Levy pede demissão do BNDES, após Bolsonaro colocar sua cabeça a prêmio

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu demissão do cargo na manhã deste domingo (16/6), após o presidente Jair Bolsonaro afirmar, no sábado, que a cabeça do economista estava “a prêmio”. O motivo seria a nomeação do do executivo Marcos Barbosa Pinto, que já trabalhou em gestões petistas, desagradou o Palácio do Planalto.

“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda. Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas”, informa nota divulgada pela assessoria do BNDES.
No texto, Levy continua: “Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade”.

Guedes insatisfeito

Além de Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes também estava insatisfeiro com Levy, segundo apurou o Blog do Vicente. O ministro sente que faltava fidelidade da parte de Levy. Depois de ter defendido com unhas e dentes a nomeação, Guedes esperava mais empenho na devolução de recursos do BNDES ao Tesouro Nacional. Desde 2015, o banco de fomento devolve, com juros, R$ 416 bilhões tomados junto à União, entre 2008 e 2014.

Em maio, R$ 30 bilhões foram transferidos, mas a equipe econômica pressiona por mais.
CB

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