Antonio Coelho recebe demandas do comércio de Petrolina e firma compromisso

Foto: Ascom/divulgação

Os desafios e demandas do setor varejista de Petrolina pautaram um encontro do deputado estadual Antonio Coelho com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) no dia de ontem (27). O encontro, ocorrido na sede da instituição, também foi marcado pela entrega de um documento ao parlamentar, no qual a segurança pública foi apontada pelos dirigentes como umas das áreas que mais precisam de cuidado especial, sobretudo na região central da cidade.

Segundo os dirigentes da CDL, faz-se urgente uma atenção mais particular à localidade, com a adoção de ações mais enérgicas, que vão desde a revitalização urbanística a um policiamento mais ostensivo, a fim de proporcionar avanços nos índices econômicos e de segurança. No documento entregue ao deputado, além de apresentar as dificuldades do setor, as instituições têm por objetivo auxiliá-lo no debate, tanto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) quanto junto ao governo do Estado, das medidas necessárias a serem adotadas.

 

Antonio Coelho ressaltou a importância do setor produtivo local em relação ao papel das instituições no crescimento e desenvolvimento da cidade. “Portanto, vamos articular as medidas necessárias para impulsionar e tornar o ambiente de negócios ainda mais favorável em nossa cidade“, assegurou o parlamentar. Ele foi recebido pelo presidente da CDL, Deusemar dos Santos, pelo vice-presidente, João Ferreira, e diretores.

Prefeitos pedem participação na construção de novo arcabouço fiscal

A partir desta segunda-feira (27), municipalistas de diversas regiões do país começam a desembarcar na capital da República para a 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Com expectativa de receber 10 mil participantes entre prefeitos, secretários municipais, vereadores, senadores, governadores, parlamentares estaduais e federais e ministros, as demandas das cidades para os Três Poderes estarão em discussão até quarta-feira (29).

A abertura oficial será nesta terça-feira (28) e terá, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além de ministros e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na parte da tarde, uma mesa deverá reunir a equipe econômica do governo Lula – os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) -, além do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, e do relator do grupo que discute o tema na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Todos vão tratar da reforma tributária.

Pacto federativo

Nesta edição, considerada a maior de todas pela CNM, o tema central dos debates é o pacto federativo. Os prefeitos reclamam que ainda não foram chamados ao debate do novo arcabouço fiscal com o governo Lula e, segundo presidente da CNM, a reforma tributária só avançará se tiver o apoio dos prefeitos. “A reforma tributária só vai sair se os prefeitos apoiarem. Os deputados federais ouvem as suas bases”, avaliou Ziulkoski.

Uma das principais defesas da CNM é uma mudança na legislação para que o tributo fique na cidade onde houver o consumo. Atualmente, o dinheiro vai para o município da sede da empresa.

“Aqui está o fato gerador, aqui incide, gerou o tributo, aqui pagou e aqui ficou o recurso. Não tem cabimento da forma que está. Daria quase R$ 17 bilhões por ano que nós [prefeitos] estamos deixando de arrecadar”, argumentou.

Atualmente, duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) para a reforma tributária que tramitam no Congresso são defendidas pelo Ministério da Fazenda. Elas sugerem a unificação de vários tributos e não vão diminuir a arrecadação dos municípios, segundo o governo federal. O presidente da CNM afirmou que a PEC 110 tem boa parte das demandas dos municípios, mas que precisa de mais detalhes.

“Na PEC 110 estão praticamente 80% das nossas reivindicações. Se o relator, já disse ele, acolher [o texto] da 110, que ele está prometendo acolher, nós podemos apoiar a reforma tributária. Mas, primeiro, temos que ver. Eu não estou aqui antecipando o apoio. Mas os municípios precisam disso aí, a sociedade, principalmente, precisa”, ressaltou.

Outra preocupação destacada pelo dirigente da CNM foi o impacto das medidas – tomadas pelo Executivo e Legislativo – nos cofres dos municípios. Nesse sentido, ele destacou que não há mais espaço para novos impactos e que o cumprimento de medidas atuais vai depender de uma solução encontrada junto ao governo federal.

Um dos exemplos dados pelo dirigente é o piso nacional da enfermagem. Sob pena de não ser pago por falta de orçamento, se efetivado, os prefeitos defendem que ele venha acompanhado de aumento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Agência Brasil

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Governo identifica problemas no rotativo do consignado do INSS

Perto de definir um novo teto de juros para o crédito consignado para aposentados e pensionistas, o governo identificou novos problemas, como o rotativo (taxas cobradas sobre o parcelamento de faturas) desse tipo de linha de crédito, disse nesta sexta-feira (24) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o assunto já está sendo debatido pelo governo.

“Muitas famílias estão tendo problemas para sair do rotativo do consignado”, declarou Haddad ao retornar de reunião do Conselho Político do governo, no Palácio da Alvorada.

Em relação ao novo teto do consignado a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Haddad declarou que o governo ainda analisa o novo patamar, enquanto descobre novos problemas. “Estamos analisando. Alguns bancos já estão com taxa inferior a 2% [ao mês], mas a gente identificou outros problemas que precisam, que até inspiram mais cuidados, por exemplo, o rotativo do consignado. Então, estamos levantando outros problemas para dar um encaminhamento”, disse.

Nesta sexta, técnicos do governo e representantes dos bancos que oferecem crédito consignado do INSS se reuniram em São Paulo. As instituições financeiras apresentaram a proposta de um novo nível que permita a retomada da concessão desse tipo de empréstimo.

Na próxima terça-feira (28), o novo teto deverá ser definido pelo Conselho Nacional de Previdência Social, conforme anunciado nesta semana pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo Haddad, a viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China não atrapalhará a decisão porque Lula e ele acompanharão as discussões a distância.

Histórico

Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu de 2,14% para 1,7% ao mês o teto dos juros sobre o crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS. O órgão também diminuiu de 3,06% para 2,62% ao mês o limite da taxa para o cartão de crédito consignado.

No fim da mesma semana, vários bancos privados e públicos, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, suspenderam a oferta de crédito consignado do INSS. Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições financeiras cobravam taxas menores que 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%).

Em visita a Haddad na terça-feira (21), o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Sidney Oliveira, disse que o governo e os bancos precisam sair do impasse e chegar a um patamar que atenda aos anseios do governo e também permita a viabilidade econômica de crédito consignado.

Agência Brasil

Dilma Rousseff é eleita presidente do Banco do Brics

A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi eleita nesta sexta-feira (24) presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.

Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, que tem sede em Xangai, na China. Está prevista uma cerimônia oficial de posse de Dilma para o fim da próxima semana, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

Embora o banco tenha anunciado a substituição de Troyjo por Dilma no último dia 10, a eleição no Conselho de Administração do banco só ocorreu nesta sexta-feira. Cada país do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – preside o banco por mandatos rotativos de cinco anos.

“Como presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou sua agenda em assegurar a estabilidade econômica do país e a criação de empregos. Além disso, durante seu governo, a luta contra a pobreza teve prioridade, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram expandidos e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais extensos processos de redução de pobreza da história do país, o Brasil foi removido do Mapa da Fome das Nações Unidas”, destacou o NDB em nota.

O comunicado também lembrou que, durante seu governo, Dilma promoveu o respeito à soberania dos países e a defesa do multilateralismo, desenvolvimento sustentável, direitos humanos e paz. O texto ressaltou que a ex-presidente expandiu a cooperação com vários países da América Latina, África e Ásia, participou da fundação do NDB em 2014 e teve presença decisiva no Acordo de Paris sobre o meio ambiente em 2015.

Desafios

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a futura presidente do Banco do Brics terá oportunidade de ampliar a inserção internacional na instituição, mas enfrentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de projetos de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.

Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emiados Árabes Unidos e Uruguai.

Agência Brasil

Termo de acordo de reajuste de 9% para servidores é assinado nesta sexta (24)

(crédito: Rosana Hessel/CB/DA.Press)(crédito: Rosana Hessel/CB/DA.Press)

O governo federal formalizou, na manhã desta sexta-feira (24/3), o acordo de reajuste salarial de 9% com as centrais sindicais, na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A ministra do MGI, Esther Dweck, assinou o termo do acordo com os representantes do funcionalismo na sede da pasta, com quase uma hora de atraso e problemas técnicos para a execução do Hino Nacional — que acabou sendo cantado a capela pelos presentes.

Dweck explicou que não quis adiar o evento para ajustar a agenda de outros ministros, porque era mais importante a assinatura do acordo. “Precisávamos acelerar tudo para conseguir aprovar todos os atos ao longo de abril para ter tudo implementado a partir de maio”, afirmou. Ainda segundo ela, o acordo foi elogiado pelos servidores e “acabou de ser elogiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.

O evento contou com a presença do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo; da ministra da Saúde, Nisia Trindade; e do secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães.

Além do reajuste linear de 9% para todas as categorias do funcionalismo, o documento contempla aumento de R$ 200 no auxílio alimentação, para R$ 658, que passará a valer a partir de maio, mas os créditos em conta-corrente dos servidores ocorrerão de junho em diante. O documento, de duas páginas, contém oito cláusulas. Para a implementação dos novos valores, será preciso um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para incluir os reajustes no anexo V da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício anualizado. Com isso, o governo encaminhará ao Congresso o instrumento legal que tratará do reajuste salarial, “observando o comando que impede a retroatividade sobre os efeitos do presente acordo”. E, para a implementação do reajuste do auxílio alimentação, será editada uma portaria com o acréscimo de R$ 200. A portaria foi assinada pela ministra do MGI durante a cerimônia.

“Ninguém sai 100% feliz”

Apesar de não repor as perdas salariais com a inflação desde os últimos sete anos, de 43,6%, a reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente com os servidores pelo atual governo, no início de fevereiro, foi um marco para o setor, de acordo com sindicalistas e autoridades.“Esse é o acordo possível diante da disponibilidade orçamentária. Ninguém sai 100% feliz”, disse o gerente de Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, responsável pelas negociações com os sindicatos.

Citando o limite disponível no Orçamento, de R$ 11,2 bilhões, o secretário lembrou que as negociações entre governo federal e centrais sindicais, não ocorriam desde o governo Michel Temer (MDB), em 2016. A Mesa funcionou entre 2013 e 2016, nos governos petistas. “Foi um acordo razoável e bom, dentro do nosso ponto de vista. E nós tratamos dessa rodada com todas as entidades representativas dos servidores públicos federais”, afirmou ele citando que conversou com mais 150 pessoas na Mesa.

Hino Nacional

Durante o evento, o presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou que o processo de negociação foi célere e “irretocável”. “Esse processo marca mais do que a negociação mais célere do serviço público federal e da volta da retomada do diálogo e respeito com os 12 milhões de servidores ativos, inativos, aposentados e pensionistas”, afirmou ele, lembrando que o acordo acabou sendo formalizado em um mês e meio, após três rodadas de diálogo.

“Depois de tantos anos de ataques, nos últimos quatro anos, a gente chegava na cerimônia e tinha constrangimento de cantar o Hino Nacional, mas, hoje, cantamos à capela no exercício de amor à Pátria”, acrescentou. “Sabemos que o governo fez um esforço fiscal tremendo para recompor as perdas, pelo menos parcialmente”, disse ele, que defendeu o fortalecimento das entidades de classe e as classes sindicais.

Na avaliação de Marques, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não houve nenhum tipo de negociação, e, em alguns órgãos, quando as categorias tentavam algum tipo de diálogo para valorização das categorias, alguns responsáveis, antes de começarem a conversa com sindicalistas, chegavam ao cúmulo de colocarem uma arma sobre a mesa.

“Algumas áreas foram destruídas. Houve muito abuso e assédio institucional, principalmente em órgãos da Cultura e do Meio Ambiente”, destacou Marques, em entrevista ao Correio. “O que aconteceu com a reabertura da Mesa, do ponto de vista simbólico, foi muito importante, para mostrar que o novo governo quer tentar construir alguma coisa melhor para os trabalhadores”, acrescentou.

A mesa de negociação atual teve três rodadas e, na avaliação de Marques, foi “a mais rápida da história do funcionalismo federal”. “Houve um gesto de boa vontade de ambas as partes. As entidades compreenderam que o governo fez um esforço para o diálogo, mas dentro da atual conjuntura econômica e fiscal, o aumento linear de 9% foi o que foi possível”, acrescentou.

No termo do acordo, também ficou determinado que o calendário para o funcionamento da Mesa Nacional será definido a partir de maio pela Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do MGI. Segundo Marques, a expectativa dos trabalhadores é negociar um plano plurianual durante as novas conversas da Mesa a fim de incluir um novo reajuste no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2024, que precisará ser enviado ao Congresso até 31 de agosto. Contudo, ele reconheceu que o prazo será curto e as condições poderão ficar mais difíceis diante de uma perspectiva manutenção da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano, por um período mais prolongado, que poderá ajudar a travar ainda mais a atividade econômica, que está em processo de desaceleração. Conforme a mediana das projeções do mercado coletadas pelo Banco Central e de crescimento baixo da economia neste ano.

Ao tomar a palavra, o ministro Macêdo parabenizou a “maturidade” das entidades de classe durante a negociação com servidores e afirmou que o acordo é o início de uma nova relação entre servidores e o governo federal. “São seis anos de ausência completa de diálogo, desde o governo Dilma Rousseff. Depois de 2016 é o primeiro acordo feito entre governo e servidores. É um novo tempo que vai exigir muita paciência e diálogo para reconstruir o país com união”, afirmou ele, que comparou o “silêncio” do governo anterior ao da ditadura militar. Ao fim da fala, afirmou que o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está bem. “O presidente está bem. Foi início de pneumonia que está sendo tratado. Ele exagera, às vezes”, disse.

A ministra Nísia Trindade também ressaltou a importância do momento de retomada das negociações, marcada pela assinatura do acordo. “É a reabertura de um processo que fortalecerá as relações e o Estado brasileiro. No Ministério da Saúde, temos um contingente de trabalhadores muito grande e temos também que, no Sistema Único de Saúde, temos 70% de mulheres. E o aprendizado dessa negociação eu creio que, para a reestruturação do da Saúde, será fundamental. É muito importante esse aprendizado, mas há um longo caminho pela frente, que passa pela questão fiscal, no processo de reconstrução do país”, afirmou.

Propostas

Durante as conversas da Mesa, os servidores iniciaram as rodadas pedindo uma correção de 43,6% de reposição da inflação, percentual que foi utilizado para o aumento do auxílio alimentação. O governo fez uma proposta inicial de 7,9% de reajuste a partir de março, mais os R$ 200 adicionais para o auxílio. Os sindicatos, por sua vez, fizeram uma contraproposta de 13,5% de reajuste linear e o governo, na terceira rodada, para os percentuais do acordo, cujo impacto fiscal, de R$ 11,2 bilhões no Orçamento deste ano, é o mesmo previsto na primeira proposta, porque o número de meses do ano para o pagamento é menor. Contudo, de acordo com Marques, o acordo vai garantir um recurso anualizado de R$ 16 bilhões, que já precisarão constar na previsão orçamentária de 2024.

Na avaliação do presidente da Fonacate, o governo fez o que foi permitido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Deram o reajuste máximo pela inflação no auxílio, mas concederam o limite orçamentário para o aumento salarial, mantendo a previsão dos R$ 11,2 bilhões de impacto fiscal no Orçamento deste ano, mas os servidores terão a garantia do pagamento dos cerca de R$ 16 bilhões anualizados. Esse acordo foi até onde era possível a utilização dos recursos disponíveis”, explicou.
Sindicalistas presentes defenderam a desvinculação dos reajustes à necessidade do ajuste fiscal. “O novo marco fiscal não pode ser o tigrão para perseguir o trabalhador”, frisou Sérgio Ronaldo, presidente do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef).

Novo cronograma

Além do cronograma para a nova rodada de negociações com as centrais sindicais, também falta definir quem serão os representantes que terão lugares à mesa com o governo, na avaliação de Marques. “Há uma tendência dos governos petistas de darem preferência para as entidades do sistema sindical e das confederações, mas é preciso ver como ficarão as questões das associações históricas, que também precisam ter assento à mesa”, destacou. Ele ressaltou que as categorias ainda esperam uma definição do governo sobre duas instruções normativas que limitaram as atividades sindicais e impuseram dispositivos para constranger e desestimular paralisações, publicadas em 2018 e 2021. Durante o evento, entidades defenderam maior equidade nas remunerações das mulheres no serviço público durante a retomada das mesas setoriais, que também está prevista no acordo.

Fontes do ministério ainda não confirmaram se o texto do acordo será encaminhado ao Legislativo como medida provisória ou em vários projetos de lei para cada categoria. O texto do PLN poderá tramitar concomitante ao texto do acordo, porque é apenas uma formalização das rubricas, segundo técnicos do governo.

CB