Mais um show de um cantor famoso foi suspenso. Após a onda de cancelamentos de que se abateu sobre o sertanejo Gusttavo Lima, dessa vez é o cantor João Gomes que vê um show seu correr o risco de não ser realizado.
Isso porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) expediu medida cautelar para suspender os pagamentos de shows previstos para a cidade de Bom Conselho, no interior de Pernambuco. A informação foi revelada com exclusividade pelo Blog de Jamildo.
A decisão foi da conselheira Teresa Duere, relatora do processo, e ocorre em meio a um contexto de polêmica sobre os cachês dos cantores sertanejos, que levantou nas redes sociais o pedido por uma espécie de CPI do Sertanejo.
O cantor Gusttavo Lima, inclusive, está sendo investigado pelo Ministério Público em algumas cidades do Brasil por causa dos shows que realizaria.
SHOWS SUSPENSOS
A Prefeitura de Bom Conselho pretendia gastar R$ 1.120.000,00 em shows, inclusive R$ 350 mil em cachê para o cantor pernambucano João Gomes.
Além do ícone do piseiro, a dupla César Menotti e Fabiano foi contemplada com cachê de R$ 200 mil.A cantora Priscila Senna, conhecida também como Musa, receberia R$ 120 mil.
Marcinho Sensação com R$ 200 mil, a VF Shows Produções LTDA, do cantor Vitor Fernandes e Banda, com R$ 200 mil e a Sim Serviços de Organização de festas, eventos e formatura LTDA, do Luka Bass, com R$ 50 mil.
O TCE, após a revelação do Blog de Jamido, então, oficiou a prefeitura, e os auditores do órgão descobriram outras supostas irregularidades na gestão municipal, que acarretaram a suspensão dos shows. O processo de contratação, segundo o TCE, foi montado.
“Foram verificados indícios de montagem do processo de inexigibilidade em comento, haja vista a produção de documentos que fogem da cronologia que deveria ser seguida, em afronta aos princípios que regem as contratações públicas, notadamente os da moralidade e da probidade administrativa”, revelou a relatora Teresa Duere.
Além disso, o município de Bom Conselho estaria em péssima situação financeira, sem condições de bancar os shows, segundo o TCE.
Por causa disso, a determinação da Corte de Contas é para que a prefeitura só realize pagamentos do show após “demonstrar disponibilidade financeira para honrar compromissos inadiáveis e, ainda assim, despender parte dele com apresentações artísticas”.
A decisão será analisada pela Segunda Câmara do TCE. A partir da notificação, o prefeito tem cinco dias para apresentar defesa sobre a cautelar.
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