“A conta chegou”. Com esta expressão, o presidente da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), Guilherme Coelho, alerta sobre o estado crítico na fruticultura do Vale do São Francisco vivenciado atualmente, após o forte período de chuvas recorrentes que atingiram a região desde o fim do ano passado.
“Junto com as chuvas intensas que recebemos, tivemos muitas perdas no campo, aumento de pragas e doenças, fertilizantes e produtos agrícolas com valores em alta, preço do óleo diesel subindo, alto valor nos fretes nos mercados internos e externos. Tudo isto fez a conta chegar aos agricultores. Mas do que nunca, precisamos agir”, alerta Guilherme.
Como medida emergencial, Guilherme está encaminhando nesta quarta-feira uma carta ao Ministério de Desenvolvimento Regional, solicitando a suspensão de cobrança da taxa do K1 até o fim do ano, para os produtores dos perímetros irrigados da Codevasf e DNOCS.
Através da sua influência com deputados na câmara federal, Guilherme também estuda outras propostas para amenizar a situação financeira aos produtores e agricultores da região. Ele lembra da recente resolução 4.987/22 do Conselho Monetário Nacional, publicada em março, após o período chuvoso deste ano, que previa a liberação de crédito para agricultores familiares, colonos e produtores rurais, com prazos de 5 a 10 anos para pagar.
“Infelizmente, como a Prefeitura de Petrolina não decretou estado de calamidade no tempo devido, ficamos fora deste acordo importante para os produtores. Mas estamos avaliando outras maneiras de ajudar aos que vivem do agro”, reforçou.