Municípios do Estado podem perder R$ 1 bilhão do FEM

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Os municípios pernambucanos deixaram de receber cerca de R$ 1 bilhão do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), segundo levantamento realizado pela Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre os repasses do programa.

Lançado em 2013 como carro-chefe do governo do PSB, o FEM deveria ter disponibilizado para as prefeituras do Estado um total de R$ 1,34 bilhão. No entanto, sob a gestão Paulo Câmara pouco se avançou e as edições de 2016 e 2017 sequer chegaram a ser lançadas. “Do FEM 2015, o último lançado pelo Governo, apenas 3,5% foram efetivamente repassados aos municípios pernambucanos, sendo pagos R$ 9,3 milhões de um total anunciado de R$ 263,2 milhões”, detalhou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Alepe.

Hoje, há um saldo em aberto no FEM de R$ 436,3 milhões, que somado às edições de 2016 e 2017 do programa (R$ 607,4 milhões) que deixaram de ser lançadas, eleva para R$ 1 bilhão o total de recursos que as administrações municipais deixaram de receber (Ver tabela abaixo).

Resumo das edições do FEM                                                R$ 1,00

Edição

Valor Disponível

Valor Repassado

Em aberto

FEM 2013

228.817.725,00

222.871.489,05

Encerrado

FEM 2014

241.595.118,00

165.290.456,00

76.304.662,00

FEM 2015

263.255.216,00

9.282.281,88

253.972.934,12

FEM 2016*

280.105.154,00

FEM 2017*

327.284.395,00

Fonte: Portal Eletrônico do FEM (http://www.fem.seplag.pe.gov.br/web/portal-fem/home).

* Edições de 2016 e 2017 não chegaram a ser lançadas, valores previstos seguem a regra de 1/12 do FPM do ano anterior constante na Lei do FEM, conforme decreto.

De acordo com o  estudo da Oposição, nos últimos anos a execução orçamentária do FEM vem caindo acentuadamente, penalizando os municípios. Ex-prefeito de Canhotinho, o deputado Álvaro Porto (PSD) destaca que, além de obrigar gestores a paralisar obras, o esvaziamento do FEM tornou municípios devedores . “Há situações em que as obras estão terminadas, as prestações de conta estão em dia, as vistorias também e, ainda assim, o dinheiro aprovado pelo programa não chega aos municípios”, diz.

Segundo ele este Governo está desmontando todas as iniciativas positivas criadas pelos Governos de Eduardo Campos. “Já acabou com o Pacto Pela Vida e agora acabou com o FEM”, salienta.

Silvio acrescenta ainda que o não lançamento das edições 2016 e 2017 do FEM penaliza as prefeituras que consigam cumprir seus programas de investimentos. “Se um prefeito conseguir cumprir todos os projetos previstos no FEM, ele não terá mais recursos para ir buscar, porque o Estado não disponibilizou novas verbas”, criticou.

Após o Carnaval, anuncia Silvio, a Oposição vai convidar o secretário Márcio Stefani (Planejamento), a Amupe e a União de Vereadores de Pernambuco (UVP) para discutir o programa em audiência pública na Alepe.

JUROS: Senador Fernando Bezerra vai a Henrique Meirelles pedir redução de taxas do FNE

16.02.17_Fazenda_Meirelles_FNE

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) foi recebido nesta quinta-feira (16) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Durante a audiência – no gabinete do ministro, em Brasília – o líder do PSB no Senado solicitou a redução dos juros do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). “A diminuição das taxas do FNE é uma medida fundamental para o aumento da demanda pelos R$ 22 bilhões de recursos disponíveis no Banco do Nordeste (BNB), o que fará a economia se movimentar, gerando empregos e desenvolvimento à região”, defendeu Fernando Bezerra. Como resultado do encontro, o ministro determinou que a Secretaria de Política Econômica da Pasta analise as possibilidades de redução dos juros do FNE e apresente os resultados dos estudos até o início do próximo mês de março.

“Henrique Meirelles se mostrou bastante sensível e receptivo à demanda”, conta o senador, que, após reunir-se com o ministro, falou sobre a audiência, no Plenário do Senado. Conforme destacou Bezerra Coelho, as projeções da taxa de inflação deverão ser confirmadas, ao final do ano, em menos de 4%. “Mas, os juros fixados para o FNE, para operações contratadas até março, apontam para um juro real que nunca ocorreu na história do Fundo”, observou. “Portanto, é urgente o Ministério da Fazenda promover as alterações dos percentuais de juros cobrados por este importante Fundo Constitucional, em promoção ao desenvolvimento regional”, completou.

A audiência com Henrique Meirelles, solicitada por Fernando Bezerra, foi mais uma atitude tomada pelo senador, esta semana, em busca de soluções que possam minimizar as dificuldades por que passa o setor produtivo nordestino. “Estamos buscando alternativas que possam animar os empresários, os pequenos produtores, os comerciantes, aqueles que podem assumir o risco e pegar emprestado o dinheiro do banco para poder gerar emprego e renda e iniciar a recuperação da economia do Nordeste”, ressaltou o socialista pernambucano.

MILHO – Na última terça-feira (14), Fernando Bezerra Coelho foi recebido pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a quem pediu apoio do governo federal aos criadores de bovinos, ovinos e caprinos. A preocupação do senador era garantir milho, principal alimento dos rebanhos, à pecuária do Nordeste, que deve enfrentar o quinto ano consecutivo de seca prolongada.

A sugestão do senador foi acolhida pelo governo que, no dia seguinte (ontem, 15), garantiu 200 mil toneladas de milho à Região Nordeste, por meio do Programa Vendas em Balcão. Coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o programa permite o acesso de criadores e de agroindústrias de pequeno porte aos estoques públicos de milho. Atualmente, os criadores compram a saca do grão por um valor médio de R$ 67. Com o subsídio da Conab, este valor deverá cair pela metade, chegando a R$ 33.

Mais informações – Assessoria de Imprensa

Pesquisa inédita da FIEPE mapeia as indústrias da Região do São Francisco

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O Conselho Empresarial da Unidade Regional do São Francisco (URSF) da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) apresentou, nesta quarta-feira (15), em Petrolina – PE, um mapeamento com o perfil das indústrias da região do São Francisco, seus potenciais e dificuldades.

Durante a reunião, que contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade do município, Eduardo Carvalho, o analista do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da FIEPE, Thiago Lima, detalhou o estudo inédito que começou com uma pesquisa em agosto do ano passado.

A pesquisa Mapeamento das Indústrias da Região do São Francisco Pernambucano analisou o ambiente industrial e identificou as empresas situadas nas cidades de Petrolina, Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista. A amostra foi realizada com 259 indústrias de um universo de 859.

Entre as principais informações do estudo, o Conselho Empresarial da URSF destacou um crescimento entre o ano de 2010 a 2015 com aumento de 40,9% no número de estabelecimentos industriais. Contudo, do ano de 2014 para 2015 foi registrado queda de 3,4%, fato que pode estar relacionado a má conjuntura econômica nacional. Os subsetores industriais que mais perderam empresas foram: construção civil, metalurgia, borracha, material de transporte, indústria química, fumo e couro.

De acordo com Thiago Lima, a região possui uma boa cultura exportadora presente no agronegócio e isso pode contribuir para melhorias das exportações industriais em outros setores. “Ainda é preciso buscar melhorias da eficiência industrial, enquadramento dos produtos aos padrões internacionais, acesso a crédito e capacitações voltadas ao comércio exterior. Para isso, se faz necessário realizar uma política industrial local pautada na aproximação das instituições para que se aproveite integralmente o efeito sinérgico da cooperação na inovação, eficiência produtiva, novos mercados e qualidade de vida industrial”. O analista afirmou ainda que o “Sistema FIEPE tem potencializado suas ações para o desenvolvimento industrial local e no fomento de novas parcerias que visam o crescimento da região”.

Ainda durante a reunião, o diretor da Unidade Regional do Sertão do São Francisco da FIEPE, Albânio Nascimento, entregou um documento ao secretário Eduardo Carvalho com as prioridades da indústria em Petrolina para o setor de urbanismo e sustentabilidade. Participaram também do encontro o secretário de Segurança do município, José Silvestre Junior; a secretária executiva de Urbanismo, Taisa Gueiros; e o secretário executivo de Serviços Públicos, Frederico Machado.

Agentes de Combate a Endemias cobram do prefeito Vilmar Cappellaro(PMDB) pagamento de incentivo

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Em Lagoa Grande(PE) a categoria dos Agentes de Combate a Endemias estão na bronca com a atual gestão municipal.

Segundo informações da categoria, o pagamento do incentivo que é pago todos os anos através de um recurso repassado pelo governo federal, ainda não foi depositado nas contas dos Agentes de Combate a Endemias.

Desde o dia 29 de dezembro de 2016, o recurso no valor de R$ 6.084.00 entrou na conta da prefeitura e não foi repassado aos servidores, segundo os agentes.

De acordo com a categoria, o valor de R$ 6.084.00 é dividido proporcionalmente entre 07 Agentes que equivale a R$ 869,00, valor esse que é referente ao incentivo financeiro que é repassado todo final de ano.

“Nós Agentes de Combate as Endemias só queremos o que é nosso por direito, somos funcionários públicos Efetivos e queremos respeito, a pergunta é se o dinheiro tá na conta então porque não pagar se é nosso por direito?”, questiona um dos Agentes de Combate a Endemias.

Lembrando que os Agentes Comunitários de Saúde(ACS´s) também enfrentaram a mesma briga com a atual gestão para receber esse mesmo direito e, conseguiram.

Com a palavra, a Prefeitura de Lagoa Grande-PE.

 

“Mas como sempre o vereador Mantena gosta de jogar pra plateia”, dispara o líder da oposição Carlinhos Ramos(PSB) no debate de requerimento sobre licitação

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A bancada da oposição da Casa Zeferino Nunes em Lagoa Grande(PE) iniciou a nova legislatura na última terça(14), já pedindo explicações do prefeito Vilmar Cappellaro(PMDB) sobre processos licitatórios que vem sendo realizados para contrações de serviços.

O requerimento foi aprovado e a bancada da situação já entrou em confronto com a oposição criticando a solicitação e gerou bate rebate, entre o líder da oposição vereador Carlinhos Ramos(PSB) e o líder da situação vereador Mantena(PMN).

“(…) É uma coisa tão simples que eu tava pensando que não ia haver nem discursão. Mas como sempre o vereador Mantena gosta de jogar pra plateia, eu não fui eleito pra jogar pra plateia”, disparou o líder da oposição vereador Carlinhos Ramos.

Diante da forma que reagiu o líder da situação vereador Mantena, na defesa do governo contra o requerimento, Calinhos Ramos respondeu:

“Eu fui eleito pra defender os direitos do povo(…) a partir do momento que eu tomei posse eu estou apto pra fazer cumprir o meu papel(…)”, disse o líder da oposição.

O vereador Carlinhos disse ainda que em duas linhas o prefeito Vilmar Cappellaro pode responder o requerimento, onde questiona se já houve algum processo licitatório e onde teve sua divulgação para conhecimento público.

Diante de transportes escolares locais já estarem rodando dentro do município, com ou sem licitação, o vereador questiona porque o transporte para os universitários estaria se esbarrando na questão de licitação.

“E nós sabemos que os transportes já iniciaram(…) a gente sabe que isso pode, eu acredito que não tenha nada nenhum motivo ilegal para ter sido feito essa contratação…longe de mim pensar isso, mas se pra contratar um transporte local não se houve uma licitação, ou se houve porque não contratar também o transporte até Petrolina para transportar os nossos universitários? (…)”, questionou o vereador.

De acordo com o líder da oposição a resposta do requerimento não é para os vereadores e sim para a população e para os estudantes universitários.