Através de um leitor, o blog recebeu vários vídeos e fotos que mostram o descaso e o crime ambiental que vem ocorrendo céu aberto em Lagoa Grande(PE).
O sistema de esgotamento que deveria funcionar armazenando e tratando os esgotos da cidade através de ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) para depois jogar no Rio São Francisco, em Lagoa Grande não vem existindo.
A ETE localizada no bairro Chafariz apenas serve de tanque de passagem, chegando a transbordar e os dejetos caem no Riacho do Pontal levando para o Rio São Francisco sem qualquer tratamento.
Como sabemos, esgoto produzido pelos imóveis residenciais, comerciais e muitas vezes industriais é coletado por tubulações que fazem o transporte para as estações de tratamento de esgoto (ETEs). Lá, este esgoto passa por complexos processos físico-químicos e/ou biológicos para que fique com as características adequadas para retornar aos corpos d’água, sem prejudicar a natureza.
Os esgotos devem passar pelos seguintes processos: gradeamento, desarenação, remoção de gordura, tratamento biológico, decantação, desinfecção, oxigenação e descarte.
Cada uma tem sua importância e especificações, que devem ser seguidas para atender a eficiência os parâmetros legais de tratamento, para que possa retornar à natureza de forma adequada, o esgoto tratado deve atender requisitos impostos pela legislação ambiental, o que em Lagoa Grande não acontece.
No bairro D.E.R, o que podemos constatar é apenas um local que existia antigamente com o proposito servir no tratamento do esgoto, o que a muito tempo está abandonado e sem qualquer equipamento ou estrutura para tratamento. Um grande barreiro serve de reservatório para armazenar os esgotos onde é jogado também no Riacho do Pontal e desaguando no Rio São Francisco.
Entra gestão passa gestão e esse problema parece passar despercebido onde gestores que deveriam ter um olhar especial para o problema, simplesmente fecham os olhos. Vale destacar que acumulam riquezas e fortunas, isso graças a água do Rio São Francisco, pois se tornaram grandes empresários e produtores do Vale do São Francisco. Mas se preocupar com o meio ambiente, esse assunto fica fora de pauta. O prefeito Vilmar Cappellaro e também grande empresário da fruticultura do Vale São Franciscano, está no seu segundo mandato e, no entanto, os lagoagrandenses não visualiza qualquer ação para este grave problema do crime ambiental seja resolvido no município.
Entre grandes mato, capim e arbustos originarios de esgotos, o problema segue se escondendo e escorrendo entre valas, córregos e riachos passando despercebido até chegar ao Rio São Francisco.
Esse é um problema que caminha para mais uma gestão chegando ao fim e o problema continuará desaguando e maltratando o velho Chico no tangente a Lagoa Grande.