O exame de corpo de delito feito pela modelo Najila Trindade ao registrar boletim de ocorrência por estupro do atacante Neymar, protocolado no dia 31 de maio, detectou apenas um ferimento em um dedo da mão de Najila. De acordo com o documento, não existem lesões nas partes íntimas. O resultado é de conhecimento da Polícia Civil desde a última quinta-feira. A informação foi publicada inicialmente pelo UOL e confirmada pelo Estado.
Apesar disso, os investigadores não descartam que tenha havido violência sexual, como alega a suposta vítima. Os investigadores da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, na zona sul de São Paulo, também analisam os laudos realizados por um médico particular, contratado por Najila. Segundo a modelo, o estupro teria acontecido no dia 15 de maio, em Paris.
O médico Luiz Eduardo Campedelli, que assina o laudo médico da modelo, compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos nesta quinta-feira. O médico gastroenterologista registrou “arranhaduras, hematomas em absorção e estrias em região de ambos os glúteos”. A avaliação foi feita no dia 21 de maio, seis dias após o suposto estupro. O médico do Hospital Albert Einstein saiu da delegacia sem dar entrevistas. Fontes ligadas ao caso afirmam que o especialista confirmou o resultado do exame.
Questionado sobre o resultado do exame de corpo de delito, ainda nesta quinta-feira, o advogado Danilo Garcia de Andrade afirmou que ainda não tinha visto o exame, mas que as provas estavam sob sigilo de investigação.
Najila Trindade acusa Neymar, jogador do Paris Saint-Germain, de estupro na capital francesa. As acusações vieram à tona no último sábado. Para tentar se defender, Neymar divulgou conversas privadas com a modelo. Juntamente com os diálogos, o jogador publicou fotos íntimas de Najila. Por isso, ele foi convocado para depor na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro. Ele prestou depoimento nesta quinta-feira. Nos próximos dias ele virá até São Paulo para depor sobre a denúncia de estupro e agressão.
Estadão