseiro de Araripina, que fica no sertão de Pernambuco e abrange cinco municípios, vislumbrou na ferrovia Transnordestina uma chance de ouro. A ferrovia não veio, fábricas fecharam as portas e muitas sobrevivem sob o manto da ilegalidade.

(O G1 publica uma série de cinco reportagens sobre as obras de ferrovia Transnordestina, que corta os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. A primeira mostra que, inciadas em 2006, obras ainda não foram concluídas e seguem sem prazo. A segunda, traz o retrato das famílias desapropriadas.)

A redução no frete, que hoje custa de duas a quatro vezes mais do que a matéria-prima, ampliaria a competitividade das empresas pernambucanas no mercado brasileiro e internacional. No pico da obra, em 2010, dezenas de novas empresas foram criadas. Muitas fecharam.

A região tem 39 minas de gipsita, minério do qual é feito o gesso. Em apenas uma dessas minas, há gipsita suficiente para pelo menos 200 anos de exploração. São mais de 700 indústrias de pré-moldados e 140 calcinadoras, fábricas que transformam a pedra em pó. Mais de 13 mil pessoas vivem diretamente do gesso.

Mas nem toda matemática favorece o polo gesseiro. Uma tonelada de gipsita custa em média R$ 22. A mesma medida do gesso em pó vale R$ 150. “O frete rodoviário chega a custar R$ 200 por tonelada”, salienta o empresário Josias Inojosa Filho, ex-presidente do Sindicato da Indústria do Gesso (Sindusgesso).

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