Após atacar agentes da Polícia Federal (PF) com tiros de fuzil e granada, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) chegou no início da madrugada desta segunda-feira (24/10) ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ainda hoje, ele deve ser transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Inicialmente, Moraes tinha expedido um mandado de prisão contra Jefferson por ele ter violado medidas de prisão domiciliar. Depois, o ministro mandou prendê-lo em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.
Dois policiais foram feridos por estilhaços, sem gravidade. O delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.
Histórico de ataques
Jefferson, que já é conhecido por tumultuar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas, estava em prisão domiciliar pelo inquérito das milícias digitais. Sua prisão preventiva foi decretada em agosto de 2021 por determinação do ministro Moraes. Em dezembro, o magistrado havia negado um pedido de soltura do ex-deputado, mas, em janeiro deste ano, por questões de saúde, autorizou que ele cumprisse prisão domiciliar.
Desde que foi para prisão domiciliar, o ex-deputado descumpriu inúmeras condições, como uma entrevista sem autorização prévia da Justiça, e recebeu vários alertas de que poderia ser levado de volta à cadeia. Após a divulgação de um vídeo na última sexta-feira (21) em que ele distribuía ofensas à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia, Moraes determinou a sua volta ao regime fechado.
CB