Metade dos doentes com dengue não apresentam sintomas

No combate à dengue, uma ameaça silenciosa acendeu o alerta. De acordo com especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 50% dos casos são assintomáticos, ou seja, a doença não se manifesta com sintomas perceptíveis. E o número de casos não para de subir. O boletim mais recente do Ministério da Saúde revela que o DF tem 64,4 mil casos e 13 mortes. O informativo da Secretaria de Saúde da capital será divulgado amanhã.

A infecção assintomática pelo Aedes aegypti representa um desafio para a identificação e controle da propagação da dengue, segundo a médica infectologista Ana Carolina D’Ettorres, da Fiocruz. “Esse dado é importante porque mostra que a circulação viral é maior do que a identificada pelos casos sintomáticos da dengue. Quando quase 50% das pessoas não têm sintomas, a circulação viral pode ser até o dobro do que imaginamos”, alertou a infectologista.

Os pacientes assintomáticos geram preocupação nos especialistas porque, se forem picados pelo Aedes aegypti, o mosquito se contamina e, dentro de sete dias, torna-se capaz de transmitir a doença para outras pessoas. Ocorre, então, uma transmissão silenciosa que acelera a propagação da doença.

Contaminação em casa

O alto número de pacientes infectados, associado ao fato de parte da população ser assintomática, reforça a importância de se adotar cuidados preventivos contra o mosquito. “O repelente entra como estratégia de barreira física para a dengue”, aconselhou a médica Ana Carolina. Usar roupas com mangas compridas também ajuda.

A especialista explica que o Aedes aegypti pode voar em um raio de até 100 metros de distância, e que costuma permanecer próximo aos locais onde deposita seus ovos. “Sempre que ocorre um caso de dengue em uma residência, é importante buscar focos de reprodução no domicílio ou na vizinhança, porque o mosquito tem capacidade de voar por pequenas distâncias”, explicou a infectologista.

Atendimento

Enquanto isso, a população continua a formar filas para ser atendida no Hospital de Campanha da FAB, instalado em Ceilândia. Só no período do carnaval, entre o dia 9 e terça-feira (13/2), foram realizados 7.665 procedimentos (Veja quadro com o balanço).

Sentada em uma cadeira de rodas, Maria Fausta Neri, de 62 anos, se contorcia com as dores causadas pelo vírus da dengue. Acompanhando a mãe, Gustavo Neri contou que o quadro de saúde de Maria Fausta se alterou de forma repentina. “Os sintomas começaram de madrugada. Segunda-feira ela estava bem”, disse.

“Estou com uma dor que não consigo nem te descrever”, murmurou a paciente. Foi por volta das 2h da madrugada que o sofrimento começou. “Chega a dar desespero sentir dor nas costas, nas articulações, atrás dos olhos, estar com a boca amarga e com vontade de vomitar”, descreveu. Além dela, outros dois pacientes passaram pela triagem em cadeiras de roda.

Do outro lado do HCamp, já de saída, a diarista Lucy Santos Ferreira, 62, estava em busca do teste rápido da dengue, preocupada por receber o diagnóstico duas vezes num intervalo de 60 dias. “Vim aqui para fazer o teste, porque há dois meses eu tive uma dengue muito forte e agora estou de novo (infectada)”, disse, preocupada.

O Hospital de Campanha da FAB não oferece testes de dengue, sendo voltado, unicamente, para o acompanhamento clínico dos casos e hidratação. Lucy, então, optou por fazer o teste na UPA do centro de Ceilândia.

Não muito longe dali, Aristides Luiz dos Santos, 74, retirava os resultados de seu último hemograma na UPA I de Ceilândia, que mostravam, felizmente, normalização do nível de suas plaquetas. “Sentia tanta fraqueza que não conseguia ficar em pé. Cheguei a parar de andar mesmo, estava me alimentando muito pouco”, recordou.

O aposentado sentiu os primeiros sintomas da dengue no dia 4 deste mês, na mesma semana de abertura do HCamp. “Ele tinha feito o teste rápido em farmácia, mas chegou debilitado e já entrou em consulta”, lembrou a filha Rosane América dos Santos, 46.

HCamp faz 7.665 procedimentos no carnaval

A Força Aérea Brasileira (FAB) atualizou as informações sobre a atuação do Hospital de Campanha (HCAMP) da Aeronáutica, exclusivamente referente ao período de carnaval (9/2 até às 18h de terça-feira):

Clínica médica: 1.413
Pediatria: 252
Emergência (UCS): 27
Exames laboratoriais: 1.561
Procedimentos de enfermagem: 1.146
Transferência: 34
Triagem: 2.009
Prova de laço: 1.217
Casos confirmados: 6
Total de procedimentos realizados: 7.665

CB

Deputado Federal Fernando Filho, destina quase R$ 500 mil para saúde de Lagoa Grande(PE)

Através de emenda parlamentar, o deputado federal Fernando Filho (UB) destinou  R$ 498.960,00 (QuatroCentos e Noventa e Oito Mil, Novecentos e Sessenta Reais) para o município de Lagoa Grande -PE.

O recurso da referida emenda do deputado, será aplicado na área da saúde do munícipio onde contribuirá para garantir maior melhorias no sistema de saúde.

Inovação e tecnologia: Prefeitura de Lagoa Grande entrega modernos tablets para os Agentes Comunitários de Saúde

Na manhã desta terça-feira (06/02), a Prefeitura de Lagoa Grande, por intermédio da Secretaria de Saúde, realizou um marco significativo na melhoria dos serviços de saúde do município ao entregar mais uma remessa de tablets aos agentes comunitários de saúde.

O equipamento tecnológico faz parte dos 60 kits adquiridos pela gestão municipal com recursos próprios. Além dos tablets, os kits são compostos por: bolsa, garrafa, protetor solar, guarda-chuva, duas camisas de manga longa e boné.

Os 60 kits foram distribuídos aos servidores durante o Workshop da Saúde, realizado no auditório da Enoteca Francesco Luigi Pérsico, em Vermelhos, com a presença do Chefe do Executivo, secretários, vereadores e os colaboradores da Secretaria de Saúde.

O prefeito Vilmar Cappellaro ressaltou a importância da aquisição dos kits, destacando que os tablets serão uma ferramenta valiosa para os agentes comunitários no desempenho de suas atividades diárias. Durante o encontro os profissionais da saúde aproveitaram o momento para construção do planejamento de ações para o ano de 2024.

Fotos: Isael Cordeiro/Ascom

Lula sanciona lei que define revisão de pagamento de serviços do SUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (16) projeto de lei que define a revisão anual do pagamento dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS).  

O projeto estabelece que os serviços prestados por entidades privadas e hospitais filantrópicos serão revistos uma vez ao ano, em dezembro, por ato do Ministério da Saúde, levando em conta a disponibilidade orçamentária e financeira. A última revisão da tabela ocorreu em 2013.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 1.800 entidades filantrópicas atendem pelo SUS.

“Esses valores são estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovados no Conselho Nacional de Saúde. As premissas são a garantia da qualidade do atendimento, o equilíbrio econômico-financeiro na prestação dos serviços e a preservação do valor real destinado à remuneração de serviços, observada a disponibilidade orçamentária e financeira”, diz texto divulgado pela Presidência da República.

Conforme a nova lei, quando o atendimento pelo SUS for insuficiente, o sistema poderá recorrer aos serviços privados.

Representantes do governo federal, de secretarias estaduais e municipais e de entidades filantrópicas participaram da cerimônia de sanção.

Agência Brasil

Vacina contra covid-19 para crianças entra no Calendário de Vacinação

Covid-19: Fiocruz divulga resultados do estudo VacinaKids

A vacina contra covid-19 para crianças de seis meses a menores de cinco anos faz parte, a partir de agora, do Calendário Nacional de Vacinação.

Com essa mudança, o Ministério da Saúde passa a recomendar uma dose anual ou semestral para grupos prioritários, com cinco anos de idade ou mais, e maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas.

Também poderão se vacinar, pessoas com mais de cinco anos, mesmo não fazendo parte dos grupos prioritários, que não foram vacinadas antes ou receberam apenas uma dose.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, ressalta a importância da vacinação das crianças até dois anos.

“Na covid-19 existe um grupo que não teve nenhuma experiência ainda com vacinas, não teve a oportunidade de se vacinar, e nem de se expor ao vírus. São justamente as crianças que vêm nascendo nos dois últimos anos. Porque essas crianças nasceram no momento da pandemia controlada, não tiveram exposição ao vírus e nem foram vacinadas adequadamente. Esse hoje representa um dos principais, além dos maiores de 80 anos, grupos de maior risco para hospitalização”, explica Kfouri.

Quem quiser consultar a sua situação vacinal, pode conferi-la pelo aplicativo ConecteSUS Cidadão. O registro de vacina também é feito no Cartão de Vacinação em papel, pelo profissional de saúde. Quem não tiver acesso ao aplicativo, pode procurar uma unidade de saúde e verificar por lá. Para isso, devem ser apresentados documentos pessoais ou o Cartão do SUS ao profissional de saúde para conferência.

Agência Brasil