Inquieto por natureza, o ex-prefeito de Serra Talhada e deputado eleito, Luciano Duque (SD), não quis esperar a posse na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em fevereiro, e já atua em busca de soluções para suas bases. Na companhia de um grupo de vereadores de Lagoa Grande, Sertão do São Francisco, o deputado eleito esteve na Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) para tratar de uma questão fundamental para as comunidades rurais de Petrolina, Lagoa Grande e Dormentes, com o objetivo de rever e manter as suas glebas de terras invadidas sem critério pela “Reserva do Tatu Bola” .
“Comecei a trabalhar antes de tomar posse. Tive uma reunião com Djalma Paes, presidente da CPRH, para tratar o problema da Reserva Tatu Bola, 110 mil hectares de terra. Foi feito um decreto pelo Governo do Estado sem levar em consideração que a região é toda habitada. Essa reserva englobou 30% do território de Lagoa Grande. Ninguém foi indenizado. O Estado criou uma reserva de vida silvestre, os moradores que moram lá têm seis poços, sem dialogar. Agora, nós fomos ao CPRH, estamos construindo uma solução. Na Assembléia Legisaltiva, Eriberto Medeiros não pôde me receber, mas colocou o assessor dele lá para resolver. Vamos tentar e vamos ter que construir uma solução”, disse Luciano Duque, em conversa com o Farol, reforçando:
“O Estado não pode indenizar 110 mil hectares de terra. A solução é tornar a reserva sustentável, como é Serra Talhada na Mata da Pimenteira, para poder conviver com os moradores e a reserva. As partes de Área de Proteção Ambiental (APA) que não podem ser usadas, preservam-se; e onde eles já produziam a vida inteira, eles permanecem. É mais inteligente e resolve o problema. Já comecei a trabalhar antes mesmo de tomar posse”.
Segundo Duque, os moradores nativos foram pegos de surpresas, pois não participaram de nenhuma audiência pública sobre a desocupação da área.
Via blog do Banana