Deputado suspeito de mandar matar Marielle quer sair de MS

Chiquinho Brazão escoltado ao descer de aeronave em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande desde o último dia 27 de março, o deputado federal Chiquinho Brazão, de 62 anos, (sem partido-RJ), pediu nesta segunda-feira (27), por meio da defesa, a transferência para a Penitenciária Federal de Brasília, conhecida como Papuda.

Brazão é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e quer ir para a capital federal para acompanhar o processo que pode cassar o seu mandato na Câmara dos Deputados.

Segundo a defesa de Brazão, a transferência para Brasília vai viabilizar a participação dele nas sessões do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. “A transferência do peticionante para o Presídio Federal do Distrito Federal também é oportuna para a instrução do presente feito, uma vez que viabilizará o comparecimento de Francisco Brazão aos atos instrutórios que serão realizados perante o Supremo Tribunal Federal, evitando constantes deslocamentos durante todo o curso do processo”, de acordo com a defesa.

O pedido foi enviado para o gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que mandou prender o deputado no dia 24 de março. Além de Chiquinho, também foi preso o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa. Eles foram detidos provisoriamente. Os três são acusados de arquitetar a morte de Marielle, morta em março de 2018 no Centro do Rio junto ao seu motorista, Anderson Gomes.

Em delação premiada feita à PF (Polícia Federal), o ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter sido um dos executores da vereadora, disse que os irmãos Brazão prometeram um lucro de até R$ 100 milhões com a morte de Marielle.

O crime renderia a ele um loteamento irregular na zona oeste do Rio e a exploração de atividades ilegais no local, como “gatonet” e transporte clandestino. (Com informações do Estadão)

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