O Plano Safra 2020/21 terá R$ 236,3 bilhões em crédito rural, 6,1% a mais que os R$ 222,7 bilhões colocados à disposição neste ciclo 2019/20, que terminará no fim deste mês. O anúncio foi feito há pouco pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio Marques, em cerimônia no Palácio do Planalto que conta com a presença da ministra Tereza Cristina e do presidente Jair Bolsonaro.
Do total anunciado, R$ 154,3 bilhões terão juros controlados, que contam com subsídio federal ou vem dos recursos obrigatórios dos depósitos à vista nos bancos. O governo aumentou o montante destinado à subvenção do Plano Safra, que estava em torno de R$ 10 bilhões, o que possibilitou o incremento ante os R$ 148,4 bilhões da temporada 2019/20. Percentualmente, o volume subvencionado continua em queda e representa 65,2% do total do plano, menos que na safra atual (66,5%).
A confirmação do aporte suplementar para apoiar o crédito só saiu ontem, após reunião do presidente da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB/RS), com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Entre as temporadas 2018/19 e 2019/20, os recursos controlados tiveram uma queda brusca, de R$ 36 bilhões. Há duas safras, o crédito subsidiado correspondia a mais de 80% do plano.
Juros caem
Os juros do crédito rural vão cair para todas as categorias de produtores na safra 2020/21. As taxas de custeio para os grandes produtores (com receita bruta anual de mais de R$ 2 milhões) serão de 6% ao ano, ante 8% em 2019/20. Agricultores de médio porte (receita de R$ 360 mil a R$ 2 milhões) pagarão 5%, contra os 6% da temporada atual. Para pequenos produtores houve redução na alíquota máxima, de 4,6% para 4% ao ano, e na mínima, de 3% para 2,75%.
Valor PRO