Prefeito de Camaragibe é preso suspeito de lavagem de dinheiro, corrupção e fraude em licitação

meira

O prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), foi preso, nesta quinta-feira (20), em uma operação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O gestor da cidade do Grande Recife é investigado pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele foi afastado do cargo.

Operação Harpalo começou em dezembro de 2018 e investiga o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe. A primeira fase foi deflagrada em março de 2019. Segundo a delegada Jéssica Ramos, que comanda as investigações, o rombo pode chegar a R$ 117 mil em um contrato de R$ 1,2 milhão para a manutenção de escolas municipais, em que houve dispensa de licitação.

Operação Harpalo começou em dezembro de 2018 e investiga o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe. A primeira fase foi deflagrada em março de 2019. Segundo a delegada Jéssica Ramos, que comanda as investigações, o rombo pode chegar a R$ 117 mil em um contrato de R$ 1,2 milhão para a manutenção de escolas municipais, em que houve dispensa de licitação.

A prisão preventiva do prefeito e o afastamento cautelar dele, ocorridos nesta quinta (20), fazem parte da segunda fase da operação e foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em decisão assinada pelo desembargador Mauro Alencar. Demóstenes Meira foi preso no apartamento em que mora, no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife.

Outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos pela segunda fase da operação, que contou com a participação de 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Segundo a delegada, foram presos dois casais sócios de duas construtoras que estariam envolvidos nas fraudes.

Confira os nomes dos cinco presos

  • Demóstenes Meira – prefeito de Camaragibe
  • Severino Ramos da Silva – empresário
  • Luciana Maria da Silva – esposa de Severino
  • Carlos Augusto Bezerra de Lima da Silva – empresário
  • Joelma Soares – esposa de Carlos

Os três homens presos foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na região Metropolitana. As duas mulheres presas foram levadas para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife.

“O principal palco dos crimes era a prefeitura de Camaragibe. Meira era o líder da organização. Em nova análise das provas, houve a necessidade das prisões para interromper as ações”, afirma a delegada Pollyane Farias.

Nesta quinta-feira (20), o prefeito Demóstenes Meira não respondeu a nenhuma pergunta dos policiais, ficou em silêncio. Os advogados André Caúla e Ademar Rigueira, que defendem o prefeito afastado, dizem que não podem dar declarações porque estão se inteirando sobre o caso. Eles devem se pronunciar sobre a prisão “em momento oportuno”

Os advogados dos outros quatro presos foram ao Draco, mas não falaram com a imprensa. O G1 entrou em contato com a prefeitura de Camaragibe e aguarda resposta.

Por meio de nota, o presidente estadual do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), José Humberto Cavalcanti, diz que a “gestão de Camaragibe não era do PTB, mas de um prefeito filiado ao partido”, que o PTB acompanha o caso e “espera que as denúncias sejam devidamente apuradas e que seja dado a ele [Meira] amplo direito de defesa”.

Além dos crimes investigados pela Polícia Civil, a gestão de Meira também teve outras polêmicas. Em fevereiro deste ano, o prefeito exigiu a presença de servidores comissionados no show da noiva dele, a cantora Taty Dantas, que também é secretária municipal de Assistência Social (Leia mais abaixo).

Início das investigações

Na primeira fase da operação, a delegada Jéssica Ramos afirmou que, a mando de Meira, um vereador e uma servidora pública sofreram ameaças por “saberem demais”. A prisão do gestor foi solicitada nesse período, mas, segundo a Polícia Civil, foi negada pela Justiça.

Na época, a delegada Silvana Lélis, gestora do Draco, informou que o pedido foi negado porque o judiciário entendeu que não havia mais danos ao erário público por serem contratos de 2017.

Nesta quinta-feira (20), a delegada Pollyane Farias afirmou que a primeira fase proporcionou a apreensão de elementos importantes para a continuidade das investigações. Mesmo assim, os suspeitos teriam continuado a praticar fraudes e lavagem de dinheiro, segundo a polícia.

G1

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