Armando e Bruno selam a paz, após aceno a Alckmin

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Diante da ameaça de um racha dentro da frente de oposição no estado, provocada pela resistência em torno da indicação do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) para uma das vagas ao Senado na chapa, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta terça (24), que a presença do tucano no bloco é “fundamental” e fez um aceno à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB). Contemplado, Bruno considerou “os episódios recentes superados”.

Em sua nota, Armando faz elogios ao PSDB e diz que o grupo “estará sempre aberto para que o candidato Geraldo Alckmin possa trazer aos pernambucanos as suas propostas, neste momento tão importante e desafiador para o nosso País”. O gesto, neste caso, ajudou a acalmar os ânimos dentro do PSDB, após a visita do petebista ao ex-presidente Lula, na prisão da superintendência da Polícia Federal, na semana passada.

Ao se referir a Bruno, o senador destacou que “sem a sempre lúcida e decisiva contribuição do Presidente Bruno Araújo, cujo reconhecimento externei publicamente em vários momentos, não teríamos chegado a este resultado”. “Reafirmo finalmente a minha firme disposição de manter a unidade e a coesão da nossa frente política, através da plena integração de todas as nossas lideranças, condição essencial para o êxito desse projeto que, estou seguro, conduzirá Pernambuco a importantes conquistas no futuro”, completou.

Por sua vez, o tucano disse que, “tendo em vista as declarações do Senador Armando Monteiro Neto-PTB, de garantir em Pernambuco palanque para Geraldo Alckmin-PSDB, consideramos os episódios recentes superados”. “Vamos seguir trabalhando para apresentar as melhores propostas e caminhos aos pernambucanos”, ressaltou, também em nota.

Entenda o caso

Os dois começaram a se estranhar desde que Bruno Araújo se uniu ao deputado estadual André Ferreira (PSC), para costurar a formação da chapa. Ferreira chegou a indicar o seu cunhado para a vaga de vice de Armando, enquanto o tucano passou a cobrar sua indicação para o Senado. Na ocasião, o senador chegou a dizer que a responsabilidade de pensar nos nomes era sua e que não iria tratar da questão pelos jornais.

Nos bastidores, circula a tese de que Bruno ficou de fora da majoritária porque sua imagem está diretamente vinculada ao impeachment da ex-presidente Dilma, já que ele deu o voto decisivo que afastou a petista, em 2016. Como em Pernambuco ainda existe, entre os eleitores, forte apreço a Lula e o palanque já terá Mendonça Filho (DEM), que também foi ministro de Michel Temer, disputando o Senado, Armando preferiu indicar outro nome. A decisão, então, causou desconforto interno, principalmente após a visita do petebista ao ex-presidente Lula, na semana passada.

Folha de PE.

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