“PSB descarta aliados como quem troca de roupa”, diz ex-aliado

Na esteira das especulações sobre qual partido integrará a vaga de vice-prefeito na chapa encabeçada pelo PSB em 2020 para prefeito do Recife, um ator político que já foi aliado do PSB diz em reserva que o MDB e o PSD serão as próximas vítimas do PSB com vistas às eleições do ano que vem.

Ele lembra que em 2010 o PSB deu as vagas de senador a Armando Monteiro e Humberto Costa na reeleição de Eduardo Campos, mas tanto em 2012 quanto em 2014, o partido descartou os dois nomes, primeiro Humberto na disputa pela prefeitura do Recife, depois Armando Monteiro pelo governo de Pernambuco, ambos foram sumariamente isolados pelo PSB assim que não tinham mais o que ofertar ao partido.

Em 2015, já eleito senador, Fernando Bezerra Coelho não teve direito a sequer indicar um  secretário no governo Paulo Câmara, numa decisão unilateral do governador, que deixou o senador completamente isolado no partido. O fato se repetiu em 2016, quando Bruno Araújo e Mendonça Filho foram defenestrados do governo na véspera de assumirem ministérios no governo Temer.

Em 2019, já com a reeleição garantida, Paulo Câmara reduziu a pó os espaços de André de Paula, Sebastião Oliveira e Eduardo da Fonte, bem como entregou a Jarbas Vasconcelos espaços somente com a cabeça sem ter condições de indicar aliados nos cargos menores. Raul Henry, que foi vice-governador de Paulo Câmara hoje praticamente é um desconhecido do Palácio do Campo das Princesas.

Para este ex-aliado do PSB, ele acredita que o PSB fará novas vítimas em 2020 para atingir o seu objetivo que é manter a prefeitura do Recife, e em 2022, para garantir o governo, se for necessário, descartará o PT da Frente Popular e se abraçará com Jair Bolsonaro caso as circunstâncias exijam este direcionamento.

Blog do Edmar Lyra

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