O atual presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), já sinalizou que pode se aproximar desse agrupamento, que é um bloco informal forte, com mais de 200 congressistas, formado por partidos de centro-direita e direita como DEM, MDB, PP, PL, PRB e Solidariedade, que atuam no Parlamento com independência em relação ao governo.
Bolsonaro já disse a aliados ter tomado a decisão de deixar o PSL, mas ainda busca uma saída jurídica para levar parlamentares, evitar perdas de mandatos e ainda tentar manter o fundo partidário, informa a reportagem.
Do total de 53 deputados da bancada do PSL, apenas 20 seguiriam Bolsonaro. Os demais acompanhariam o presidente do partido, Luciano Bivar (PSL-PE) e se aproximariam de siglas do Centrão.
A confirmação deste cenário poderá levar Bolsonaro a sofrer derrotas em votações no Congresso.
Apesar do discurso da “nova política”, Bolsonaro e lideranças do PSL lutam pelo controle do fundo partidário e do fundo eleitoral. “A onda bolsonarista nas urnas no ano passado fez com que o PSL possa receber até R$ 500 milhões de dinheiro público para 2020, caso o fundo eleitoral seja turbinado. Está em discussão um fundo eleitoral no valor de R$ 3,7 bilhões —que no ano passado foi de R$ 1,7 bilhão. Em relação ao fundo partidário, foram R$ 9,2 milhões em 2018. Neste ano, são R$ 110 milhões com a expansão que a legenda teve nas urnas”, aponta a reportagem.