Em nota, Polícia Civil detalha operação envolvendo Câmara de Caruaru

Foto: Divulgação/PCPE

A Polícia Civil emitiu uma nota sobre a Operação Secundus, realizada na última sexta-feira (20), envolvendo a Câmara de Caruaru. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A assessoria de comunicação da PCPE tinha convocado para a manhã desta segunda (23), uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre o caso, mas cancelou poucas horas antes, sem esclarecer o motivo do cancelamento.

Em nota a policia disse que a ação é  um desdobramento da Operação Primus, realizada em março deste ano.

Confira a íntegra do comunicado:

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na última sexta-feira (20), a Operação de Repressão Qualificada Secundus, vinculada à Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), sob a presidência do delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (3ª DECCOR), Jeová Miguel. A unidade policial integra o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).

A investigação foi iniciada em março de 2023 e teve o objetivo de identificar e desarticular a associação criminosa voltada à prática do crime de falsidade ideológica. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão domiciliar na Câmara de Vereadores de Caruaru, na residência de quatro vereadores e dois servidores do legislativo municipal. Todos expedidos pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Caruaru.

Foram apreendidos: 11 CPUs, oito celulares, dois notebooks, seis pendrives, três HDs, um cartão de memória e documentos diversos. Esse material será analisado dentro da investigação em curso.

Histórico

Na madrugada de 17 de setembro de 2021, um homem realizou uma live em suas redes sociais, noticiando que uma assessora de uma vereadora seria funcionária “fantasma”. De imediato, a assessoria de imprensa da vereadora informou que a servidora indicada no vídeo havia sido exonerada em 31 de agosto de 2021, conforme ato administrativo de exoneração da Câmara de Vereadores de Caruaru.

No entanto, com a deflagração da ORQ Primus, em março de 2023, foi possível obter elemento que forneceram fortes indícios que o ato administrativo de exoneração e nomeação foram falsificados. Além das provas iniciais, ao longo da investigação, novas provas surgiram corroborando com os fortes indícios de que os investigados em associação criminosa praticaram o crime de falsidade ideológica.

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