Uma noite de simbolismo e emoção. Foi esse o clima do evento que marcou a despedida de Miguel Coelho (União Brasil) de uma administração vistosa em Petrolina, maior cidade do sertão.
Depois de 5 anos e 3 meses a frente de uma prefeitura desafiadora, ele parte com tudo em busca do sonho para virar governador de Pernambuco. Seria o segundo diploma de governador para ser pregado na parede da família Coelho. Nilo Coelho, tio-avô de Miguel, já esteve no palácio do Campo das Princesas indicado para um mandato biônico.
Mas agora é diferente. É a primeira vez em muitos anos que um sertanejo tem uma chance clara de chegar na dianteira. O pai do jovem (agora ex-prefeito), o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) tentou alguma vezes, mas nunca teve uma chance real de competir, apesar de ser um articulador nato.
Agora, Miguel se muda para o Recife e assume na capital o seu QG eleitoral. Com uma administração vistosa, um discurso afiado e enorme talento de convencimento, ele terá o tempo necessário para tentar convencer o eleitorado que é o novo que Pernambuco precisa.
Mais candidato do que nunca, vai colar nos muitos prefeitos, vereadores e lideranças que já têm para ganhar mais musculatura e conhecimento no estado para falar de suas propostas.
Ele ainda acredita em uma aliança com Marília ou Raquel para fortalecer o seu nome e encorpar o time para a disputa, mas caso não aconteça, vai correr os 4 cantos com a mesma disposição. Agora já abdicou de um mandato renovado com uma expressiva votação. Voltar atrás não é possível e, uma composição, onde ele não esteja na cabeça de chapa, também não.