O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), e sua equipe de transição elaboraram uma reforma administrativa que foi enviada para a Câmara do Recife. Esta reforma prevê a extinção de 561 cargo comissionados e funções gratificadas e a criação de outros 350. Porém, o que chama a atenção é a economia gerada pela “reforma administrativa”, que é vendida como choque de gestão.
A reforma de João Campos economizará um total de R$ 78,71 aos cofres públicos. A extinção dos cargos e funções e a criação dos novos, mais bem remunerados, fará com que os custos passem de R$ 3.553.078,71 para R$ 3.553.000,00, segundo apontou o Jornal do Commercio.
A reforma já recebeu parecer favorável em duas Comissões da Câmara do Recife (Comissão de Finanças e Comissão de Legislação e Justiça). Tudo indica que o projeto será aprovado facilmente pelo plenário ainda nesta segunda-feira (28).
A oposição na Câmara do Recife havia conseguido uma liminar que impedia a apreciação da reforma pelos parlamentares, o que só seria feito na próxima legislatura. Porém, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, suspendeu a liminar no último sábado (26), o que fez com que o presidente da Câmara do Recife pautasse o projeto para ser analisado hoje.
A celeridade para aprovação dos projetos gerou críticas pela oposição. As reuniões das comissões foram marcadas para 06:30 e 06:40, e a Reunião Extraordinária para 10h. Segundo o líder da oposição, Renato Antunes (PSC), “A pressa seria para atender o regimento interno que estabelece 3 horas, no mínimo, para divulgação do parecer”.
Renato Antunes também criticou o que apontou como manobras para aprovação do projeto fora do prazo: “Confesso que nunca vi isso. Não pelo horário, iríamos até mais cedo, mas pela manobra VERGONHOSA que rasgou o regimento e feriu a lei orgânica da Cidade, afinal os projetos foram apresentados fora dos prazos legais”.
Fonte: Pernambuco em pauta