Hospital Municipal José Henrique de Lima completa 24 anos de funcionamento em Lagoa Grande(PE)

No último dia 15/09, o Hospital Municipal José Henrique de Lima em Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, completou 24 anos de funcionamento.

A unidade é referência em atendimento de urgência e emergência e executa cerca de 4 mil especialidades de exames para o povo Lagoagrandense e municípios vizinhos,  a exemplo de Petrolina com suas localidades adjacentes.

Os dados mostram que até o final das duas gestões do prefeito Vilmar Cappellaro terá realizado cerca meio milhão de atendimentos, inclusive atendendo a população com Raio-X, de última geração com tecnologia 3D, uma máquina que permite um diagnóstico preciso e instantâneo.

A comemoração aconteceu nesta terça(17), com a presença do prefeito Vilmar Cappellaro, a primeira dama Cláudia Cappellaro, secretário de saúde George Barbosa e outros secretários e colaboradores da gestão.

Tenda Inclusiva encerra programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, em Lagoa Grande

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, realizada em Lagoa Grande, superou todas as expectativas. A ação foi aberta no dia 21 de agosto com uma passeata envolvendo centenas de pessoas e terminou com a Tenda Inclusiva na Concha Acústica.

A campanha tem como objetivo desenvolver conteúdos para conscientizar a sociedade, unindo forças para destacar a importância da acessibilidade e da igualdade de oportunidade para todos. Uma das ações que marcou significativamente a vida dos estudantes foi a equoterapia, realizada em um haras em Petrolina, no dia 24.

A programação organizada pelas Secretarias de Educação e Assistência Social, contou com palestras, zumba inclusiva e peças realizadas nos CMEIs e no Naip. “Estou encantada em ver que a gestão municipal abraça a causa da inclusão. Ando em vários municípios e não vejo o empenho e o trabalho que é desenvolvido pela prefeitura de Lagoa Grande, parabéns!”, declarou a palestrante Ana Patrícia Gadelha.

Saúde de Lagoa Grande realiza entrega de próteses dentárias em Jutaí e eleva autoestima dos beneficiados

A entrega de próteses dentárias, realizada pela Prefeitura de Lagoa Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa Sorria Mais, tem cuidado da saúde bucal de muitos lagoa-grandenses.

Nesta quarta-feira, 28/08, a prefeitura entregou mais uma nova remessa de próteses no distrito de Jutaí. Foram 60 pessoas beneficiadas. A iniciativa, junto ao trabalho desenvolvido nas Unidades de Saúde, é essencial para atender as necessidades dos cidadãos, proporcionando acessibilidade e cuidados essenciais à saúde bucal.

De acordo com o prefeito Vilmar Cappellaro, o Programa Sorria Mais, desenvolvido em sua gestão, tem como objetivo devolver a autoestima das pessoas através de tratamentos odontológicos específicos. “Nossa estimativa é entregar mais de 3.000 próteses até o final do ano”, disse o gestor.

Pernambuco confirma terceiro óbito fetal com vírus do Oropouche

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que está investigando a terceira perda gestacional de um feto diagnosticado com o vírus do Oropouche. Outros dois casos de transmissão vertical já foram registrados, mas apenas em um foi confirmada a infecção como motivo do óbito. Segundo o último balanço realizado pela SES, Pernambuco soma 122 casos confirmados da doença.

A mãe do bebê, de 43 anos, não apresentava comorbidades e já estava com 34 semanas de gestação. O diagnóstico desse novo caso de feto confirmado com o vírus do Oropouche foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (LACEN/PE), a partir de amostras da mãe e do feto, que serão encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém/PA, referência nacional no estudo de arboviroses para realização de exames complementares.

Cidades do Agreste e da Zona da Mata de Pernambuco são as principais afetadas pela doença, que é transmitida pelo mosquito popularmente conhecido como maruim. No início do mês, um seminário foi promovido pelo Ministério da Saúde no estado, reunindo pesquisadores de todo o país para tratar do avanço da Febre do Oropouche no Brasil e na América Latina.

Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses, apenas quatro estados e o Distrito Federal ainda não registraram casos da doença: Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Quase 8,6 mil casos já foram contabilizados em todo o Brasil em 2024.

Reportagem – Lucas Arruda

Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/ Fiocruz

Brasil deixa de arrecadar ao menos R$ 6 bilhões por ano com ida de estudantes ao exterior para cursar medicina, segundo estimativas da AMIES

Cada vez mais brasileiros têm buscado faculdades no exterior, em países como Argentina, Paraguai, Bolívia e até a Rússia, para realizar o sonho de cursar medicina, sobretudo devido aos altos custos das faculdades particulares no Brasil e esse movimento tem gerado um grande impacto ao país. De acordo com estimativas da AMIES (Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior), o Brasil deixa de arrecadar pelo menos R$ 6 bilhões por ano com a evasão dos estudantes.

Esse valor é calculado de acordo com o valor médio de um curso de medicina ao longo dos seis anos da graduação, que em 2022 era de R$ 684 mil, além de impostos e taxas – também entram na conta as bolsas de estudos, demais descontos concedidos a estudantes de baixa renda e o aumento das vagas nos últimos anos, o que tem gerado um equilíbrio maior nos cursos das mensalidades.

Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE), cerca de 65 mil brasileiros estudam medicina nesses três países da América Latina – número que representa mais de um terço do total de alunos de medicina que estudam no Brasil.

O valor das mensalidades praticados no Brasil, que podem passar de R$ 10 mil, e a enorme concorrência por vagas são alguns dos motivadores que levam candidatos para estudar fora.

Para Nésio Fernandes, médico formado em Cuba e ex-Secretário de Atenção Básica no Ministério da Saúde, a expansão na oferta de cursos e vagas de medicina em países da América Latina tornou-se um mercado. “Hoje existem empresas brasileiras especializadas em levar estudantes para cursar medicina em países da região, principalmente no Paraguai e na Bolívia”, afirmou.

“Antigamente, era muito natural que pessoas bem-sucedidas estudassem medicina e fizessem especializações no exterior. Na última década, vimos o aumento de cursos de medicina no Brasil em universidades particulares, porém os valores são muito expressivos, o que impediu o acesso dos setores mais populares. Dessa forma, muitos viram as faculdades da América do Sul como uma alternativa”, pontuou.

Esse é o caso da Kamilla Clara Pinheiro, que iniciou o curso de medicina na Argentina e também estudou em uma universidade do Paraguai. Para Kamilla, a oportunidade de estudar no exterior foi determinante para que ela pudesse realizar o sonho de ser médica.

“Quando externei pela primeira vez minha vontade de cursar e estudar medicina para minha mãe as minhas possibilidades eram poucas: apenas faculdades públicas. Quando começamos a investir e a me dedicar ao sonho de ser médica, também começaram as pesquisas das melhores faculdades e em qual lugar teria mais vagas. Lembro que em várias pesquisas a Universidade Federal de Buenos Aires (UBA) sempre se destacava. Desde aquela época a UBA era, e continua sendo, uma das melhores Universidades da América Latina, então uma chama se acendeu”, comentou.

“Depois de muita luta e muitas tentativas sem sucesso de passar em uma universidade pública no Brasil, decidi ir para a Argentina em 2017 começar a minha jornada. Ao chegar na Argentina, me deparei com centenas de brasileiros que foram estudar fora pelos mesmos motivos que eu: alta concorrência e custos das mensalidades no Brasil”, destacou.

A estudante ressalta que na Argentina e no Paraguai não há um vestibular para medicina e sim um curso preparatório básico em que você precisa ser aprovada para ingressar na faculdade. No curso, são ministradas aulas de química, física, biologia, ciência e anatomia, além de aulas de espanhol com provas escrita e oral.

Recentemente, Kamila conseguiu uma transferência para o Brasil e atualmente cursa medicina na Universidade Estácio, localizada no município de Alagoinhas, na Bahia.

Os brasileiros formados em medicina no exterior necessitam ser aprovados no Revalida, exame aplicado desde 2011, para poder exercer a profissão no Brasil. Para Nésio Fernandes, os altos índices de reprovação ocorrem porque o exame precisa ser mais equilibrado e avaliar as competências de uma forma mais justa.

“Acredito sim que precisamos ter mecanismos de revalidação do diploma, mas você não pode cobrar de um médico recém-formado conceitos e práticas de quem atua em uma determinada especialidade há anos”, reforçou. “É necessário aperfeiçoar metodologicamente o processo de revalidação do diploma, com provas práticas e teóricas com um nível técnico compatível, além da realização da complementação dos estudos no Brasil. Até o serviço civil obrigatório complementar à revalidação poderia voltar a ser discutido. É preciso pensar a revalidação no debate pedagógico e no interesse da saúde pública, isso descontamina o debate com vieses de mercado”, concluiu.

No exame Revalida de 2022, a taxa de aprovação foi somente de 3,75%, a menor em toda a história do exame. Cerca de 96% dos candidatos foram reprovados na primeira ou na segunda etapa e, portanto, não podem exercer a profissão. Já na edição de 2023, cerca de 10% dos candidatos foram aprovados.

O Brasil conta com 379 cursos de Medicina em funcionamento no país, sendo 121 em universidades públicas e 268 em universidades privadas. São 41.805 vagas de medicina disponíveis, sendo 9.725 no ensino público e 32.080 no ensino privado.

E esses números ainda podem aumentar, já que existem 184 pedidos em tramitação no MEC (Ministério da Educação) para abertura de novos cursos de medicina, além de 110 pedidos para abertura de mais vagas em cursos já existentes.