Economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quinta-feira (13/4) durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, em Xangai, na China, e criticou a dependência do dólar para operações comerciais, defendendo uma moeda única para transações entre países do Brics.

Durante o discurso, Lula afirmou que se pergunta “por que todos os países estão obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar? Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?”

E defendeu o uso de outras moedas para transações comerciais. “Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila. Porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando ele poderia exportar em sua própria moeda, e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”, declarou Lula.

Lula afirmou que a mudança da moeda é um processo difícil e pediu a Dilma que tenha paciência, enfatizando a importância da medida.

“É necessário ter paciência. Mas por que um banco como o dos Brics não pode ter uma moeda que possa financiar a relação comercial entre Brasil e China, e entre os outros países dos Brics. É difícil, porque tem gente mal acostumada e todo mundo depende de uma única moeda”, pontuou.

O líder criticou, ainda, o modo como entidades financeiras como o Fundo Monetário Internacional (FMI) agem no empréstimo a países com problemas financeiros.

“Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo. Os bancos têm que ter paciência de, se for preciso, renovar acordos e colocar a palavra tolerância em cada renovação”, afirmou.

“Porque não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como estão fazendo agora com a Argentina, o Fundo Monetário Internacional”, completou.

CB

Buscando o fortalecimento do enoturismo nos sertões, vinhos, frisantes e espumantes produzidos no município de Lagoa Grande, Capital da Uva e do Vinho do Nordeste, foram destaques no III Festival de Vinhos, Queijos e Delícias, realizado entre os dias 06 e 08 de abril, na cidade de Triunfo, no sertão do Pajeú.

O evento foi realizado pela prefeitura de Triunfo, por meio da Secretaria Estadual de Turismo, Desenvolvimento e Lazer, em parceria com o Sebrae, e contou com mais de 20 expositores. A curadora do Festival foi a empreendedora e Gestora de Eventos, Andréa Martins.

O festival serviu como um verdadeiro intercâmbio com trocas de experiências. Da cidade de Lagoa Grande, os produtos do grupo Garziera, Vinícola Tropical e Terroir do São Francisco, Vinícola Rio Sol e da Adega Bianchetti Tedesco, foram expostos no evento, que aconteceu no Pátio de Eventos Maestro Madureira, no centro de Triunfo, o Oasis do Sertão.

Além dos prefeitos, Luciano Bonfim, anfitrião do evento, e Vilmar Cappellaro, de Lagoa Grande, o III Festival contou com a participação do Secretário de Turismo, Desenvolvimento e Laser, André Vasconcelos, do Secretário Executivo de Cultura de Pernambuco, Leo Salazar, do Gerente do SEBRAE, Henrique Malaquias, da primeira dama Claudia Cappellaro, do ex-prefeito Jorge Garziera e da ex-prefeita, Rose Garziera, do Chefe de Gabinete, Valman Rivas, do diretor do Departamento de Cultura, Turismo, Esporte e Desenvolvimento Econômico, Edivaldo Barbosa e dos diretores das vinícolas lagoa-grandenses; além de outras autoridades.

Nesta segunda-feira (10), será depositado na conta das prefeituras o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O montante, referente ao primeiro decêndio de abril, será de R$ R$ 5.411.551.798,93.

De acordo com o consultor de Orçamento César Lima, apesar ter havido um pequeno acréscimo em relação ao FPM repassado aos municípios no mês passado, o valor a ser pago será 10% menor do que o que foi encaminhado aos municípios no primeiro decêndio de abril do ano passado. “Isso se deve a esses cenários de incerteza”, explicou. “O governo ainda está mostrando a que veio, ainda temos que esperar o resultado da economia, dessa nova âncora fiscal e da proposta de reforma tributária”, justificou Lima.

Queda: Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a base de cálculo para o repasse é entre os dias 20 e 30 do mês anterior. Portanto, o 1° decêndio geralmente é o maior do mês e representa quase a metade do valor esperado para o mês inteiro – e isso é preocupante para muitos prefeitos.

Alguns municípios do Sertão de Pernambuco:
Afrânio – R$ 1.208.003,58
Araripina – R$ 2.818.675,03
Belém do São Francisco – R$ 1.208.003,58
Cabrobó – R$ 1.610.671,44
Cedro – R$ 805.335,72
Dormentes – R$ 1.208.003,58
Floresta – R$ 1.610.671,44
Granito – R$ 604.001,79
Lagoa Grande – R$ 1.409.337,51
Orocó – R$ 1.006.669,65
Ouricuri – R$ 2.416.007,17
Parnamirim – R$ 1.208.003,58
Petrolândia – R$ 1.610.671,44
Petrolina – R$ 6.015.120,73
Salgueiro – R$ 2.416.007,17
Santa Maria da Boa Vista – R$ 1.812.005,38
Serrita – R$ 1.208.003,58
Terra Nova – R$ 805.335,72

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) anunciou, nesta quarta-feira (29), que o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara (sem partido), foi nomeado presidente da instituição. A nomeação para o cargo só seria confirmada após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de uma viagem que faria à China e acabou adiada devido a um recente diagnóstico de broncopneumonia.

O nome do ex-governador foi oficializado pelo Conselho de Administração do banco na manhã de hoje. Câmara assume a posição anteriormente ocupada pelo pernambucano José Gomes da Costa, efetivado em agosto de 2022 após atuar como interino por quase sete meses.

Com formação em Ciências Econômicas, o novo presidente do Banco do Nordeste possui pós-graduação em Contabilidade e Controladoria Governamental, além de mestrado em Gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Câmara também tem experiência profissional como auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco e já ocupou cargos como secretário estadual de Administração, Turismo e Fazenda, além de governador de Pernambuco, entre 2015 e 2022. (Diário PE)