MDB tem mais interesse nas vagas para deputados do que na chapa majoritária

Concorrendo desde 1970 em todas as eleições majoritárias, o MDB construiu uma história de mais de 50 anos de atuação. Para 2022, de acordo com o presidente estadual da sigla, deputado federal Raul Henry, o partido está de olho nos assentos de deputados federais e estaduais, contando com sua própria reeleição, sem fazer questão de uma vaga na majoritária. “Participação em chapa majoritária não é desejo da gente, são as circunstâncias que acontecem naturalmente”, comentou o parlamentar, em entrevista com a Rádio Clube.

Até o momento, o MDB se posiciona dentro da Frente Popular, grupo liderado pelo PSB, chegando até a abrir mão de uma candidatura própria, com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), que saiu do MDB para poder concorrer ao governo de Pernambuco. “A tendência natural é que a gente permaneça na Frente Popular, e que a gente vote para presidência da república em um candidato da terceira via que pode ser, inclusive, um candidato próprio do MDB”, comentou, ventilando o nome da Senadora Simone Tebet (MDB-MS). A Frente Popular ainda não definiu quem será a cabeça da chapa estadual ou qual candidato à presidência irá apoiar. Entre as possibilidades do grupo está o pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, cuja sigla governa oito capitais junto com o PSB, o ex-presidente Lula (PT), caso o PT e o PSB firmem uma aliança e agora essa terceira via proposta pelo MDB, ainda sem nome definido.

Além de um olho nas vagas para deputados, o MDB também encara a chance de ser um “ponto de aglutinação” para a terceira via. “Seria um caminho natural para o partido ser um ponto de aglutinação entre outros partidos, que na impossibilidade de formar uma chapa, têm que se reunir”, comentou Raul, citando uma possível aliança com o Solidariedade. O deputado também ressaltou sua esperança na terceira via, descartando um possível apoio ao presidente Bolsonaro (Sem Partido) e ao ex-presidente Lula. “ Temos a esperança que possa surgir no Brasil um candidato que vire a página da polarização entre o PT e Bolsonaro”, assinalou.

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