Desgastado com a legenda, Bolsonaro deixará o PSL dentro dos próximos dez dias

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A crise entre o presidente da República, Jair Bolsonaro e a legenda que foi eleito pode estar próxima ao fim. Talvez, um final não tão feliz. Seguindo a analogia que Bolsonaro sempre gosta de utilizar: o ‘casamento’ já tem data para acabar e o ‘divórcio’ deverá ser sacramentado até o próximo dia 15 de novembro.

É o que diz a coluna Radar da Veja publicada na tarde desta segunda-feira (04/11). A informação é que o presidente apresente sua carta de desfiliação e todo o “núcleo político” de Bolsonaro siga com ele.

A publicação sugere ainda que Bolsonaro anuncie a criação de um novo partido. A ‘recriação’ da União Democrática Nacional (UDN), um partido de orientação liberal e conservador, poderia ser uma alternativa. Os filhos do presidente já flertam há algum tempo com a legenda e um ponto a favor é que seu processo de implantação já está bem avançado. Um outro partido que está em vias de ser criado é o Conservadores. Este tem sido acompanhado de perto por Eduardo Bolsonaro e poderia ser uma via.

Há ainda a possibilidade do grupo do presidente da República seguir para um menor partido que já exista. O Patriota que quase já teve Bolsonaro como candidato a presidência em 2018 abriu novamente suas portas ao presidente.

Próximo partido

Consolidado a troca do partido, Bolsonaro irá em busca da sua décima legenda em toda a sua carreira política. Ele já havia passado pelo PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, depois retornou ao PP – e nesta segunda passagem foi a maior que conseguiu ficar num partido: quase 11 anos – depois migrou ao PSC e por sentou em uma das cadeiras do PSL. Poderia ser a 11ª legenda, mas após anunciar sua ida ao PEN-PATRIOTAS em 2018, voltou atrás. O partido não aceitou mudar seu regimento que permitia aliança com legendas de esquerda e ele pulou fora antes de sua filiação oficial.

Os veículos de comunicação nacionais já noticiavam que não tinha mais clima para a continuidade do presidente da República, Jair Bolsonaro no PSL, legenda que migrou no começo de 2018 e sacramentou sua vitória nas eleições presidenciais. A gota d’água foi o vídeo gravado e publicado no último dia 8 de outubro em que Bolsonaro pede para que um apoiador ‘esqueça o PSL’ e também disse que Luciano Bivar, presidente da sigla, estava “queimado pra caramba”.

Após isso aconteceu uma sucessão de polêmicas. Bolsonaro tentou intervir nos bastidores do partido e conseguiu tirar a liderança do partido do deputado federal Delegado Waldir e em seu lugar colocar o filho: Eduardo Bolsonaro. Também moveu os pauzinhos e removeu da liderança do governo na Câmara a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e colocou o senador emedebista, Eduardo Gomes, do Tocantins.

DG

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