Robinho passa a 1ª noite em Tremembé para cumprir pena por estupro

São Paulo — O ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, passou a primeira noite no complexo penitenciário de Tremembé. Ele chegou à unidade prisional no início da madrugada desta sexta-feira (22/3) para cumprir pena de 9 anos em regime fechado por estupro coletivo.

O ex-atleta foi preso pela Polícia Federal por volta das 19h no bairro da Aparecida, em Santos, e foi encaminhado para a sede da Justiça Federal na cidade, onde passou por audiência de custódia e seguiu para Tremembé.

Na P2 de Tremembé, conhecida como a “cadeia dos famosos”, Robinho será companheiro de Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves. Edinho, filho de Pelé, que foi goleiro do Santos, time que projetou Robinho no futebol, também ficou detido no local.

A prisão de Robinho ocorreu um dia após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) validar a pena imposta ao ex-jogador pela Justiça italiana.

A defesa de Robinho havia entrado com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a prisão imediata do ex-jogador, mas o ministro Luiz Fux negou o pedido na noite desta quinta-feira. No fim da tarde, a Justiça Federal de Santos já havia expedido o mandado de prisão do ex-atleta, após a decisão do STJ.

O crime pelo qual Robinho acabou condenado foi cometido em 2013, em uma boate de Milão, quando o brasileiro defendia o Milan. A vítima é uma mulher albanesa. O ex-jogador sempre alegou inocência, dizendo que teve uma rápida relação consensual com a jovem.

Como foi o crime

Segundo a Justiça italiana, o estupro coletivo aconteceu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Café, em Milão. Uma mulher albanesa, que estava no local festejando seu aniversário de 23 anos, foi estuprada por Robinho e outros cinco amigos.

Além do ex-jogador, seu colega Ricardo Falco foi condenado a 9 anos de prisão. Outros quatro amigos de Robinho saíram do país na época e não foram processados.

Metrópoles

‘Golpe não foi consumado porque o comandante do Exército não aderiu’, diz ex-chefe da Aeronáutica

General Marco Antônio Freire Gomes, Jair Bolsonaro e brigadeiro Carlos Baptista Júnior (Foto: Alan Santos/PR | REUTERS/Ueslei Marcelino | Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, afirmou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura o suposto planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) que o golpe só não foi consumado porque o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes,  não concordou em levar o plano adiante.

“Caso o comandante tivesse anuído, possivelmente, a tentativa de golpe de Estado teria se consumado”, disse Baptista Júnior em seu depoimento no contexto do inquérito das milícias digitais, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Os investigadores destacam a resistência de Baptista Júnior e Freire Gomes às investidas de Bolsonaro e seus aliados para embarcarem na trama golpista, mas também avaliam se houve algum tipo de omissão, já que ambos teriam conhecimento do plano golpista e, ainda assim, não adotaram uma atitude mais firme para impedir a trama.

Bolsonaro já enfrenta condenações e investigações por ataques ao sistema eleitoral, entre outros crimes, e está inelegível até pelo menos 2030. Contudo, caso seja processado e condenado pelos delitos de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ser declarado inelegível por mais de três décadas.

Brasil 247email sharing button

Prazo para gestores prestarem contas ao TCE-PE vai até Dia 1° de Abril

Gestores públicos representantes dos Poderes, prefeituras e órgãos municipais e estaduais devem ficar atentos ao calendário de prestação de contas do ano de 2023. O prazo final para envio da documentação é dia 1º de abril – com exceção das empresas públicas e Sociedades de Economia Mista do Estado e municípios, que têm até 15 de maio para processar as informações.

A lista dos documentos necessários está disponível no site do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

As especificações para as prefeituras municipais estão na Resolução TC nº 217/2023, enquanto a Resolução nº 216/2023 trata das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais e gestores de órgãos e entidades das Administrações Direta e Indireta municipais. Para a prestação de contas da Assembleia Legislativa (Alepe), Tribunal de Justiça (TJPE), Ministério Público (MPPE), Tribunal de Contas (TCE) Defensoria Pública e gestores dos órgãos e entidades das Administrações Direta e Indireta estaduais, a resolução a ser consultada é a TC nº 218/2023.

A prestação de contas inclui dados sobre o planejamento e o gasto do dinheiro público. E traz detalhes sobre investimentos, licitações, contratações, pagamentos, gestão de pessoal e bens patrimoniais. Os documentos são analisados pelos relatores que decidem sobre a regularidade das contas apresentadas.

Advertência

O Tribunal alerta que o envio de dados falsos, a omissão de informações e o descumprimento dos prazos previstos podem resultar em aplicação de multa aos responsáveis. As informações são do TCE-PE

Pela 1ª vez, Moraes vota por absolver réu envolvido no 8 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (8), pela primeira vez, pela absolvição de um dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, em Brasília. 

Moraes seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que, após a instrução da ação penal, mudou o entendimento em relação à denúncia e opinou pela absolvição de Geraldo Filipe da Silva, preso no dia dos atos perto do Congresso Nacional.

A defesa do réu alegou que ele é um morador de rua que se viu cercado pelos vândalos, mas que não participou de atos violentos.

Vídeos da prisão em flagrante do réu mostram que ele foi agredido pelos vândalos, sendo acusado de “petista” e “infiltrado”, responsável por vandalizar viaturas para tumultuar a manifestação. As investigações não foram capazes de demonstrar que ele, de fato, praticou atos violentos.

Na decisão, Moraes diz que “não há elementos probatórios suficientes que permitam afirmar que o denunciado uniu-se à massa, aderindo dolosamente aos seus objetivos, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal”.

O caso é julgado no plenário virtual, em que os votos dos ministros são registrados no sistema do Supremo, sem deliberação presencial. Moraes foi o único a votar até o momento. A sessão de julgamento começou hoje (8) e segue até a próxima sexta (15).

Outros 14 réus são também julgados a partir desta sexta. Em relação a esses, Moraes votou pela condenação, com penas que variam de 11 a 17 anos de prisão.

Todos foram denunciados pela PGR por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.

Raquel Lyra debate ações para garantir melhorias no sistema penitenciário pernambucano

A governadora Raquel Lyra, ao lado da vice-governadora Priscila Krause, conduziu nova reunião de monitoramento do Juntos pela Segurança, nesta segunda-feira (26), na sede da Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, no Recife. Ampliada com a presença de órgãos e instituições do Estado, a reunião tratou de como o sistema prisional pode contribuir para os bons resultados do programa. Além de secretarias estaduais presentes, o encontro também contou com a participação de representantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Defensoria Pública, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
“Temos o enorme desafio de reverter os indicadores de violência, sobretudo de crimes contra a vida. Por isso, planejar e executar as melhorias que o nosso sistema penitenciário necessita é fundamental para garantirmos a ressocialização dos reeducandos e a paz da população. Precisamos seguir trabalhando juntos para que cada pernambucano e pernambucana se sinta seguro nas ruas do nosso Estado”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Entre os pontos discutidos para a redução da impunidade e para a celeridade de procedimentos ligados ao sistema prisional estão ações como a conclusão de obras nas penitenciárias, abertura de novas vagas e ampliação no número de profissionais da segurança pública.
“O governo faz uma atuação muito efetiva ao olhar para o sistema penitenciário como parte integrante da segurança pública no Estado, inclusive com a criação da nova Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, dando mais visibilidade e enfrentando os problemas com mais força. As medidas estão sendo tomadas em uma mesa bem aberta e com a presença de vários Poderes”, disse Paulo Paes, secretário estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização.
“O Poder Judiciário é parte integrante do sistema de justiça, então vejo como de fundamental importância a reunião de hoje com diversas instituições sobre o tema da segurança pública, para encontrar as melhores soluções para a prestação jurisdicional e as atividades que envolvem a segurança”, registrou o desembargador Mauro Alencar de Barros, do Tribunal de Justiça.
Para esse trabalho de defesa da segurança, o governo estadual já anunciou que vai convocar o dobro de aprovados no concurso da Polícia Civil. Inicialmente, estavam previstas 445 vagas. O concurso é para os cargos de escrivão, agente de polícia e delegado. Para a Polícia Militar, o governo também anunciou que vai convocar 5.250 vagas, número bem superior às 2.700 vagas anunciadas a princípio. O concurso da Polícia Científica deve ser aberto ainda no primeiro semestre deste ano.
Além da abertura dos concursos, a gestão de Raquel Lyra já nomeou 416 policiais penais desde o início de 2023, mais do que o dobro previsto no certame realizado em 2021.
Participaram da reunião o deputado estadual Fabrizio Ferraz, presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Alepe; o procurador de Justiça Renato Silva Filho (Ministério Público); o defensor público-geral Henrique Seixas; além de Fatima Cartaxo, consultora do BID, e Rodrigo Pantoja, especialista setorial em Segurança Cidadã e Justiça do BID.
Os secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), Ismênio Bezerra (Criança e Juventude), Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional), e Alessandro Carvalho (Defesa Social), bem como o chefe da Polícia Civil, delegado Renato Leite, o comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Cesar Torres de Medeiros, o gerente geral de Polícia Científica, Fernando Benevides, e a diretora-presidente da Funase, Raíssa Braga, também acompanharam o encontro.