Em Pernambuco, agricultores celebram a volta do PAA: ‘Certeza de que vamos produzir e vender’

Governo busca com o novo formato do programa fortalecer a participação de mulheres entre os fornecedores dos alimentos – Pedro Stropassolas

O governo federal relançou, nesta quarta-feira(22), o Programa de Aquisição de Alimentos(PAA), em uma solenidade no ginásio de esportes Geraldo Magalhães – “Geraldão”, no Recife.

O anúncio foi recebido com entusiasmo e boas expectativas pelos agricultores familiares e representantes dos movimentos populares que estavam participando do evento.

Para Denise Alves dos Santos, trabalhadora acampada no Acampamento São Francisco de Assis, no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, a retomada do programa é muito mais do que uma ação do poder público. Significa a esperança de gerar renda com o próprio trabalho e fortalecer uma rede de distribuição de alimento saudável.

“A gente quer ter esse incentivo de poder mostrar para as pessoas o que é ter uma alimentação saudável na sua casa, seja no café da manhã, no almoço ou no jantar. E nós, do campo, providenciamos isso para as pessoas que estão na cidade.”

O agricultor familiar Dorézio Plácido da Silva, da cidade de Orobó, no agreste pernambucano, fez questão de comparecer ao ato para conferir de perto a retomada do programa, uma das pautas centrais da população que vive no campo.

Ele explica que o funcionamento do PAA favorece, entre outros objetivos, a garantia de que o agricultor vai permanecer no campo e terá condições financeiras de cuidar da própria terra.

“Muitas vezes, a gente produz e não tem para quem vender a produção. Vai para o Recife, para o Ceasa e fica muito difícil. Com o PAA, a gente tem a certeza de que vai produzir e ter a venda garantida”.

Presidente Lula participa da solenidade de relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos / Ricardo Stuckert/PR

Criado em 2033, o Programa de Aquisição de Alimentos integrava as estratégias do programa Fome Zero e tinha como finalidade reduzir o índice de insegurança alimentar ao mesmo tempo em que apoiava a agricultura familiar.

Em 2021, o governo Bolsonaro, por meio de uma Medida Provisória, mudou o nome do programa e, segundo especialistas, o descaracterizou. O Alimenta Brasil, como foi chamado pelo governo anterior,  tinha alcance limitado e impedia a realização de doações mais expressivas de alimentos.

Agora, o Programa de Aquisição de Alimentos retoma as características originais e incorpora novos objetivos. Nesta nova versão do programa, o governo ampliou a cota individual anual que cada agricultor e suas associações poderão comercializar para o programa, saindo de R$ 12 mil para R$ 15 mil.

A nova modalidade do PAA também prevê mais facilidade para que o agricultor indígena e quilombola possa se tornar fornecedor do programa. Também garante prioridade de acesso ao serviço aos trabalhadores incluídos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – o Cadúnico.

O governo deseja que, com o novo formato, o programa também tenha uma maior participação das mulheres agricultoras, chegando a 50% de representação entre os fornecedores.

“A mulher ser vista nesta retomada é  uma conquista importantíssima e necessária. Não só a mulher, mas o envolvimento da diversidade agroecológica”, explicou Alexsandra Maria da Silva, presidenta do Serta.

Movimentos populares e o PAA 

Lideranças dos movimentos populares no campo avaliam que a retomada do programa é importante, mas ele precisa ser observado de perto, para que não fuja da essência original.

“O PAA foi um programa importante no primeiro governo Lula. Foi criado com muita expectativa, foi avançando com alguns erros e nós fomos aceitando o processo. Aos poucos, ele foi se desgastando, principalmente no governo Bolsonaro. Ele praticamente deixou de existir. Nós cumprimos o papel de fazer solidariedade na pandemia. Agora, é a hora do PAA fortalecer quem produz alimento e, ao mesmo, na ponta de cá, garantir que a sociedade possa acabar com a fome”, pontuou Jaime Amorim, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Ex-prefeito do Recife, o atual deputado estadual João Paulo (PT-PE) relembrou da importância do programa também no apoio ao poder público municipal, que tem, geralmente, ações mais diretas e próximas na área da assistência social.

“Nós sabemos que é no município que os cidadãos vivem as primeiras necessidades de transporte, de moradia e de alimentação. Quando o governo decide direcionar o programa para uma parcela importante dos municípios, é uma forma de chegar mais perto das camadas mais pobres da nossa população”, apontou.

“É muito simbólico o PAA ser relançado num estado do Nordeste, onde estão os maiores índices de fome. O PAA vem num formato diferente porque o Brasil também se encontra num novo momento, de retomada democrática e de reconstrução do país, em que o presidente ver a importância da agricultura familiar como principal combatente da fome”, explicou a deputada estadual de Pernambuco, Rosa Amorim(PT).

Bdf

Azul, Gol e Latam topam parceria com governo para vender passagens a R$ 200

‘Voa, Brasil’, como está sendo chamado o programa do governo federal de venda de passagens aéreas a R$ 200, ligou os motores. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França confirmou que as três companhias aéreas presentes no Brasil, Gol e Azul e Latam, ‘já toparam’ a ideia de colaborar com programa. O objetivo é democratizar o acesso a passagens de avião. A proposta inicial foi apresentada pelo ministro em entrevista ao jornal Correio Braziliense, no último domingo (12/3).
Pelo programa, serão beneficiados servidores públicos nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) com salários de até R$ 6,8 mil, aposentados e pensionistas da Previdência Social e estudantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação. “Não era justo fazer essa passagem para os executivos que têm condição de pagar preços maiores”, pontua o ministro.
França garante que a passagem não vai ficar mais cara aos demais passageiros, porque o custo de cada trecho é calculado considerando o número de assentos por quilômetro voado. “Quanto mais assentos por quilômetro estiverem preenchidos, mais barato tem que ficar o preço.”
De acordo com o ministério, a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos:
De fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando tradicionalmente ocorre uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos. “Com isso, a gente vai acabar barateando todas as passagens, porque na medida em que não tem mais ociosidade, as outras passagens também podem ficar mais baratas”, projeta o ministro.
Os participantes poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Os bilhetes deverão ser pagos em até 12 vezes com juros, no valor de até R$ 72 para cada prestação.
França esclarece que o governo federal não vai entrar com subsídio. “Vai entrar com a organização”. As vendas serão feitas nos sites das próprias companhias aéreas, que devem exibir a opção Voa, Brasil. Os interessados que se enquadrarem nos critérios para participar do programa poderão realizar a compra, que será intermediada pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil.
Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) diz que está acompanhando a proposta do governo e tem se colocado à disposição para contribuir no debate.
“Desde o início do ano, a Abear e suas associadas mantêm diálogo constante com o Ministério de Portos e Aeroportos sobre o cenário do setor aéreo e as possíveis soluções para o crescimento do número de passageiros e destinos atendidos.”
A previsão do ministro é que o Voa, Brasil comece a funcionar no segundo semestre deste ano: “a passagem está muito cara hoje. As passagens têm que baixar de preço”, finalizou o ministro.
Com informações da Agência Brasil

Haddad apresentará nova âncora fiscal a Lula na sexta-feira

Os detalhes da nova âncora fiscal que substituirá o teto de gastos serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (17), disse nesta noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou que membros da equipe econômica e da Casa Civil estarão presentes na reunião.

“Ele [o presidente Lula] marcou para depois de amanhã [sexta-feira], portanto, a reunião para que os detalhes sejam apresentados. Já conversei com ele sobre o assunto”, disse Haddad a jornalistas antes de ir para reunião com parlamentares na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Após a apresentação, caberá ao presidente Lula definir a data de divulgação do projeto. Haddad disse não saber definir se as medidas serão divulgadas antes ou depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nas próximas terça (21) e quarta-feira (22). Nesta tarde, o próprio Lula disse que pretende tomar uma decisão antes da viagem oficial à China, prevista para o próximo dia 24.

Em relação à elaboração do projeto, o ministro disse que o projeto de lei poderá ser redigido em 24 horas, assim que Lula der o aval. “Ele [Lula] precisa validar o desenho para a gente poder redigir. Isso faz em 24 horas. São regras simples”, explicou. “O assunto está com o presidente da República. É um desenho novo, consistente, que o presidente tem que validar. Lula tem sensibilidade, governou durante oito anos o país”, acrescentou.

Haddad não confirmou se o novo arcabouço fiscal será discutido na reunião com Lira. O ministro disse tratar-se de um encontro de rotina para “alinhar o Executivo e o Legislativo”, mas admitiu a possibilidade que o tema seja discutido nas conversas com os parlamentares, junto com outros temas. “Há muitas coisas acontecendo no Congresso”, declarou.

Mais cedo, o ministro tinha afirmado que a minuta do projeto já estava no Palácio do Planalto. Na terça-feira (14), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o documento complementar seria analisado ainda nesta semana.

A Emenda Constitucional da Transição, que liberou do teto de gastos R$ 145 bilhões do Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos caso haja excesso de arrecadação, estabeleceu a obrigação de o governo enviar um projeto de lei complementar que substitua o teto de gastos até agosto. A equipe econômica, no entanto, antecipou o envio para março para dar espaço para o Banco Central (BC) baixar os juros ainda este ano e para dar tempo ao Ministério do Planejamento de elaborar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 conforme as novas regras.

 

Agência Brasil

Voa, Brasil vai emitir quase 12 milhões de passagens por ano a R$ 200

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou, neste fim de semana, que o governo federal vai lançar o programa Voa, Brasil, de redução de preços de passagens aéreas no país. O objetivo é democratizar o acesso a passagens de avião, com custo estimado em R$ 200 por trecho voado.

Pelo programa, serão beneficiados servidores públicos nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) com salários de até R$ 6,8 mil, aposentados e pensionistas da Previdência Social e estudantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação. “Não era justo fazer essa passagem para os executivos que têm condição de pagar preços maiores”, pontua o ministro.

França garante que a passagem não vai ficar mais cara aos demais passageiros, porque o custo de cada trecho é calculado considerando o número de assentos por quilômetro voado. “Quanto mais assentos por quilômetro estiverem preenchidos, mais barato tem que ficar o preço.”

De acordo com o ministério, a intenção é vender esses bilhetes mais baratos fora da alta temporada, em dois períodos: de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando tradicionalmente ocorre uma ociosidade média de 21% nos voos domésticos. “Com isso, a gente vai acabar barateando todas as passagens, porque na medida em que não tem mais ociosidade, as outras passagens também podem ficar mais baratas”, projeta o ministro.

Os participantes poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Os bilhetes deverão ser pagos em até 12 vezes com juros, no valor de até R$ 72 para cada prestação.

França esclarece que o governo federal não vai entrar com subsídio. “Vai entrar com a organização”. As vendas serão feitas nos sites das próprias companhias aéreas, que devem exibir a opção Voa, Brasil. Os interessados que se enquadrarem nos critérios para participar do programa poderão realizar a compra, que será intermediada pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) diz que está acompanhando a proposta do governo e tem se colocado à disposição para contribuir no debate.

“Desde o início do ano, a Abear e suas associadas mantêm diálogo constante com o Ministério de Portos e Aeroportos sobre o cenário do setor aéreo e as possíveis soluções para o crescimento do número de passageiros e destinos atendidos.”

A previsão do ministro é que o Voa, Brasil comece a funcionar no segundo semestre deste ano: “a passagem está muito cara hoje. As passagens têm que baixar de preço”, finalizou o ministro.

Agência Brasil

Presidente da Abrafrutas Guilherme Coelho, participa em São Paulo-SP de workshop da Apexbrasil

Nesta segunda(13), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, esteve participando em São Paulo- SP, do workshop de alinhamento de diretrizes da Apexbrasil com as entidades setoriais que trabalham com exportações.

O evento contou com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e de mais 140 representantes das entidades setoriais.

Foram discutidas as estratégias em face das principais tendências e oportunidades para produtos e serviços brasileiros no mercado internacional.

Fotos: Divulgação