Corpo de miss morta no Paraná é sepultado em Paulo Afonso (BA) no dia em que ela completaria 24 anos

O corpo da miss baiana Raissa Suellen, assassinada pelo amigo no Paraná, foi enterrado na cidade de Paulo Afonso, no norte da Bahia, nesta sexta-feira (13). O enterro ocorreu no dia em que a vítima completaria 24 anos.

Raissa Suellen foi morta em 2 de junho, na cidade de Curitiba, onde morava há cerca de três anos. A baiana decidiu se mudar para os sul do país após um convite do humorista Marcelo Alves, de 40 anos, que confessou ter cometido o crime. Marcelo era amigo da família e conhecia a vítima desde que ela tinha 10 anos.

O caixão da jovem foi coberto pela bandeira do município onde ela nasceu. Uma foto de Raissa Suellen também foi pendurada no carro funerário, que reproduziu uma música em homenagem à vítima.

Amigos e familiares vestiram uma camisa estampada com uma foto da jovem. Eles levaram flores e soltaram balões brancos para homenageá-la.

O corpo de Raissa chegou em Paulo Afonso no fim da tarde de quinta-feira (12) e foi recebido com cortejo, entre a estação rodoviária e o ginásio esportivo da cidade, onde foi realizado o velório. O espaço ficou lotado e a cerimônia de despedida foi marcada por gritos de justiça, em alguns momentos.

Raissa desapareceu no dia 2 de junho, em Curutiba. Na ocasião, ela viajaria para a cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, onde pretendia arranjar um novo emprego.

No dia 9 de junho, Marcelo Alves, conhecido como Alvez Li Pernambucano, foi até a delegacia da cidade e confessou o crime. Antes de confessar ter matado Raissa, ele chegou a ajudar nas buscas e oferecer abrigo para a família da jovem em Curitiba.

Em depoimento à polícia, Marcelo contou que no dia 2 de junho almoçou com Raissa e a levou para a casa dele. No imóvel, ele contou que se declarou para a jovem, que não reagiu bem. Após ter sido rejeitado, Marcelo disse que se descontrolou, a matou com uma abraçadeira plástica e enterrou o corpo em uma região de mata.

Após a confissão, o corpo de Raissa foi encontrado e passou por necropsia. Segundo a delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, versões apresentadas pelo humorista não condizem com o que foi descoberto durante as investigações e o crime pode ter sido premeditado.

Segundo ela, um laudo preliminar da polícia não confirma a morte por estrangulamento com abraçadeira, como foi relatado por Marcelo. Além disso, o corpo de Raissa não tinha sinais de defesa, o que indica pode ter sido dopada.

O caso é tratado como feminicídio e investigado pela Polícia do Paraná. A participação do filho de Marcelo, um jovem de 26 anos identificado como Dhony de Assis. Ele afirmou que dirigiu o carro para levar o corpo de Raissa até o local em que foi enterrado, mas que não participou da morte da jovem. (Foto: Ygor Lotumolo).

Blog do Edenevaldo Alves

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