O debate sobre Saúde Emocional e Mental mostra-se cada vez mais necessário, sobretudo quando consideramos o contexto incerto e desafiador vivenciado a nível global. Reconhecendo a relevância do tema, o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh) promoveu capacitações que se alinharam ao Janeiro Branco, campanha voltada para o cuidado com a mente e emoções, realizada no início do ano pela maior propensão à reflexão sobre mudanças e condições de existência.
Energia mental, satisfação em diversas áreas da vida, pressões derivadas do ritmo de vida contemporâneo, seleção de pensamentos e exercício da gratidão foram alguns dos aspectos abordados em encontros online propiciados pelo HU. No dia 21 de janeiro, realizou-se uma Roda de Conversa sobre Saúde Mental, com a mediação de psicólogos da Unidade Multiprofissional e da Unidade de Desenvolvimento de Pessoal do hospital. Em outros encontros, desenvolveu-se o Curso de Gestão de Emoções, iniciado no final do ano anterior e concluído em 28 de janeiro.
“Após o retorno positivo em relação ao Curso de Gestão de Emoções para os gestores, ocorrido no início de 2021, decidimos ampliar a capacitação para todos os nossos colaboradores. A ideia foi transitar por temáticas que nos ajudem a compreender os desafios emocionais, como também, aprendermos estratégias de enfrentamento para mantermos uma boa saúde mental, conectando-se com as necessidades apresentadas na instituição e notadas também na Roda de Conversa”, explica Rúbia Salete Castro, psicóloga organizacional vinculada à Divisão de Gestão de Pessoas do HU-Univasf.
Pandemia e autocuidado
Para o facilitador do curso, Ricardo de Faria Barros, houve um engajamento mais reflexivo pelos participantes nesta fase atual de aplicação da capacitação: “A pandemia não acabou e tira a vitalidade, corrói a esperança e mina as forças de enfrentamento, uma sensação de estagnação e vazio, como se vida fosse vista de uma janela embaçada. Então, creio que o engajamento se deu quase que em um respeitoso espaço coletivo de autoconhecimento, de buscas, de fichas que vão caindo. Neste sentido, o curso reforçou a necessidade dos autocuidados emocionais, que chamamos de higiene, primeiros socorros e alimentos emocionais positivos, modulando as lentes dos pensamentos e emoções, e aprendendo algumas técnicas para melhorar as capacidades e recursos pessoais de enfrentamento, tais como a do Mindfulness”, destaca o professor.
Na qualidade de participante, Lucas Soares, chefe do Setor de Administração, acredita no autoconhecimento como um importante passo para aperfeiçoamento das relações sociais: “O curso me auxiliou a fazer uma autoavaliação, aplicando os métodos em busca da melhoria mental e física, compreendendo melhor as pessoas que trabalham ao nosso lado e podendo ajudá-las através da empatia e potencialização de fatores positivos”, afirma o colaborador.
Acolhimento
“Ao retornar ao HU-Univasf com esta temática, sinto orgulho, respeito e consideração pelo trabalho que tem sido feito, no sentido de estratégias e ações visando a uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores, nos seus aspectos de bem-estar emocional. Sabe-se que uma adequada gestão das emoções, no contexto de um Mundo VUCA-BANI (Volátil, Incerto, Complexo, Ambíguo – Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível) faz a diferença nas carreiras e vidas pessoais, nestes tempos tão difíceis. Fortalecer a Saúde Emocional e Mental tornou-se uma estratégia de educação corporativa global, em instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Por isso, é muito válida a oferta de espaços para que os trabalhadores possam desenvolver competências (conhecimentos, habilidades e atitudes), na área do bem-estar emocional positivo subjetivo. Existem muitas práticas que contribuem para o fortalecimento da gestão consciente, intencional, possível e prática de nossa saúde mental, criando espaços terapêuticos de acolhimento, de escuta, de trocas e socialização”, destaca Ricardo de Faria Barros.
Sobre a Rede Ebserh
O HU-Univasf faz parte da Rede Ebserh/MEC desde janeiro de 2014. Estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Vinculadas a universidades federais, essas unidades hospitalares possuem características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.