Sem emendas prometidas, deputados travam reforma da Previdência

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O modelo existe e está sendo seguido e a promessa ainda não cumprida de que os parlamentares que votassem a favor da reforma da Previdência teriam a liberação de R$ 10 mil reais em emendas travou a apreciação do relatório sobre a Proposta de Emenda Constitucional que tramita na Comissão Especial. O governo tem pressa na aprovação da reforma e os deputados sabem disso. Por isso, uma parte dos esperançosos em viabilizar verbas para seus estados não se intimidaram em pressionar. Imagine se não iriam. Além dos R$ 10 milhões em emendas na comissão, há também a expectativa de que R$ 20 milhões serão liberados para aqueles que apoiarem a PEC no plenário.

Segundo a jornalista Julia Duailibi (G1), o protesto (podemos chamar assim) se instaurou quando parlamentares revelara que os prefeitos de suas regiões não conseguiriam inscrever as obras que seriam realizadas com os recursos premiados no sistema informatizado dos respectivos ministérios. Assim, sistema não está recebendo a inscrição – o que impede a liberação da emenda. Essa falha do governo incendiou as reclamações e dos deputados, principalmente dos que integram Centrão, composto por partidos como PL e PP que têm os votos necessários para a aprovação da matéria no Congresso.

Mas o desabafo na comissão não está na ponta dessa linha de cobranças. Na última terça-feira (25), os deputados federais foram à Casa Civil cobrar do governo a liberação do sistema e para não perder a viagem, deram o recado de que pretendem “cruzar os braços até que a questão seja resolvida”.

Ciente da crise, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, suspendeu os trabalhos da comissão especial, convocando sessão plenária. Com isso, a votação do relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP), ficará para a próxima semana. Perguntar não ofende: Existirá o momento em que parlamentares votarão uma proposta por convicção dos seus benefícios para a população ou viveremos eternamente nesse toma lá dá cá?

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