Apreensão do carro por IPVA atrasado em blitz é ilegal e pode gerar indenização

A irregularidade no pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cobrado anualmente em todo o país, não pode ser motivo exclusivo para apreensão de veículos. E mais: advogados consideram que, dependendo da situação, a apreensão pode até gerar direito à indenização para o proprietário do carro. O especialista em Direito Público Luiz Fernando Prudente do Amaral explica que “a prática de confiscação dos veículos em blitz por causa do atraso do IPVA tem aumentado em todo o Brasil”.
No entanto, o advogado considera que a apreensão exclusivamente devido ao tributo atrasado é inconstitucional. Para Amaral, é possível recorrer a outras formas de cobrança do imposto, sem precisar ofender o direito à propriedade, garantido pela Constituição Federal. “O Estado não pode executar de ofício, isto é, sem o Judiciário, o débito que o contribuinte tenha”, afirma o advogado. Ele explica que o Supremo Tribunal (STF) Federal já tomou decisões no sentido de que o Estado não pode fazer apreensão de bens para cobrar dívidas tributárias.
Contudo, as decisões se referem a questões comerciais, por isso o entendimento de que isso se aplicaria ao IPVA não é pacificado. Indenização. A possibilidade de indenização ocorreria pelo abuso de autoridade nos casos em que a apreensão do veículo ocorrer exclusivamente por falta de pagamento do IPVA. O artigo 37 da Constituição, parágrafo 6º, define que “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros”.
Para o advogado Gustavo Perez Tavares, com base nesse trecho da Constituição, caberia ao Estado indenizar o particular afetado pelos atos de seus agentes. Segundo Tavares, seria necessária, ainda, a comprovação dos prejuízos que o proprietário do carro teve devido à sua apreensão, com a apresentação de recibos de táxi. Profissionais que utilizam o carro para trabalhar, como taxistas ou entregadores têm mais facilidade para fazer essa comprovação. O tributarista Carlos Eduardo Pereira Dutra explica que “existe uma relação de causa e efeito entre a falta de pagamento do IPVA e apreensão do veículo”.
O Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CLRLV), conhecido como licenciamento, é obrigatório para o livre tráfego ao veículo, e a liberação desse documento ocorre apenas após a quitação de todas as dívidas perante o departamento de trânsito, inclusive o IPVA. Conforme o Chefe da 1ª Ciretran, Valmir Moreschi, os agentes do Detran do Paraná não apreendem veículo por atraso de IPVA, mas sim pela falta de documento de licenciamento, que é o único de porte obrigatório para evitar a apreensão o veículo.
Em caso de apreensão do carro, de acordo com as normas do Detran, é necessário que o motorista vá até o pátio onde o veículo está apreendido, portando o Certificado de Registro do Veículo (CRV) em branco e Certificado de Registro de Licenciamento Veicular atual. Para isso é preciso portar RG, CPF e estar com o IPVA, licenciamento e DPVAT em dia e outros débitos, caso haja. São cobrados o valor da estadia e da taxa de remoção. Após 60 dias, se não houver manifestação e quitação dos débitos do proprietário o veículo será conduzido para leilão.
Conforme o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), Curitiba tem atualmente 6 mil veículos apreendidos e a maioria é por atraso do licenciamento e alteração de caraterísticas do veículo.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo.

Iterpe planeja trabalho que prevê investimento de 30 mi para o Crédito Fundiário

Foto Reunião PNCF

O presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iterpe), Paulo Lócio, se reuniu nesta quinta-feira (12) com o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, e a subsecretária de Reordenamento Agrário da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Raquel Santori, para planejar o início dos trabalhos assegurados com os investimentos de R$ 30 milhões voltados ao Crédito Fundiário no Estado.

Os recursos, oriundos da parceria firmada pelo governador, Paulo Câmara, junto à União, integram parte dos R$ 47, 7 milhões captados para alavancar o desenvolvimento agrário no Estado e representam a retomada das operações de acesso à terra em Pernambuco desenvolvidas através do Programa Nacional Crédito Fundiário (PNCF).

“O Iterpe terá, a partir de agora, a oportunidade de avançar no trabalho que prevê propostas de aquisição de terra às famílias de agricultores por meio de financiamentos com juros menores e recursos sem reembolso de projetos para desenvolverem a produção”, explicou Paulo Lócio.

O PNCF é uma política complementar à Reforma Agrária, que permite os agricultores adquirirem imóveis rurais, através de Subprojetos de Aquisição de Terra (SAT) que possibilitam financiamentos. Além disso, o programa prevê Subprojetos de Investimento Comunitário (SIC), voltados para contribuir na infraestrutura básica e produtiva objetivando o desenvolvimento do agricultor de forma independente e autônoma.

IDOSO DESAPARECE

Elson Brazílio de 65 anos apresentava um quadro de desorientação. Ele residia há pouco tempo em Petrolina e era cuidado pelas irmãs.

Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, uma família está em busca de informações de um parente. Elson Brazílio de 65 anos apresentava um quadro de desorientação quando desapareceu há 28 dias da casa da família, que fica na Vila Eulália, na Zona Leste da cidade.

Segundo a família, o idoso residia há pouco tempo em Petrolina. Ele teve um acidente vascular cerebral (AVC) no início do mês passado e estava sendo cuidado pelas irmãs. Uma delas, Damiana Maria de Souza, estava com ele um pouco antes do desaparecimento. “Eu fui na pia na lavanderia lavar uns panos e quando eu cheguei aqui, ele tinha sumido. Encontraram ele na Rua do Joaquim André dizendo que ele tinha passado para os projetos, daí a gente não encontrou mais”, relata.

A família já distribuiu cartazes com a foto do idoso, e com telefones para contato, mas até agora não tiveram notícias. “Eu aguardo que ele apareça e venha para casa, doente ou morto, eu quero ter notícia dele, quero saber como eu meu irmão está”, ressalta a agricultora, Maria da conceição da Silva.

O Boletim de Ocorrência (B.O) do desaparecimento de Elson Bazílio foi registrado no dia 22 de dezembro na delegacia da Vila Mocó, que agora está funcionando no 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), na Vila Eduardo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

O delegado responsável pelas investigações, Daniel Moreira, explica o que se deve fazer em casos de desaparecimento de pessoas. “A recomendação que a gente passa é que a família procure imediatamente a polícia para registrar o Boletim de Ocorrência (B.O). Antigamente exigia-se o prazo de 24h para a ocorrência. Hoje ela tem que ser registrada imediatamente e o inquérito policial deve ser instaurado ao tomar conhecimento da deligência. Neste caso, a família demorou uma semana para registrar o desaparecimento. Isso prejudica até a diligência da polícia. É preciso que a polícia subsidie a polícia com dados da pessoa desaparecida, porque a  família tem conhecimento da rotina”.

Informações sobre a localização do idoso, a família pode ser informada através dos telefones (9) 8829-6490 ou 9 8837-3110.

Certificado de Imóvel Rural deve ser pago até amanhã (14)

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Termina neste sábado (14) o prazo para que os produtores do Estado paguem, sem multa, a taxa referente ao Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) 2015/2016. O alerta é da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), vinculada a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Para validar o cadastro, o titular do imóvel deve pagar uma taxa na rede de atendimento do Banco do Brasil, que varia de acordo com o tamanho da área. A cobrança mínima é de R$ 3,60 para propriedades de até 20 hectares. Segundo a Faepe, o novo certificado substituirá o documento relativo aos exercícios de 2010 a 2014. Além disso, o CCIR é imprescindível para legalizar em cartório alterações no registro da área ou para solicitar financiamento bancário.

Quem não fizer o pagamento até a data final pode emitir uma segunda via do CCIR, mas terá o valor atualizado com multa. “É importante o produtor rural estar com o CCIR em dia para pedir financiamento bancário ou registrar alterações de área em sua propriedade. O novo cadastro também substitui o anterior”, disse o presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Ricardo Dias.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foram feitas mais de 450 mil emissões do CCIR. São Paulo tem o maior número de certificados, 70 mil, seguido por Rio Grande do Sul e Minas Gerais (50 mil), Paraná (27 mil) e Mato Grosso (19 mil).

O certificado pode ser emitido via internet pelo portal Cadastro Rural (www.cadastrorural.gov.br), no menu “Serviços”. No portal do Incra, o usuário deve clicar no banner “CCIR 2015-2016”. O interessado deve informar os dados de identificação para expedir o CCIR.

Acesse o edital com o regulamento para emissão do CCIR:

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=1&data=16/12/2016

MEC anuncia piso salarial dos professores com aumento de 7,64%, índice acima da inflação

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O piso salarial dos professores terá aumento de 7,64% em 2017. O índice, anunciado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira, 12, representa incremento de 1,35% acima da inflação acumulada de 2016, que foi de 6,29%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado na quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ministro da Educação, Mendonça Filho, também reafirmou o compromisso do governo federal de antecipar o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para complementar o piso salarial dos professores, nos estados e municípios, referente a 2017. Conforme anunciado em dezembro, o pagamento, este ano, será feito mensalmente, já a partir de janeiro. Para este ano, o valor estimado é de R$ 1,29 bilhão.

“Esse reajuste no piso é algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação”, declarou Mendonça Filho. “Não podemos ter uma educação de qualidade se não tivermos professores bem remunerados e motivados.”

Lei — De acordo com o ministro, o reajuste anunciado segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. “Para este ano, o piso nacional do magistério é de R$ 2.298,80”, disse. “O professor que tem carga horária mínima de 40 horas semanais e formação em nível médio (modalidade curso normal) não pode receber menos do que esse valor.”

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, explicou que a lei estabelece o piso nacional do professor, não o percentual. “O piso nacional de R$ 2.298,80 é o valor sobre o qual nenhum professor do país inteiro pode ganhar menos”, disse. “No entanto, temos diversas situações de municípios e estados que já pagam os salários dos seus professores acima desse valor.”

No caso desses estados, segundo Costa Lima, não há a necessidade de aplicar o percentual de 7,64%. “O que tem de ser assegurado na Lei do Piso é que nenhum estado pague menos que o valor de R$ 2.298,80.”

Critério — O critério adotado para o reajuste, desde 2009, tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundeb, que toma como base o último valor mínimo nacional por aluno (vigente no exercício que finda) em relação ao penúltimo exercício. No caso do reajuste deste ano, é considerado o crescimento do valor mínimo do Fundeb de 2016 em relação a 2015.

Os estados e municípios que, por dificuldades financeiras, não possam arcar com o piso, devem contar com a complementação orçamentária da União, como determina a Lei 11.738/2008, no art. 4º.

Durante entrevista coletiva realizada no Ministério da Educação nesta quinta-feira, 12, o ministro também anunciou a nova composição do fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. A Portaria nº 1/2017, da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, com a nova composição do fórum, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 12, seção 2, página 25.

Fórum — Designado pela Sase, o fórum permanente tem como objetivo acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. O fórum será integrado por representantes da Sase, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep); do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Assessoria de Comunicação Social

Confira: