Criação de Reserva do Tatu Bola em Lagoa Grande volta a debate prometendo fortes discussões entre prefeitura e agricultores

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Depois de vários e fortes debates com o governo do estado e instituições governamentais e não governamentais, o decreto de criação da Reserva do Refúgio da Vida Silvestre do Tatu Bola voltou a ser debatido nas últimas semanas no município de Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco.

O debate voltou à tona após agricultores atingidos, lideranças políticas e representantes de associações que são contrários ao atual modelo da reserva, tomarem conhecimento de um montante de recurso no valor de R$ 689.803,21 que entrou parcelado nos cofres da prefeitura municipal de Lagoa Grande, de janeiro a abril deste ano.

Líderes de Movimentos Sindicais, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e outras lideranças comunitárias e políticas do município, voltaram a debater o assunto em associações de produtores rurais, onde criticam a atual gestão pelo recebimento do recurso em silêncio, não dando conhecimento a população, principalmente os agricultores do interior do município, os únicos que serão prejudicados com este decreto do governador Paulo Câmara.

O assunto já chegou na Câmara de vereadores, onde o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável Francisco Gomes esteve levando ao conhecimento dos vereadores várias informações e, fazendo críticas a prefeitura municipal, o que inicialmente já provocou discussões e posturas contrárias ao modelo da reserva.

No último dia11/06, este assunto votou a ser pauta principal em reunião da Associação dos Caprinovinocultores (ASCOLAG) e Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Barra Bonita(APPRUBB) do munícipio, onde os presidentes Maurício Alves, da ASCOLAG e, Milson César, da APPRUBB,  juntamente com a advogada Carol Medeiros repassaram informações aos criadores do que vem  ocorrendo.

Em setembro após abrir as discussões sobre o decreto de criação da reserva do tau bola, também foi criado no município por agricultores, o Instituto de Preservação Ambiental da Caatinga com Sustentabilidade, para fortalecer nas discussões de mudança do modelo da reserva, que por proposta dos agricultores, deixaria de ser integral para ser sustentável.

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Já na semana passada o assunto foi fortemente discutido na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, onde estiveram presentes além dos presidentes das associações, a presidente do legislativo Iara Evangelista, os vereadores Carlinhos representante da câmara de vereadores, secretário de agricultura do município Reginaldo Alencar, também os vereadores Rosa de Erasmo e Vavá ente outras entidades.

A advogada Carol Medeiros esteve presente fazendo diversas explanações, ela que faz parte do Instituto Caatinga e está enfileirando a discussões sobre a implantação da reserva no município, onde o recurso até agora recebido não tem nenhuma orientação para aplicação.

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